KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...

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CAPÍTULO 2: EFEITO DO TAMANHO DAS SEMENTES DE Pinus taeda NAS PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS E VALOR GENÉTICO DO LOTE DE SEMENTES 2.1 INTRODUÇÃO Fatores inerentes à própria posição das sementes na inflorescência e tamanho do cone influem no tamanho das sementes produzidas. Em coníferas, por exemplo, sabe-se que as maiores sementes ocorrem geralmente na porção mediana do cone (CHAISURISRI et al., 1992). No estudo realizado por MATZIRIS (1997) em dois anos consecutivos em um pomar clonal composto por 76 famílias de P. halepensis os resultados mostraram a existência de uma variação genética significativa entre clones para peso úmido e seco de cones, número e volume de sementes extraídas, peso e volume de 1000 sementes, porcentagem de sementes viáveis e comprimento e largura de cones, sementes e asas das sementes. Quanto maior e mais pesados os cones, maior e mais pesadas as sementes que estes continham. As correlações encontradas entre anos mostraram que a produção, tamanho e qualidade de sementes nos clones são características geralmente estáveis entre um ano e outro. Características relacionadas ao cone de origem são indicativas de aspectos relacionados à produtividade e características das sementes. No estudo de MATZIRIS (1998), com P. halepensis o rendimento de sementes viáveis por cone se mostrou fortemente correlacionado com o número total de sementes por cone (r=0,95). SAYWARD (1975) estudando P. strobus chegou à conclusão de que a melhor maneira de predizer a produção de sementes é estimar a produção de cones. O padrão de germinação de sementes em espécies varia de acordo com uma série de fatores além das condições ambientais já citadas durante o desenvolvimento da semente como, por exemplo, o tamanho das sementes (BELCHER et al.,1984; DUNLAP e BANETT, 1983; HELLUM, 1990; CHAISURISRI et al.,1992; entre outros). DUNLAP e BARNETT (1983) avaliaram o efeito do tamanho e do peso de sementes de P. taeda na taxa de germinação e velocidade de germinação e verificaram que sementes de menor tamanho levaram mais tempo para iniciar a germinação mas foram capazes de sustentar suas taxa máxima de germinação por um intervalo de tempo maior que as sementes maiores. Escassos 86

são os trabalhos que analisaram a influência do tamanho do cone sobre esta mesma característica. O objetivo deste capítulo foi é avaliar a influência do tamanho do cone e da semente de Pinus taeda nas propriedades tecnológicas do lote de sementes e relacionar características do cone com a produtividade de sementes e propriedades tecnológicas do lote formado. 2.2 MATERIAL E MÉTODOS 2.2.1 Área Produtora das Sementes A coleta de sementes foi realizada no pomar clonal em Rio Negrinho-SC, de propriedade da empresa Modo Battistella Reflorestamento S.A. – MOBASA. Detalhes sobre o pomar já foram apresentados no capítulo anterior. 2.2.2 Árvores Matrizes Amostradas Para este estudo foram coletados cones de sete clones do PCS no ano de 2006. Os indivíduos foram escolhidos aleatoriamente e estão entre aqueles avaliados no capítulo anterior. 2.2.3 Teste de progênies com 10 anos Foram coletados dados de um teste de progênies com 10 anos, composto por progênies dos mesmos clones avaliados neste estudo, para analisar o valor genético de lotes de diferentes tamanhos de semente, considerando a participação de cada clone no lote. As mudas para o teste foram produzidas no viveiro da própria empresa, em 1996, a partir de sementes colhidas das árvores selecionadas nos plantios comerciais para composição do pomar clonal de sementes (PCS). O teste de progênies foi implantado em 1997, em um delineamento em blocos ao acaso, com mudas oriundas de 120 árvores selecionadas. O plantio foi realizado sobre a linha do subsolador, mantendo um espaçamento de 2,5m por 2,5m entre mudas. Após o plantio foram realizadas manutenções para evitar a mato- competição 87

CAPÍTULO 2: EFEITO <strong>DO</strong> TAMANHO <strong>DA</strong>S SEMENTES DE Pinus taeda NAS<br />

PROPRIE<strong>DA</strong>DES TECNOLÓGICAS E VALOR GENÉTICO <strong>DO</strong> LOTE DE<br />

SEMENTES<br />

2.1 INTRODUÇÃO<br />

Fatores inerentes à própria posição das sementes na inflorescência e<br />

tamanho do cone influem no tamanho das sementes produzidas. Em coníferas, por<br />

exemplo, sabe-se que as maiores sementes ocorrem geralmente na porção mediana<br />

do cone (CHAISURISRI et al., 1992). No estudo realizado por MATZIRIS (1997) em<br />

dois anos consecutivos em um pomar clonal composto por 76 famílias de P.<br />

halepensis os resultados mostraram a existência de uma variação genética<br />

significativa entre clones para peso úmido e seco de cones, número e volume de<br />

sementes extraídas, peso e volume de 1000 sementes, porcentagem de sementes<br />

viáveis e comprimento e largura de cones, sementes e asas das sementes. Quanto<br />

maior e mais pesados os cones, maior e mais pesadas as sementes que estes<br />

continham. As correlações encontradas entre anos mostraram que a produção,<br />

tamanho e qualidade de sementes nos clones são características geralmente<br />

estáveis entre um ano e outro.<br />

Características relacionadas ao cone de origem são indicativas de aspectos<br />

relacionados à produtividade e características das sementes. No estudo de<br />

MATZIRIS (1998), com P. halepensis o rendimento de sementes viáveis por cone se<br />

mostrou fortemente correlacionado com o número total de sementes por cone<br />

(r=0,95). SAYWARD (1975) estudando P. strobus chegou à conclusão de que a<br />

melhor maneira de predizer a produção de sementes é estimar a produção de cones.<br />

O padrão de germinação de sementes em espécies varia de acordo com<br />

uma série de fatores além das condições ambientais já citadas durante o<br />

desenvolvimento da semente como, por exemplo, o tamanho das sementes<br />

(BELCHER et al.,1984; DUNLAP e BANETT, 1983; HELLUM, 1990; CHAISURISRI<br />

et al.,1992; entre outros). DUNLAP e BARNETT (1983) avaliaram o efeito do<br />

tamanho e do peso de sementes de P. taeda na taxa de germinação e velocidade de<br />

germinação e verificaram que sementes de menor tamanho levaram mais tempo<br />

para iniciar a germinação mas foram capazes de sustentar suas taxa máxima de<br />

germinação por um intervalo de tempo maior que as sementes maiores. Escassos<br />

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