KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...

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No estudo conduzido por OMOKHAFE e ALIKA (2004) analisou-se o comprimento, largura, volume e peso das amêndoas produzidas por 21 clones de Hevea brasiliensis aos 15 e 16 anos de idade. A interação entre clone e ano foi significativa e claramente manifesta na razão entre o comprimento e a largura das sementes. A herdabilidade estimada para comprimento da semente foi de 96%. Correlações significativas foram encontradas entre as características, indicando a possibilidade de ganho simultâneo em todas as características quando a seleção é aplicada em apenas uma delas. LINDGREN (1982) estudando a variação do peso de sementes de 34 clones de P. sylvestris praticamente não encontrou sobreposição para o peso das sementes entre os clones com as sementes mais pesadas e os clones com as sementes mais leves. HELLUM (1976), também encontrou uma grande variação na distribuição de tamanho e peso de sementes de nove famílias de Picea glauca em dois anos consecutivos. A proporção de sementes de cada categoria de peso em cada clone não diferiu muito entre um ano e outro. O autor concluiu que a prática comum de se utilizar somente as sementes mais pesadas para a produção de mudas elimina uma grande porção da variabilidade genética do lote de sementes. GRIFFIN (1975) avaliou 14 rametes de 30 clones de P. radiata e encontrou uma variação de 10.800 a 21.200 sementes por quilo em rametes do mesmo clone, dependendo do clone. A variação entre clones foi ainda maior. SHEAR e PERRY (1985) encontraram diferenças significativas entre 19 clones de P. taeda no peso total das sementes, peso do tegumento, teor de lipídios e peso das mudas produzidas. O peso médio das sementes produzidas pela matriz na primeira posição do ranking foi 76% superior ao peso médio das sementes produzidas pela matriz classificada na ultima posição do ranking de produtividade (0,039g e 0,0221g, respectivamente). Os autores verificaram que estas diferenças podem refletir apenas a variação do peso do tegumento e não necessariamente a variação do conteúdo de substâncias de reserva, como citado por vários autores. Sugeriu-se para controle do tamanho da futura muda gerada a semeadura por clone de origem ao invés da semeadura por tamanho de sementes. 34

2.4 INFLUÊNCIA DO TAMANHO E PESO DAS SEMENTES NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA MUDA As sementes carregam em seus genes o desempenho potencial das árvores que se desenvolverão a partir delas. Sementes com um genótipo para rápido crescimento poderão desenvolver mudas de rápido crescimento se o ambiente for favorável. Uma semente com genótipo inferior irá produzir uma progênie inferior não importa como for o ambiente. Isto torna a coleta de sementes de fontes confiáveis e o acompanhamento do comportamento destas sementes em viveiro operações bastante importantes (SCHMIDT, 2000b). Uma quantidade considerável de informação já foi publicada envolvendo a influência do tamanho ou peso da semente em espécies florestais, principalmente na germinação (CHAUNAN; RAINA, 1980; AGUIAR; NAKAME, 1983; DUNLAP; BANETT, 1983; HELLUM, 1990; ARUNACHALAM, et al., 2003; SHEAR; PERRY, 1985;) e no primeiro ano de desenvolvimento (SHOULDERS, 1961; JARVIS, 1963; ADAMS; THIELGES, 1979). A germinação é uma seqüência de eventos fisiológicos influenciada por vários fatores intrínsecos e extrínsecos às sementes. Cada fator pode atuar por si ou em interação com os demais. Os fatores externos exercem influência decisiva sobre o processo de germinação, sendo considerados como essenciais a água, a temperatura, o oxigênio e a luz para determinadas espécies (BORGES; RENA, 1993). É com a absorção de água que se inicia o processo de germinação. Ela atua no tegumento, amolecendo-o, favorecendo a penetração do oxigênio e permitindo a transferência de nutrientes solúveis para as diversas partes da semente (TOLEDO; MARCOS FILHO, 1977). Em laboratório, para a realização do teste de germinação, é necessário escolher o material adequado para substrato, levando em consideração o tamanho da semente, sua exigência de água e sensibilidade ou não à luz, além da facilidade que este oferece para o desenvolvimento das plântulas (BORGES; RENA, 1993). As Regras de Análise de Sementes - RAS - indicam pano, papel-toalha, papel filtro, papel mata-borrão, terra e areia como substratos para as análises de germinação (BRASIL, 1992). No caso da espécie P. taeda, recomenda-se que o teste seja realizado sobre papel ou sobre areia. 35

No estudo conduzido por OMOKHAFE e ALIKA (2004) analisou-se o<br />

comprimento, largura, volume e peso das amêndoas produzidas por 21 clones de<br />

Hevea brasiliensis aos 15 e 16 anos de idade. A interação entre clone e ano foi<br />

significativa e claramente manifesta na razão entre o comprimento e a largura das<br />

sementes. A herdabilidade estimada para comprimento da semente foi de 96%.<br />

Correlações significativas foram encontradas entre as características, indicando a<br />

possibilidade de ganho simultâneo em todas as características quando a seleção é<br />

aplicada em apenas uma delas.<br />

LINDGREN (1982) estudando a variação do peso de sementes de 34 clones<br />

de P. sylvestris praticamente não encontrou sobreposição para o peso das sementes<br />

entre os clones com as sementes mais pesadas e os clones com as sementes mais<br />

leves. HELLUM (1976), também encontrou uma grande variação na distribuição de<br />

tamanho e peso de sementes de nove famílias de Picea glauca em dois anos<br />

consecutivos. A proporção de sementes de cada categoria de peso em cada clone<br />

não diferiu muito entre um ano e outro. O autor concluiu que a prática comum de se<br />

utilizar somente as sementes mais pesadas para a produção de mudas elimina uma<br />

grande porção da variabilidade genética do lote de sementes.<br />

GRIFFIN (1975) avaliou 14 rametes de 30 clones de P. radiata e encontrou<br />

uma variação de 10.800 a 21.200 sementes por quilo em rametes do mesmo clone,<br />

dependendo do clone. A variação entre clones foi ainda maior.<br />

SHEAR e PERRY (1985) encontraram diferenças significativas entre 19<br />

clones de P. taeda no peso total das sementes, peso do tegumento, teor de lipídios e<br />

peso das mudas produzidas. O peso médio das sementes produzidas pela matriz na<br />

primeira posição do ranking foi 76% superior ao peso médio das sementes<br />

produzidas pela matriz classificada na ultima posição do ranking de produtividade<br />

(0,039g e 0,0221g, respectivamente). Os autores verificaram que estas diferenças<br />

podem refletir apenas a variação do peso do tegumento e não necessariamente a<br />

variação do conteúdo de substâncias de reserva, como citado por vários autores.<br />

Sugeriu-se para controle do tamanho da futura muda gerada a semeadura por clone<br />

de origem ao invés da semeadura por tamanho de sementes.<br />

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