KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...

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A produção média de sementes por indivíduo foi maior no pomar clonal nos dois anos do estudo. O pomar teve uma vantagem de 251% na produção de sementes por individuo em 2005 e de 42% em 2006. Comparando-se, pelo teste t verifica-se que a diferença, no entanto, não foi significativa em 2005 (valor-p = 0,098) nem em 2006 (valor-p = 0,266). Entre os fatores que poderiam explicar as diferenças na produção de cones e sementes na APS e no PCS estão: 1. A quantidade de pólen produzida nos respectivos anos/áreas. MATZIRIS (1997) trabalhando com Pinus halapensis encontrou diferenças estatísticas significativas entre clones na quantidade de sementes produzidas e proporção de sementes viáveis, atribuindo uma das causas à abundância de polinização; Observamos, visualmente, que a quantidade de pólen produzida na APS foi inferior à produzida no PCS; 2.Idade das áreas. No estudo de POWELL e WHITE, (1994), com Pinus elliottii, 50% da produção máxima de sementes por hectare foi alcançada aos 11 anos. Após essa idade a produção cresceu consideravelmente até atingir o ponto máximo entre 15 e 18 anos e, a partir daí, começou a decrescer. É claro que as condições encontradas no pomar clonal de Rio Negrinho são bastante diferentes daquelas encontradas na Florida, Geórgia e Alabama, onde os autores realizaram seu estudo, porém os resultados por eles encontrados são um indicativo da grande variação de produtividade esperada para idades distintas e grande é a diferença de idade entre a APS deste estudo (27 anos em 2005) e o PCS (11 anos em 2005). 3. Diferenças de espaçamento entre indivíduos. De acordo com POWELL E WHITE (1994), o aumento da produção de sementes em pomares desbastados começa a se tornar perceptível apenas após três ou quatro anos e, portanto, o desbaste sofrido pelo PCS em 2005 não deveria causar qualquer variação na produtividade de sementes em 2006 (mesmo porque o ciclo reprodutivo do P.taeda é de aproximadamente 20 meses). GARRIDO et al. (1984), trabalhando com P. elliottii, concluíram que o espaçamento adequado à produção máxima de sementes por árvore não é o mesmo que proporciona uma maior produção volumétrica por hectare, áreas de maior espaçamento apresentam uma maior produtividade individual. Com base nestes estudos não seria de se esperar uma grande variação de produtividade por individuo entre a APS e o PCS, visto que ambos apresentavam 70

em 2005 um número de indivíduos por área bastante semelhante (243 o PCS e 245 a APS), porém deve ser considerado que a APS foi desbastada com 18 anos e, consequentemente a copa de suas árvores é menor que a copa das árvores do PCS, o que justificaria a menor produção individual de cones e sementes da APS quando comparada ao PCS. Na média, arvores da APS apresentaram um diâmetro de copa de 7,7m em comparação a 11,3m das árvores do PCS. 4.Diferenças nas qualidades dos sítios e até mesmo influências micro-locais. Um florescimento baixo ou irregular é geralmente observado em pomares que não estão localizados em bons sítios de florescimento, e mesmo em bons sítios as influências micro-locais são significativas (SWEET, 2002). Até mesmo pelas distâncias que as separam as duas áreas apresentam características micro-locais bastante distintas. Seria interessante, portanto, a continuidade do monitoramento das áreas deste estudo para verificar o real efeito da sazonalidade, idade e demais fatores sobre a produtividade de cones e sementes. Como observado nos Gráficos 1 e 2 a falta de associação entre a produção de um ano e outro impede uma previsão confiável da participação de uma determinada matriz ou clone no futuro lote de sementes produzido. Mesmo em estudos mais prolongados, como MATZIRIS (1993), que avaliou a produção de três anos de um pomar clonal de Pinus nigra, não houve uma associação entre a posição ocupada no ranking em anos consecutivos, principalmente devido aos clones de produção intermediária. Porém, o autor encontrou associação entre o primeiro ano (de melhor produção) e o terceiro ano do estudo (de produção moderada), neste caso a variação no ranking foi menos acentuada (o segundo ano apresentou baixa produção). Com isso o autor sugeriu a presença de um efeito de um ano sobre o próximo, ou seja, a grande produção de um ano afetaria negativamente a produção do ano seguinte e a partir do terceiro ano a produção começaria a ser recuperada. Seria interessante, baseado nisso, a continuidade deste estudo por mais anos para verificar se Pinus taeda segue o mesmo padrão. Para finalizar, SAYWARD (1975) estudando P. strobus chegou à conclusão de que a melhor maneira de predizer a produção de sementes é estimar a produção de cones e o mesmo foi concluído neste estudo: em ambas as áreas e nos dois anos do estudo a produção de cones e sementes foram características significativamente 71

em 2005 um número de indivíduos por área bastante semelhante (243 o PCS e 245<br />

a APS), porém deve ser considerado que a APS foi desbastada com 18 anos e,<br />

consequentemente a copa de suas árvores é menor que a copa das árvores do PCS,<br />

o que justificaria a menor produção individual de cones e sementes da APS quando<br />

comparada ao PCS. Na média, arvores da APS apresentaram um diâmetro de copa<br />

de 7,7m em comparação a 11,3m das árvores do PCS.<br />

4.Diferenças nas qualidades dos sítios e até mesmo influências micro-locais.<br />

Um florescimento baixo ou irregular é geralmente observado em pomares que não<br />

estão localizados em bons sítios de florescimento, e mesmo em bons sítios as<br />

influências micro-locais são significativas (SWEET, 2002). Até mesmo pelas<br />

distâncias que as separam as duas áreas apresentam características micro-locais<br />

bastante distintas.<br />

Seria interessante, portanto, a continuidade do monitoramento das áreas<br />

deste estudo para verificar o real efeito da sazonalidade, idade e demais fatores<br />

sobre a produtividade de cones e sementes.<br />

Como observado nos Gráficos 1 e 2 a falta de associação entre a produção<br />

de um ano e outro impede uma previsão confiável da participação de uma<br />

determinada matriz ou clone no futuro lote de sementes produzido. Mesmo em<br />

estudos mais prolongados, como MATZIRIS (1993), que avaliou a produção de três<br />

anos de um pomar clonal de Pinus nigra, não houve uma associação entre a posição<br />

ocupada no ranking em anos consecutivos, principalmente devido aos clones de<br />

produção intermediária. Porém, o autor encontrou associação entre o primeiro ano<br />

(de melhor produção) e o terceiro ano do estudo (de produção moderada), neste<br />

caso a variação no ranking foi menos acentuada (o segundo ano apresentou baixa<br />

produção). Com isso o autor sugeriu a presença de um efeito de um ano sobre o<br />

próximo, ou seja, a grande produção de um ano afetaria negativamente a produção<br />

do ano seguinte e a partir do terceiro ano a produção começaria a ser recuperada.<br />

Seria interessante, baseado nisso, a continuidade deste estudo por mais anos para<br />

verificar se Pinus taeda segue o mesmo padrão.<br />

Para finalizar, SAYWARD (1975) estudando P. strobus chegou à conclusão<br />

de que a melhor maneira de predizer a produção de sementes é estimar a produção<br />

de cones e o mesmo foi concluído neste estudo: em ambas as áreas e nos dois anos<br />

do estudo a produção de cones e sementes foram características significativamente<br />

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