KELLY CRISTINA CANCELA INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DO ...
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Tanto na semeadura com adubação como sem adubação 44% das famílias<br />
apresentaram comportamento estatisticamente semelhante com relação à<br />
emergência (lembrando que apenas nove famílias foram avaliadas nos dois casos),<br />
porém o grupo que apresentou comportamento semelhante diferiu nos dois casos. A<br />
diferença na emergência de cada família decorrente do uso do adubo não era<br />
esperada, visto que nesta fase a semente não depende de qualquer nutriente. Uma<br />
das situações esperadas seria a diferença na emergência com adubação e sem<br />
adubação decorrente da época de semeadura. A semeadura com incorporação de<br />
adubo ao substrato foi realizada no final de abril de 2007, um período em que a<br />
temperatura começa a diminuir. Já a semeadura sem incorporação de adubo foi<br />
realizada no ano anterior no período ideal, no mês de agosto, logo após a fase mais<br />
fria do ano. Como conseqüência do exposto, a porcentagem média esperada de<br />
emergência da segunda semeadura seria menor que a da primeira, o que não<br />
aconteceu em proporções consideráveis (66,1% foi a média de emergência das nove<br />
famílias avaliadas na primeira semeadura e 64,2% foi a média na segunda<br />
semeadura, uma diferença mínima). O que realmente foi observado foi uma grande<br />
mudança na posição ocupada pelos clones no ranking de emergência. Houve casos<br />
em que o porcentual de emergência das sementes produzidas aumentou com a<br />
adubação (por exemplo, a família 3, onde a média de emergência foi de 58,3% sem<br />
adubo e de 83,6% com adubo) e casos em que a emergência diminui com a<br />
adubação (clone 13, com 83,6% de emergência sem adubação e 51,4% com<br />
adubação). O coeficiente de correlação de Spearman (rs) indicou uma correlação não<br />
significativa entre os postos ocupados pelos clones nas duas semeaduras (rs=-0,33),<br />
ou seja, não houve associação entre a emergência com e sem adubação das<br />
diferentes famílias.<br />
Não existe, em literatura, nenhum estudo que explique a diferença na<br />
emergência de sementes decorrente de adubação. Fatores externos exercem<br />
influência decisiva sobre o processo de germinação, principalmente a água, a<br />
temperatura, o oxigênio e a luz (BORGES e RENA, 1993), porém não a adubação,<br />
uma vez que nesta fase a semente utiliza seu tecido de reserva, o endosperma,<br />
como fonte de energia, não dependendo de qualquer nutriente.<br />
Os pressupostos da ANOVA foram atendidos para os dados de velocidade<br />
de emergência com adubação. A ANOVA indicou diferença significativa entre