Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Potencial hidrogeniônico (pH)<br />
As moléculas <strong>de</strong> água estão parcialmente dissociadas <strong>em</strong> íons H+ e íons<br />
OH - . Os íons H + não exist<strong>em</strong> <strong>em</strong> solução, pois, imediatamente ao se formar se un<strong>em</strong><br />
a uma molécula <strong>de</strong> água por meio <strong>de</strong> uma ponte <strong>de</strong> hidrogênio, para formar o íon<br />
H3O + (2H2O --- H3O + OH - ) (RIZZI, 2011).<br />
Potencial <strong>de</strong> Hidrogênio (pH) é a expressão usada para <strong>de</strong>finir o grau <strong>de</strong><br />
alcalinida<strong>de</strong> ou aci<strong>de</strong>z <strong>de</strong> um líquido ou solução e refere-se ao cologaritmo da<br />
concentração <strong>de</strong> íons-hidrogênio nele existente. O pH é o log negativo <strong>de</strong> base 10<br />
da concentração molar <strong>de</strong> íons hidrogênio ( H + ) e po<strong>de</strong> ser calculado a partir da<br />
equação: pH = - log [ H + ]. É, portanto, a medida da concentração <strong>de</strong> íons H + na<br />
água. Em uma solução que contenha 0,0001 g/l <strong>de</strong> íons H + correspon<strong>de</strong> a um pH<br />
igual a 4,0 enquanto uma água pura ou <strong>de</strong> solução neutra que contém 0,000001 g/l<br />
<strong>de</strong> íon H + terá pH igual a 7,0 (RIZZI, 2011).<br />
A maior parte das águas continentais que sustentam peixes t<strong>em</strong> o pH<br />
variando <strong>de</strong> 6,7 a 8,6. Os peixes consegu<strong>em</strong> tolerar uma relativa amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
variação do pH da água. Essa amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> pH <strong>de</strong>ntro da qual os peixes pod<strong>em</strong><br />
sobreviver vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> outros fatores: t<strong>em</strong>peratura, oxigênio dissolvido,<br />
concentração <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados cátions e ânions na água etc. Por ex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong> sido<br />
observado que a toxi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> sulfito <strong>de</strong> sódio para os peixes aumenta com a<br />
diminuição do pH da água, e que a tolerância dos peixes para baixas concentrações<br />
<strong>de</strong> oxigênio dissolvido varia com o pH da água.<br />
As águas superficiais possu<strong>em</strong> um pH entre 4 e 9, sendo ligeiramente<br />
alcalinas <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> carbonatos e bicarbonatos. Naturalmente, nesse<br />
caso, pH po<strong>de</strong> subir muito, chegando a 9 ou até mais. Isso porque as algas, ao<br />
realizar<strong>em</strong> a fotossíntese, tiram muito gás carbônico, que é a principal fonte natural<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z da água. O pH das águas subterrâneas varia geralmente entre 5,5 e 8,5.<br />
A orig<strong>em</strong> do pH nas águas po<strong>de</strong> ser natural ou artificial. Como causa natural<br />
se encontra, <strong>em</strong> primeiro lugar, o gás carbônico (CO2) dissolvido, proce<strong>de</strong>nte da<br />
atmosfera e, mais fundamentalmente, daquele proce<strong>de</strong>nte das zonas <strong>de</strong> infiltração<br />
do solo, produzido pela respiração dos organismos vivos, assim como, pela<br />
respiração e fotossíntese dos organismos aquáticos. No caso do pH da água,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conteúdo <strong>de</strong> CO2 <strong>em</strong> relação à mineralização da matéria orgânica<br />
(RIZZI, 2011).<br />
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