PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO HÍDRICA EM ...

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TABELA 10 - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SEDIMENTOS NA ÁREA EXPERIMENTAL DE ITAIÓPOLIS SOLO DE ORIGEM Tratamentos areia grossa areia fina Silte Argila -------------------------g/kg----------------------------- Cortando Declive 50,0 a 270,0 a 256,6 a 430,3 a Morro Abaixo 78,8 a 346,6 a 75,0 a 500,0 a Sem preparo 83,6 a 350,0 a 69,3 a 497,3 a Covas 59,4 a 278,6 a 105,0 a 556,6 a C.V. (%) 23,80 13,31 41,91 11,76 SEDIMENTOS Tratamentos areia grossa areia fina Silte Argila ------------------------g/kg------------------------------ Cortando Declive 106,0 a 269,0 a 373,0 a 255,0 a Morro Abaixo 90,8 a 241,0 a 385,0 a 331,0 a Sem preparo 110,0 a 322,0 a 325,0 a 281,0 a Covas 88,0 a 296,0 a 357,0 a 297,0 a C.V. (%) 57,87 26,60 33,58 67,01 Nota: Médias seguidas por letras distintas na mesma coluna, diferem entre si ao nível de significância de 5 % pelo teste de Tukey. A análise da variância para composição química dos sedimentos com diferenças significativas encontra-se no anexo 12. Os teores de cálcio e magnésio estão ligados ao nível de acidez do solo, sendo que quando estão baixos o solo apresentará maior excesso de acidez e baixa saturação por bases (V%). Na amostragem do solo original nesta área os valores obtidos em todos os tratamentos são considerados baixos para o Cálcio e médios para o magnésio, de acordo com a classificação do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) abordada por TOMÉ JR (1997). Os teores de cálcio obtidos nos sedimentos mostram valores enquadrados como médios no método de preparo Morro abaixo. Conforme HERNANI et al. (1999) em áreas agrícolas maiores perdas de cálcio e magnésio foram verificadas em sistemas de preparo convencionais sem cobertura vegetal e as menores em plantio direto. Comportamento semelhante é verificado nesta área experimental, sendo que os tratamentos com maior mobilização de solo também apresentaram maiores concentrações deste elemento, 99

embora os valores médios obtidos pelos autores citados sejam maiores por se tratar de área agrícola com correção do solo. Para o magnésio as diferenças entre os resultados obtidos não diferiram estatisticamente, no entanto o tratamento “Morro abaixo” manifestou as maiores concentrações deste nutriente. Na análise do potássio presente nos sedimentos os resultados obtidos diferiram entre os métodos de preparo empregados. TOMÉ JR (1997) classifica como médios os valores entre 0,11 a 0,30 cmolc/dm 3 . No solo original os valores oscilam entre estes resultados sendo um pouco superiores à 0,30 para o “Morro abaixo”. Nos sedimentos os maiores teores de potássio também estão relacionados ao tratamento “Morro abaixo”(Tabela 9). Normalmente as perdas de potássio em solução (na água da enxurrada) são maiores que as encontradas no sedimento, em função da maior solubilidade deste elemento (HERNANI et al., 1999). Os teores de potássio no solo variam em função de sua textura. A textura e a CTC dos solos estão intimamente relacionadas, sendo que os solos com menores teores de argila apresentam normalmente menor CTC e menores níveis de potássio trocável adequado às plantas. (TOMÉ JR, 1997). Os tratamentos com menor revolvimento “Sem preparo” e “Covas” apresentaram maiores teores de potássio no sedimento em relação ao “Cortando declive”, correspondendo a maior quantidade deste elemento transportado pela água nestes tratamentos. Os valores de fósforo presentes no sedimento também diferiram estatisticamente entre os tratamentos avaliados (Tabela 9). Para as espécies florestais TOMÉ JR (1997) classifica como valores baixos de fósforo os encontrados entre 3 a 5 mg/dm 3 . Os resultados obtidos no solo original destes tratamentos estão muito acima destes valores, enquadrando-se como altos. Em Itaiópolis, teores mais elevados de fósforo provavelmente estão relacionados aos restos de resíduos queimados (cinzas) que ainda permaneciam na época da instalação do experimento. SOTO et al. (1995) destacam que o uso do fogo gera aumento nas formas disponíveis dos nutrientes como cálcio, magnésio, potássio e fósforo diretamente 100

embora os valores médios obtidos pelos autores citados sejam maiores por se tratar<br />

de área agrícola com correção do solo. Para o magnésio as diferenças entre os<br />

resultados obtidos não diferiram estatisticamente, no entanto o tratamento “Morro<br />

abaixo” manifestou as maiores concentrações deste nutriente.<br />

Na análise do potássio presente nos sedimentos os resultados obtidos<br />

diferiram entre os métodos de preparo empregados. TOMÉ JR (1997) classifica<br />

como médios os valores entre 0,11 a 0,30 cmolc/dm 3 . No solo original os valores<br />

oscilam entre estes resultados sendo um pouco superiores à 0,30 para o “Morro<br />

abaixo”.<br />

Nos sedimentos os maiores teores de potássio também estão relacionados ao<br />

tratamento “Morro abaixo”(Tabela 9). Normalmente as perdas de potássio em<br />

solução (na água da enxurrada) são maiores que as encontradas no sedimento, em<br />

função da maior solubilidade deste elemento (HERNANI et al., 1999). Os teores de<br />

potássio no solo variam em função de sua textura. A textura e a CTC dos solos estão<br />

intimamente relacionadas, sendo que os solos com menores teores de argila<br />

apresentam normalmente menor CTC e menores níveis de potássio trocável<br />

adequado às plantas. (TOMÉ JR, 1997). Os tratamentos com menor revolvimento<br />

“Sem preparo” e “Covas” apresentaram maiores teores de potássio no sedimento em<br />

relação ao “Cortando declive”, correspondendo a maior quantidade deste elemento<br />

transportado pela água nestes tratamentos.<br />

Os valores de fósforo presentes no sedimento também diferiram<br />

estatisticamente entre os tratamentos avaliados (Tabela 9). Para as espécies florestais<br />

TOMÉ JR (1997) classifica como valores baixos de fósforo os encontrados entre 3 a<br />

5 mg/dm 3 . Os resultados obtidos no solo original destes tratamentos estão muito<br />

acima destes valores, enquadrando-se como altos. Em Itaiópolis, teores mais<br />

elevados de fósforo provavelmente estão relacionados aos restos de resíduos<br />

queimados (cinzas) que ainda permaneciam na época da instalação do experimento.<br />

SOTO et al. (1995) destacam que o uso do fogo gera aumento nas formas<br />

disponíveis dos nutrientes como cálcio, magnésio, potássio e fósforo diretamente<br />

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