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Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

2.1. ZONAS RIPÁRIAS OU DE INFLUÊNCIA DINÂMICA<br />

Zonas ripárias são faixas estreitas <strong>de</strong> terra que margeiam enseadas, rios ou<br />

corpos d’água (RIZZI, 2011). Kobiyama (2003) compl<strong>em</strong>enta o conceito afirmando<br />

ser um espaço tridimensional, que contêm vegetação, solo e rio, cuja extensão no<br />

sentido horizontal é <strong>de</strong>terminada pelo alcance da inundação, e verticalmente, do<br />

regolito até o topo da copa da floresta. É, portanto, o conjunto <strong>de</strong> componentes que<br />

formam um ecossist<strong>em</strong>a com características peculiares <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma bacia<br />

hidrográfica.<br />

Devido sua proximida<strong>de</strong> com a água, as espécies vegetais e a topografia<br />

<strong>de</strong>sta região difer<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ravelmente das áreas adjacentes. Embora as zonas<br />

ripárias ocup<strong>em</strong> apenas uma pequena porcentag<strong>em</strong> da área <strong>de</strong> uma bacia, trata-se<br />

<strong>de</strong> um componente extr<strong>em</strong>amente importante na compreensão dos ecossist<strong>em</strong>as<br />

(CHECCIA, 2003).<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista hidrológico, são áreas com saturação hídrica t<strong>em</strong>porária<br />

ou permanente encontradas tanto ao longo das margens da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>,<br />

quanto <strong>em</strong> pontos mais elevados da encosta (ZAKIA, et al., 2006). Nesta<br />

abordag<strong>em</strong>, os autores apontaram uma característica importante das zonas ripárias<br />

<strong>de</strong> não se restringir<strong>em</strong> apenas às áreas permanent<strong>em</strong>ente encharcadas, mas<br />

também abrang<strong>em</strong> as regiões que alcanc<strong>em</strong> a saturação hídrica <strong>em</strong> função do<br />

regime pluviométrico. Gregory et al. (1992 1 , citado por RIZZI, 2011), seguindo a<br />

mesma linha <strong>de</strong> raciocínio, argumentam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar um padrão<br />

t<strong>em</strong>poral da variação da zona ripária, já que os eventos que moldam os cursos <strong>de</strong><br />

água e proporcionam a expansão das áreas saturadas na bacia hidrográfica vão<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cheias anuais até fenômenos mais intensos das enchentes <strong>de</strong>cenais e<br />

seculares.<br />

Como ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>sta variação t<strong>em</strong>poral, Lima (2008) cita que a nascente<br />

seria o limite a montante da zona riparia, mas durante parte do ano a zona saturada<br />

1 GREGORY, S.V.; F.J. SWANSON; W.A. McKEE; K.W. CUMMINS. An ecosyst<strong>em</strong> perspective of riparian zones. BioScience,<br />

41 (8):540-551. 1992<br />

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