PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO HÍDRICA EM ...

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chuvas mais intensas em um determinado período do ano (verão). Desta forma, percebe-se a importância de um planejamento das operações de preparo visando expor o solo o mínimo possível nesta época do ano, principalmente em maiores declividades. Já, as características das chuvas observadas na área experimental de Itaiópolis, em conjunto com outros fatores, podem favorecer maiores perdas de nutrientes. De acordo com QUINTON et al. (2001) os sedimentos transportados pela enxurrada em pequenos eventos de chuva são mais enriquecidos por nutrientes que os sedimentos transportados nos grandes eventos. A explicação para esse fato é que, para o carreamento das finas frações de solo é suficiente o escoamento superficial com menor energia de transporte. Pode-se considerar ainda que, há um número maior de pequenos eventos do que de grandes eventos, assim a maior freqüência de pequenos eventos combinada com o enriquecimento dos sedimentos, pode favorecer uma maior perda de nutrientes do que a perda nos grandes eventos. 4.4.2 Perdas de Solo nas Duas Áreas Experimentais As perdas de solo foram diferenciadas entre as duas áreas experimentais analisadas. Além da distribuição da precipitação pluviométrica apresentar comportamento distinto entre as duas localidades, as características do solos favoreceram estes resultados. Entre as duas localidades analisadas, pode-se destacar as diferenças na textura e declividade dos solos em estudo. Na área experimental de Itaiópolis a declividade mais acentuada apresentou maior susceptibilidade ao processo erosivo, sendo que mesmo pequenos eventos de chuva apresentaram coletas de sedimentos. Um aspecto importante observado em campo, é que boa parte dos sedimentos fica retida na extensão do declive e nas canaletas antes de chegar na calha (Roda Coshocton). Desta forma, mesmo as precipitações com baixa erosividade acabam desalojando um grande volume de sedimentos para a calha. Isso justifica a necessidade da avaliação ser efetuada no período mínimo de um ano relacionando a quantidade e intensidade das chuvas neste 81

período com a soma de solo erodido correspondente. Na área experimental de Três Barras, a menor declividade contribuiu para menores perdas de solo, relevos mais planos podem ter pouca ou nenhuma enxurrada, e conseqüentemente ocorre pouco transporte de solo (ANTONANGELO, 2004). Em relação à textura, solos com maiores porcentagens de silte ou areia fina em sua composição são mais erodíveis que os solos argilosos em função do efeito de ligação da argila. Também, conforme (WISCHMEIER et al., 1971) teores elevados de argila e matéria orgânica geralmente, mas não necessariamente contribuem para reduzir a erodibilidade do solo. Na área experimental de Itaiópolis o solo apresentou textura menos argilosa e maiores teores de areia fina em sua composição, este fato associado a maior declividade favoreceu o processo erosivo, contribuindo para maiores perdas de solo, enquanto que em Três Barras, a textura muito argilosa e menor declividade do solo e ainda, maior cobertura por resíduos de colheita, reduziu a susceptibilidade do solo à erosão. 4.4.2.1 Perdas de Solo na Área Experimental de Itaiópolis As perdas de solo acumuladas no período de avaliação e a erosividade da chuva (EI30) acumulada estão ilustradas no gráfico 16. Percebe-se perdas elevadas de solo acumuladas para o tratamento “Morro Abaixo”, desde o início da avaliação em relação aos demais tratamentos. No mês de instalação até agosto, as chuvas embora em maior quantidade neste período não foram tão intensas, conseqüentemente a erosividade foi menor (gráfico 14) no entanto o método de preparo de solo “Morro abaixo” manifestou perdas de solo superiores aos demais tratamentos desde o início, comprovando que a orientação do preparo de solo influencia fortemente o processo erosivo. 82

período com a soma de solo erodido correspondente. Na área experimental de Três<br />

Barras, a menor declividade contribuiu para menores perdas de solo, relevos mais<br />

planos podem ter pouca ou nenhuma enxurrada, e conseqüentemente ocorre pouco<br />

transporte de solo (ANTONANGELO, 2004).<br />

Em relação à textura, solos com maiores porcentagens de silte ou areia fina<br />

em sua composição são mais erodíveis que os solos argilosos em função do efeito de<br />

ligação da argila. Também, conforme (WISCHMEIER et al., 1971) teores elevados<br />

de argila e matéria orgânica geralmente, mas não necessariamente contribuem para<br />

reduzir a erodibilidade do solo. Na área experimental de Itaiópolis o solo apresentou<br />

textura menos argilosa e maiores teores de areia fina em sua composição, este fato<br />

associado a maior declividade favoreceu o processo erosivo, contribuindo para<br />

maiores perdas de solo, enquanto que em Três Barras, a textura muito argilosa e<br />

menor declividade do solo e ainda, maior cobertura por resíduos de colheita, reduziu<br />

a susceptibilidade do solo à erosão.<br />

4.4.2.1 Perdas de Solo na Área Experimental de Itaiópolis<br />

As perdas de solo acumuladas no período de avaliação e a erosividade da<br />

chuva (EI30) acumulada estão ilustradas no gráfico 16.<br />

Percebe-se perdas elevadas de solo acumuladas para o tratamento “Morro<br />

Abaixo”, desde o início da avaliação em relação aos demais tratamentos.<br />

No mês de instalação até agosto, as chuvas embora em maior quantidade<br />

neste período não foram tão intensas, conseqüentemente a erosividade foi menor<br />

(gráfico 14) no entanto o método de preparo de solo “Morro abaixo” manifestou<br />

perdas de solo superiores aos demais tratamentos desde o início, comprovando que a<br />

orientação do preparo de solo influencia fortemente o processo erosivo.<br />

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