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27.10.2013 Views

2.1.1. Funções das zonas ripárias As seguintes funções foram reunidas por Rizzi (2011), com base nos seguintes autores: Mander et al. (1997), Reid e Hilton (1998). a) Estabilização de taludes e encostas. A vegetação ripária atua significativamente para a estabilização de taludes e encostas. Em taludes contribui para a formação junto ao solo de uma manta protetora contra a erosão causada pela chuva e pelo escoamento superficial. Em encostas as raízes das plantas contribuem para a fixação do solo acima da camada de rocha. b) Manutenção da morfologia do rio e proteção a inundações. A vegetação garante a preservação dos meandros nos rios, diminuindo a velocidade do escoamento e conseqüentemente diminuindo a erosão, aumentando a infiltração da água no solo durante as inundações. Também por infiltração diminui a quantidade de água que chega ao rio (FRY, et al. 1994). Desta forma a quantidade de água transbordada é menor (diminuição do pico de cheia) e em conseqüência os danos causados. c) Retenção de sedimentos e nutrientes. Funcionando como um filtro, a vegetação retém os sedimentos e nutrientes provenientes de alterações à montante (atividades agrícolas, desmatamentos para corte etc). Diminui a velocidade do escoamento superficial e favorece a infiltração dos nutrientes para degradação pelo solo. Desta forma, a vegetação ripária contribui para a manutenção da qualidade do rio. Inúmeros pesquisadores estudaram esta função da zona ripária, por exemplo Haupt e Kidd Jr. (1965) e Osborne e Kovacic (1993). d) Mitigação da temperatura da água e do solo. Interceptação dos raios solares gera sombras sobre o rio, regulando a temperatura e a umidade do ar. No rio a redução da temperatura máxima favorece a oxigenação e reduz o stress de peixes e outras criaturas aquáticas. No solo diminui a temperatura na superfície favorecendo a conservação da umidade. Corbett, et al. (1978) e Fritzsons (2005) estudaram a influência da temperatura no rio causada pela vegetação ripária. 24

e) Fornecimento de alimento e habitat para fauna aquática. A vegetação ripária contribui para o rio com escombros lenhosos (restos de galhos, troncos), folhas e insetos. Estes escombros podem formar degraus de piscina (step–pool) providenciando cobertura para peixes, e oxiginação da água pelo fluxo turbulhento. Nesta função, pode-se citar Reid e Hilton (1998). f) Manutenção de corredores ecológicos. Faixas contínuas de zona ripária favorecem a formação de corredores ecológicos. É através dos corredores que as mais variadas espécies se inter-relacionam através das diferentes paisagens, preservando as espécies que dificilmente são encontradas fora da zona ripária. Spacman & Hughes (1995) levantaram a distribuição da fauna em faixas ripárias. g) Paisagem e recreação. Zonas ripárias contribuem para uma imagem mais verde ao longo dos rios, bloqueando a vista de transformações urbanas. Como locais de recreação permitem a prática de camping e trilhas. h) Fixação do gás carbônico. Como toda floresta, as florestas ripárias contribuem para a fixação de gás carbônico. O gás se integra à biomassa da floresta e esta por sua vez libera oxigênio. Este gás é um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa. Referente a este assunto pode-se citar Nobre (2002), Hannelius e Kuusela (1995) e Sanquetta et al. (2002). i) Interceptação de escombros rochosos. A vegetação ripária arbórea pode funcionar como barreiras contra sedimentos (pedras) vindos de montante. Estes sedimentos podem vir acompanhados de água (debris flow) ou sem água (dry debris flow). Este efeito foi estudado por Mizuyama et al. (1989). 2.1.2. Influência da zona ripária na qualidade da água Das nove funções das zonas ripárias descritas no trabalho de revisão de RIZZI (2011), cinco delas estão diretamente ligadas à qualidade dos recursos hídricos: (1) estabilização de encostas e taludes; (2) manutenção da morfologia do 25

2.1.1. Funções das zonas ripárias<br />

As seguintes funções foram reunidas por Rizzi (2011), com base nos<br />

seguintes autores: Man<strong>de</strong>r et al. (1997), Reid e Hilton (1998).<br />

a) Estabilização <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s e encostas. A vegetação ripária atua significativamente<br />

para a estabilização <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s e encostas. Em talu<strong>de</strong>s contribui para a formação<br />

junto ao solo <strong>de</strong> uma manta protetora contra a erosão causada pela chuva e pelo<br />

escoamento superficial. Em encostas as raízes das plantas contribu<strong>em</strong> para a<br />

fixação do solo acima da camada <strong>de</strong> rocha.<br />

b) Manutenção da morfologia do rio e proteção a inundações. A vegetação<br />

garante a preservação dos meandros nos rios, diminuindo a velocida<strong>de</strong> do<br />

escoamento e conseqüent<strong>em</strong>ente diminuindo a erosão, aumentando a infiltração da<br />

água no solo durante as inundações. Também por infiltração diminui a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> água que chega ao rio (FRY, et al. 1994). Desta forma a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

transbordada é menor (diminuição do pico <strong>de</strong> cheia) e <strong>em</strong> conseqüência os danos<br />

causados.<br />

c) Retenção <strong>de</strong> sedimentos e nutrientes. Funcionando como um filtro, a vegetação<br />

retém os sedimentos e nutrientes provenientes <strong>de</strong> alterações à montante (ativida<strong>de</strong>s<br />

agrícolas, <strong>de</strong>smatamentos para corte etc). Diminui a velocida<strong>de</strong> do escoamento<br />

superficial e favorece a infiltração dos nutrientes para <strong>de</strong>gradação pelo solo. Desta<br />

forma, a vegetação ripária contribui para a manutenção da qualida<strong>de</strong> do rio.<br />

Inúmeros pesquisadores estudaram esta função da zona ripária, por ex<strong>em</strong>plo Haupt<br />

e Kidd Jr. (1965) e Osborne e Kovacic (1993).<br />

d) Mitigação da t<strong>em</strong>peratura da água e do solo. Interceptação dos raios solares<br />

gera sombras sobre o rio, regulando a t<strong>em</strong>peratura e a umida<strong>de</strong> do ar. No rio a<br />

redução da t<strong>em</strong>peratura máxima favorece a oxigenação e reduz o stress <strong>de</strong> peixes e<br />

outras criaturas aquáticas. No solo diminui a t<strong>em</strong>peratura na superfície favorecendo<br />

a conservação da umida<strong>de</strong>. Corbett, et al. (1978) e Fritzsons (2005) estudaram a<br />

influência da t<strong>em</strong>peratura no rio causada pela vegetação ripária.<br />

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