Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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escoamento superficial uniform<strong>em</strong>ente distribuído na zona ripária, houve alta eficácia<br />
na r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> sedimentos e mo<strong>de</strong>rada eficácia na r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> nutrientes, que,<br />
sobre condições <strong>de</strong> fluxo concentrado, houve a inundação <strong>de</strong> zonas ripárias<br />
reduzindo a eficiência do sist<strong>em</strong>a (RIZZI, 2011).<br />
A r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> nutrientes presentes no escoamento superficial se dá através<br />
da <strong>de</strong>posição dos poluentes a<strong>de</strong>ridos ao sedimento e <strong>de</strong> maneira menos efetiva <strong>de</strong><br />
poluentes dissolvidos que são carreados com o fluxo. Vought et al. (1994) realizaram<br />
estudos que mostram que a r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> fósforo <strong>em</strong> zonas ripárias é exponencial,<br />
com maior r<strong>em</strong>oção nos primeiros metros da faixa <strong>de</strong> vegetação. Num estudo<br />
realizado numa faixa <strong>de</strong> largura 16 metros, 66% da carga <strong>de</strong> fósforo total foi<br />
r<strong>em</strong>ovida nos primeiros 8 metros, sendo que a r<strong>em</strong>oção para a faixa total foi <strong>de</strong> 95%.<br />
Para o nitrogênio, os resultados foram <strong>de</strong> 20% nos primeiros 8 metros e 50% para o<br />
comprimento total da faixa. Uma das explicações para o resultado do nitrogênio foi a<br />
realização do experimento <strong>em</strong> apenas uma estação do ano. Em outro experimento<br />
realizado na Suécia e citado por Vought et al. (1994), com dados <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção<br />
obtidos para as quatro estações do ano, observa-se que a r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> nitrogênio<br />
também ocorre <strong>de</strong> forma exponencial.<br />
Quando se consi<strong>de</strong>ra um curto espaço <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, a parcela <strong>de</strong> escoamento<br />
superficial que infiltra no solo <strong>de</strong> uma zona ripária é responsável pela redução da<br />
carga <strong>de</strong> poluentes solúveis e pela redução na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sedimento<br />
transportado. Esse efeito é atribuído ao aumento da rugosida<strong>de</strong> hidráulica associada<br />
à vegetação, reduzindo a velocida<strong>de</strong> do escoamento superficial (RIZZI, 2011).<br />
Segundo Checcia (2003), os benefícios das zonas ripárias estão ligados<br />
diretamente ao tipo <strong>de</strong> vegetação, por ex<strong>em</strong>plo, regiões que possu<strong>em</strong> grama <strong>de</strong>nsa<br />
são eficientes evitando que sedimentos chegu<strong>em</strong> aos cursos d’água. Já os arbustos<br />
são importantes para a estabilização <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s (Quadro 2.1). Um sist<strong>em</strong>a ripariano<br />
doente po<strong>de</strong>rá ser caracterizado por:<br />
• Redução na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> água;<br />
• Redução na produção <strong>de</strong> serapilheira;<br />
• Pouca sombra, ocasionando um aumento da t<strong>em</strong>peratura da água;<br />
• Redução <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do habitat da fauna aquática;<br />
• Redução da qualida<strong>de</strong> da água;<br />
• Pequena diversida<strong>de</strong> no habitat <strong>de</strong> vida selvag<strong>em</strong>;<br />
• Pouca vegetação e, raízes, que contribu<strong>em</strong> para a estabilização <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s;<br />
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