PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO HÍDRICA EM ...

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2.6.5 Resistência Mecânica do Solo A resistência de um solo é a habilidade ou a capacidade do mesmo, em condição particular de resistir a uma força aplicada (SILVA, 2003). BALASTREIRE (1990) descreve como resistência do solo à penetração, ou penetrabilidade, a resistência oferecida à introdução de um corpo sólido na massa de solo. A determinação deste parâmetro é medida através da facilidade com que uma sonda ou penetrômetro pode ser introduzido no solo, podendo ser expressa em unidades de distância, velocidade, força ou trabalho, dependo do tipo de equipamento usado. A tolerância em relação aos problemas gerados pelo aumento da resistência mecânica do solo varia de acordo com as diferentes espécies florestais. Segundo DOUGHERTY e GRESHAM (1988) o desenvolvimento radicular é o fator mais importante na sobrevivência e crescimento de pinus no primeiro ano de plantio. Aumentos de resistência mecânica do solo representam sérios problemas uma vez que até que o sistema radicular tenha chance de se desenvolver as mudas têm poucas condições de suprir suas necessidades principalmente em solos pouco férteis e com pouca disponibilidade de água para as plantas. SANDS (1979) reporta que o desenvolvimento de raízes de Pinus radiata foi severamente limitado quando a resistência mecânica do solo excedeu a 3MPa. THEODOROU et al. (1991) relatam que houveram, para a mesma espécie, reduções no crescimento radicular de mudas com valores de resistência mecânica de 2,1 MPa ou superiores. No entanto, aumentos acima de 1,0 MPa prejudicaram o crescimento de mudas de Eucalyptus grandis (WHITMANN et al., 1997). Esse parâmetro pode ser alterado dependendo também do sistema de preparo do solo adotado. CONSTANTINI (1995) analisando o solo preparado para o plantio, constatou aumento de resistência mecânica do solo, em profundidades de até 30 cm, entre os “montes” ou camalhões feitos para o plantio, ou seja, nos sulcos efetuados pela passagem dos veículos durante a formação do camalhão e do plantio. 31

Na área onde é efetuado o plantio, ou seja, sobre o camalhão, foram obtidos os menores resultados de resistência mecânica. No entanto as raízes das mudas de pinus plantadas neste local, futuramente necessitam atravessar as zonas entre os montes onde estão os sulcos compactados colonizando as áreas entre os mesmos (entrelinhas) e encontrarão limitações geradas pelo aumento da resistência mecânica do solo. Deste modo, as raízes concentram-se sobre a área de plantio reduzindo a estabilidade da árvore. Estes problemas tendem a se agravar em solos de texturas grosseiras onde forças naturais de expansão e encolhimento são modestas para que haja uma recuperação natural do solo (CONSTANTINI, 1995). 2.7 MÉTODOS DE PREPARO DO SOLO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE DE FLORESTAS PLANTADAS O preparo do solo, segundo GONÇALVES et al. (2002) compreende um conjunto de operações que, quando usadas adequadamente, podem manter ou elevar os índices de produtividade florestal, reduzir a erosão e a relação custo/benefício dos recursos disponíveis. Os autores enfatizam ainda que o efeito do preparo do solo não depende somente dos implementos utilizados, mas da forma e intensidade do seu uso. Nenhum implemento usado para o preparo melhora a estrutura do solo, isso ocorre em função da atividade biológica de organismos do solo e da ação do sistema radicular das plantas. Considerando aspectos de conservação do solo, o melhor cultivo é aquele onde são efetuadas menos operações e onde permanece maior cobertura de resíduos vegetais sobre o solo. O uso de métodos de preparo de solo envolvendo arados e grades atualmente não é utilizado ou sua utilização é bem pouco freqüente em áreas florestais. No entanto, na literatura alguns autores descrevem aumentos na produtividade florestal com o uso destes implementos enquanto outros afirmam que os mesmos apresentam pouca eficácia nesta condição. Para MHANDO (1993) o preparo do solo completo, envolvendo aração e grade de discos numa profundidade 32

2.6.5 Resistência Mecânica do Solo<br />

A resistência de um solo é a habilidade ou a capacidade do mesmo, em<br />

condição particular de resistir a uma força aplicada (SILVA, 2003).<br />

BALASTREIRE (1990) descreve como resistência do solo à penetração, ou<br />

penetrabilidade, a resistência oferecida à introdução de um corpo sólido na massa de<br />

solo. A determinação deste parâmetro é medida através da facilidade com que uma<br />

sonda ou penetrômetro pode ser introduzido no solo, podendo ser expressa em<br />

unidades de distância, velocidade, força ou trabalho, dependo do tipo de<br />

equipamento usado.<br />

A tolerância em relação aos problemas gerados pelo aumento da resistência<br />

mecânica do solo varia de acordo com as diferentes espécies florestais. Segundo<br />

DOUGHERTY e GRESHAM (1988) o desenvolvimento radicular é o fator mais<br />

importante na sobrevivência e crescimento de pinus no primeiro ano de plantio.<br />

Aumentos de resistência mecânica do solo representam sérios problemas uma vez<br />

que até que o sistema radicular tenha chance de se desenvolver as mudas têm poucas<br />

condições de suprir suas necessidades principalmente em solos pouco férteis e com<br />

pouca disponibilidade de água para as plantas.<br />

SANDS (1979) reporta que o desenvolvimento de raízes de Pinus radiata foi<br />

severamente limitado quando a resistência mecânica do solo excedeu a 3MPa.<br />

THEODOROU et al. (1991) relatam que houveram, para a mesma espécie, reduções<br />

no crescimento radicular de mudas com valores de resistência mecânica de 2,1 MPa<br />

ou superiores. No entanto, aumentos acima de 1,0 MPa prejudicaram o crescimento<br />

de mudas de Eucalyptus grandis (WHITMANN et al., 1997).<br />

Esse parâmetro pode ser alterado dependendo também do sistema de preparo<br />

do solo adotado. CONSTANTINI (1995) analisando o solo preparado para o plantio,<br />

constatou aumento de resistência mecânica do solo, em profundidades de até 30 cm,<br />

entre os “montes” ou camalhões feitos para o plantio, ou seja, nos sulcos efetuados<br />

pela passagem dos veículos durante a formação do camalhão e do plantio.<br />

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