KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...
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2.3.1 Fatores Ambientais<br />
O tamanho da semente ou o vigor do embrião podem aparentemente ser<br />
aumentados por tratos culturais aplicados aos pomares de sementes e áreas de<br />
produção de sementes. O ambiente no qual a árvore matriz está exerce uma<br />
influência considerável no tamanho das sementes produzidas (SHEN et al., 1981).<br />
Em espécies de coníferas, rametes enxertados em pomares de sementes têm<br />
produzido sementes maiores que aquelas coletadas dos ortetes originais<br />
(SORENSEN; CAMPBELL, 1985). POWELL e WHITE (1994) analisando lotes de<br />
sementes advindo de pomares maduros de P. elliotti e lotes oriundos de áreas<br />
naturais constataram que sementes de pomares eram aproximadamente 15%<br />
maiores que sementes produzidas em plantações e áreas naturais. Sementes de P.<br />
sylvestris provenientes de pomar clonal foram 56% maiores que sementes dos<br />
ortetes segundo HADDERS (1963) e de acordo com o estudo de PARKS (1978),<br />
sementes de P. ponderosa provenientes de um pomar clonal foram cerca de 35%<br />
mais pesadas que sementes de áreas de distribuição natural da espécie.<br />
Algumas justificativas para o fato de sementes maiores serem produzidas<br />
nos pomares e não em regiões de distribuição natural da espécie são diferenças de<br />
fotoperíodo, tamanho de copas, estações de crescimento e teor de umidade, e<br />
fertilidade, tudo isso mais favorável em pomares (SORENSEN; CAMPBELL, 1985).<br />
No estudo conduzido por GRIFFIN (1975) foi avaliada a diferença entre sítios<br />
no número de sementes por quilo para P. radiata. Os melhores sítios (bons níveis de<br />
fertilidade e chuva abundante) produziram lotes de sementes com 14.500 sementes/<br />
kg, enquanto que sítios mais pobres produziram lotes com 19.000 sementes/ kg,<br />
menores, portanto.<br />
O tamanho das sementes varia com a fonte genética e geográfica, e as<br />
práticas de fertilização comumente utilizadas em pomares de semente geralmente<br />
aumentam o tamanho das sementes. MORGENSTERN (1969) encontrou<br />
correlações para Picea mariana entre as condições de umidade, temperatura e<br />
comprimento do dia no local de colheita de sementes e o tamanho das mesmas.<br />
Fatores inerentes à própria posição das sementes na inflorescência e<br />
tamanho do cone influem no tamanho das sementes produzidas. Em coníferas, por<br />
exemplo, é sabido que as maiores sementes ocorrem geralmente na porção mediana<br />
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