KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...

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espécies florestais sobre a produção de sementes em diferentes matrizes e em diferentes áreas e os efeitos do tamanho da semente sobre o desenvolvimento da muda em viveiro e campo são das décadas de 70 e 80, desenvolvidos principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, dentre os poucos estudos encontrados estão alguns com eucalipto (CÂNDIDO, 1970; DONI FILHO, 1974; CARVALHO et al., 1979; FONSECA, 1979;) e algumas poucas espécies nativas (STURION, 1984), nenhum com a espécie Pinus taeda. Para a formação do lote de sementes alguns aspectos precisam ainda ser observados. Em áreas produtoras de sementes ideais, espera-se que as matrizes sejam igualmente participativas no lote de sementes formado. Essa situação ideal, entretanto, é dificilmente encontrada devido à participação desigual dos clones como resultado, por exemplo, de uma mortalidade diferenciada de rametes (MATZIRIS, 1993) e produção de sementes diferenciada (SORENSEN; CAMPBELL, 1985; POWELL; WHITE,1994). Mesmo após a formação do lote de sementes ainda existirá a possibilidade de restrição da base genética devido à eliminação de uma determinada classe de tamanho ou peso de semente, diferentes respostas às condições de armazenamento e métodos de quebra de dormência. Isso porque o tamanho e peso de sementes, a resposta ao armazenamento e o grau de dormência parecem estar sobre forte controle genético, relacionado principalmente à origem materna da semente (SCHIMDT, 2000). Características dos lotes de sementes, como o tamanho das sementes que o compõem, são importantes em vários aspectos. Vários estudos verificaram que a germinação (CHAUNAN; RAINA, 1980; AGUIAR; NAKAME, 1983; DUNLAP; BANETT, 1983; HELLUM, 1990; ARUNACHALAM, et al., 2003; SHEAR; PERRY, 1985;), desenvolvimento das mudas em viveiro (SHOULDERS, 1961; JARVIS, 1963; ADAMS; THIELGES, 1979; DUNLAP; BANETT, 1983; HELLUM, 1990; ARUNACHALAM, et al., 2003;) e no campo (SHOULDERS, 1961; JARVIS, 1963; ADAMS; THIELGES, 1979; CLAIR; ADAMS, 1991) podem estar relacionados ao tamanho da semente. Com base nisso torna-se necessário o entendimento da influência desta característica para maior eficiência das operações de viveiro e para o entendimento do comportamento da planta em estágios avançados de desenvolvimento. 16

1.1 OBJETIVOS O objetivo geral deste estudo foi avaliar a influência da família e do tamanho da semente de Pinus taeda nas propriedades tecnológicas do lote de sementes, performance em viveiro e crescimento inicial em campo. Foram avaliadas famílias de um pomar clonal de sementes (PCS) e de uma área de produção de sementes (APS). Os objetivos específicos foram: 1. Comparar clones de Pinus taeda de um PCS e matrizes de uma APS em relação à produtividade, tamanho das sementes e propriedades tecnológicas do lote de sementes. Hipóteses: quando comparados a matrizes da APS, clones do PCS apresentam maior produção de cones e sementes por indivíduo e as sementes produzidas são maiores e mais pesadas. Assim, o lote de sementes do PCS tem um menor número de sementes por quilo e vantagens na porcentagem de germinação e velocidade de germinação devido a maior quantidade de substâncias de reserva nas sementes maiores. A desvantagem da APS seria justificada pela idade avançada, menor espaçamento entre indivíduos e qualidade de copa inferior. 2. Avaliar a influência do tamanho das sementes nas propriedades tecnológicas e valor genético do lote de sementes de Pinus taeda. Hipóteses: lotes compostos por sementes menores apresentam maior número de sementes por quilo, menor porcentagem de germinação e menor velocidade de germinação que lotes de sementes maiores. Além disso, a classificação de lotes de sementes por tamanho produz lotes com valores genéticos distintos. A vantagem das sementes maiores na germinação seria conseqüência da maior quantidade de substâncias de reserva em seu interior e a diferença no valor genético dos lotes de sementes ocorreria devido à participação desigual de cada família no lote após a classificação. 3. Avaliar a influência da família e do tamanho das sementes na emergência em viveiro e características físicas da muda de Pinus taeda. Hipóteses: as famílias diferem com relação à emergência e características físicas das mudas produzidas. Ainda, mudas oriundas de sementes maiores apresentam maior porcentagem e velocidade de emergência e, além disso, características físicas superiores quando comparadas às mudas originadas de sementes menores na ausência de adubação. Com a vantagem no tamanho de sementes, mudas do PCS apresentam velocidade e porcentagem de emergência e características físicas superiores às da APS. A maior 17

espécies florestais sobre a produção de sementes em diferentes matrizes e em<br />

diferentes áreas e os efeitos do tamanho da semente sobre o desenvolvimento da<br />

muda em viveiro e campo são das décadas de 70 e 80, desenvolvidos<br />

principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, dentre os poucos estudos<br />

encontrados estão alguns com eucalipto (CÂNDI<strong>DO</strong>, 1970; <strong>DO</strong>NI FILHO, 1974;<br />

CARVALHO et al., 1979; FONSECA, 1979;) e algumas poucas espécies nativas<br />

(STURION, 1984), nenhum com a espécie Pinus taeda.<br />

Para a formação do lote de sementes alguns aspectos precisam ainda ser<br />

observados. Em áreas produtoras de sementes ideais, espera-se que as matrizes<br />

sejam igualmente participativas no lote de sementes formado. Essa situação ideal,<br />

entretanto, é dificilmente encontrada devido à participação desigual dos clones como<br />

resultado, por exemplo, de uma mortalidade diferenciada de rametes (MATZIRIS,<br />

1993) e produção de sementes diferenciada (SORENSEN; CAMPBELL, 1985;<br />

POWELL; WHITE,1994). Mesmo após a formação do lote de sementes ainda existirá<br />

a possibilidade de restrição da base genética devido à eliminação de uma<br />

determinada classe de tamanho ou peso de semente, diferentes respostas às<br />

condições de armazenamento e métodos de quebra de dormência. Isso porque o<br />

tamanho e peso de sementes, a resposta ao armazenamento e o grau de dormência<br />

parecem estar sobre forte controle genético, relacionado principalmente à origem<br />

materna da semente (SCHIMDT, 2000).<br />

Características dos lotes de sementes, como o tamanho das sementes que o<br />

compõem, são importantes em vários aspectos. Vários estudos verificaram que a<br />

germinação (CHAUNAN; RAINA, 1980; AGUIAR; NAKAME, 1983; DUNLAP;<br />

BANETT, 1983; HELLUM, 1990; ARUNACHALAM, et al., 2003; SHEAR; PERRY,<br />

1985;), desenvolvimento das mudas em viveiro (SHOULDERS, 1961; JARVIS, 1963;<br />

A<strong>DA</strong>MS; THIELGES, 1979; DUNLAP; BANETT, 1983; HELLUM, 1990;<br />

ARUNACHALAM, et al., 2003;) e no campo (SHOULDERS, 1961; JARVIS, 1963;<br />

A<strong>DA</strong>MS; THIELGES, 1979; CLAIR; A<strong>DA</strong>MS, 1991) podem estar relacionados ao<br />

tamanho da semente. Com base nisso torna-se necessário o entendimento da<br />

influência desta característica para maior eficiência das operações de viveiro e para<br />

o entendimento do comportamento da planta em estágios avançados de<br />

desenvolvimento.<br />

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