PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO HÍDRICA EM ...

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uma mesma profundidade, sendo que o problema é agravado quando há excesso de umidade no solo no momento da operação. Com o tempo esta camada compactada torna-se mais densa, reduzindo a infiltração de água no solo bem como a penetração das raízes. É comum encontrar essa forma de compactação no fundo dos sulcos de aração e de gradeação sendo denominado de “pé-de-arado” ou “pé-de-grade” CASTRO (1995). Esta situação em áreas florestais é mais difícil de ser encontrada, uma vez que, estes implementos são pouco usados no preparo do solo para o plantio florestal. Quando não há mobilização da superfície no preparo do solo (plantio direto), os valores de densidade são mais altos, porém mais homogêneos ao longo do perfil, e acabam diminuindo gradativamente em profundidade. Diferente do sistema convencional que apresenta menores densidades nas camadas superficiais, mas, mostram acréscimos em profundidade (CASTRO, 1995). Aumentos de densidade do solo em áreas florestais são comumente observados após a colheita, dependendo de como esta foi efetuada, do tipo de maquinário empregado. RAB (1996) analisando a compactação em trilhas de corte e pátios de empilhamento de madeira constatou aumentos na densidade do solo de 53% e 160% respectivamente, quando comparado com áreas florestais não perturbadas. Também as operações de limpeza do terreno, alteram os valores de densidade do solo. GHUMAN e LAL (1992) analisando esta propriedade do solo em área submetida à limpeza com trator de esteira e lâmina observaram acréscimos chegando a 1,3 - 1,4 Mg/m 3 para 1,0 – 1,2 Mg/m 3 em áreas não perturbadas. As mesmas operações efetuadas em período chuvoso apresentaram valores ainda maiores: 1,50 -1,57 Mg/m 3 sendo que estes foram encontrados na camada entre 10- 20 cm. Este estudo concluiu que a limpeza do terreno deve ser efetuada preferencialmente em estações mais secas, para minimizar danos ao solo, e que a vegetação cortada deve ser mantida sobre a superfície do solo para evitar a exposição a altas temperaturas ou impactos de gotas da chuva, que aceleram o 27

processo de erosão. 2.6.2 Porosidade Total CURI et al. (1993) descrevem a porosidade total como a porcentagem do volume do solo não ocupado por partículas sólidas, incluindo todo o espaço poroso ocupado pelo ar e água. A porosidade total inclui a macroporosidade e a microporosidade e pode ser calculada pela relação entre as densidades real e do solo. A macroporosidade é definida como o número de poros maiores, no caso aqueles que não são capazes de transportar água por capilaridade, enquanto que a microporosidade se refere aos poros capazes de exercer esta função. Os limites entre os quais varia a porosidade total de um solo são bastante amplos, uma vez que o volume de poros depende da composição granulométrica e da estruturação de cada solo. Segundo KIEHL (1979) os solos com partículas de tamanho uniforme são mais porosos do que os de partículas de tamanhos diferentes, pois neste caso as partículas finas podem preencher espaços livres entre o material grosseiro. O armazenamento, disponibilidade e transporte da solução do solo e do ar não só dependem da porosidade total, mas também de como o espaço poroso total é distribuído por tamanho, ou seja, a quantidade de macro e microporos (PREVEDELLO, 1996). As passagens de máquinas na colheita de madeira e no preparo mecânico do sítio afetam a densidade do solo, e conseqüentemente sua resistência mecânica e porosidade total, afetando os processos de aeração e drenagem (BALLARD, 2000) e gerando impactos nas relações de água no solo e disponibilidade de nutrientes (FOX, 2000). Também a porosidade de aeração que é o volume de poros existentes no solo a um dado teor de água, pode ser afetada no manejo dos solos de uso florestal. THEODOROU et al. (1991) constatou em áreas de plantio de Pinus radiata, que o 28

processo de erosão.<br />

2.6.2 Porosidade Total<br />

CURI et al. (1993) descrevem a porosidade total como a porcentagem do<br />

volume do solo não ocupado por partículas sólidas, incluindo todo o espaço poroso<br />

ocupado pelo ar e água. A porosidade total inclui a macroporosidade e a<br />

microporosidade e pode ser calculada pela relação entre as densidades real e do solo.<br />

A macroporosidade é definida como o número de poros maiores, no caso aqueles<br />

que não são capazes de transportar água por capilaridade, enquanto que a<br />

microporosidade se refere aos poros capazes de exercer esta função.<br />

Os limites entre os quais varia a porosidade total de um solo são bastante<br />

amplos, uma vez que o volume de poros depende da composição granulométrica e<br />

da estruturação de cada solo. Segundo KIEHL (1979) os solos com partículas de<br />

tamanho uniforme são mais porosos do que os de partículas de tamanhos diferentes,<br />

pois neste caso as partículas finas podem preencher espaços livres entre o material<br />

grosseiro.<br />

O armazenamento, disponibilidade e transporte da solução do solo e do ar<br />

não só dependem da porosidade total, mas também de como o espaço poroso total é<br />

distribuído por tamanho, ou seja, a quantidade de macro e microporos<br />

(PREVE<strong>DE</strong>LLO, 1996).<br />

As passagens de máquinas na colheita de madeira e no preparo mecânico do<br />

sítio afetam a densidade do solo, e conseqüentemente sua resistência mecânica e<br />

porosidade total, afetando os processos de aeração e drenagem (BALLARD, 2000) e<br />

gerando impactos nas relações de água no solo e disponibilidade de nutrientes<br />

(FOX, 2000).<br />

Também a porosidade de aeração que é o volume de poros existentes no solo<br />

a um dado teor de água, pode ser afetada no manejo dos solos de uso florestal.<br />

THEODOROU et al. (1991) constatou em áreas de plantio de Pinus radiata, que o<br />

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