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necessários para a manutenção de altas temperaturas exigidas neste processo. Ainda, segundo Josa et al. (2004), a quantidade de CO2 emitido depende do conteúdo do clínquer no cimento. Tanto na produção do clínquer durante a calcinação como na de cimento, ferro e aço, grandes quantidades de CO2 são emitidas durante a queima de combustíveis fósseis necessárias à obtenção das altas temperaturas nesses processos (BUENO, 2009). Lee, Skibniewski e Jang (2009), por outro lado, defendem que as emissões associadas na construção civil estão relacionadas, principalmente, aos combustíveis fósseis utilizados como fontes de energia por veículos e máquinas. O Inventário Brasileiro de Emissões de Gases de Efeito Estufa, segundo Brasil (2010), apresenta as principais emissões decorrentes da construção civil relacionados a seu processo industrial. Dados publicados em 2010 mostram que as emissões neste setor vêm aumentando, como mostra o QUADRO 1. PROCESSOS INDUSTRIAIS 1990 1994 2000 2005 Emissão (t/CO2e) Produção de cimento 11. 062.000 10.086.000 16.047.000 14.349.000 Produção de cal 3.688.000 4.098.000 5.008.000 5.356.000 Produção de ferro-gusa e aço 24.756.000 28.428.000 35.437.000 38.283.000 Produção de alumínio 1.574.000 1.955.000 2.116.000 2.472.000 Outras indústrias 2.502.000 2.446.000 2.950.000 3.093.000 QUADRO 1 – EMISSÕES DE GEEs DECORRENTES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS (T/CO2e). FONTE: Inventário Brasileiro de Gases de Efeito Estufa (2010). Reconhecendo a intensa emissão proveniente deste setor, faz-se necessário estudar meios de reestruturar processos produtivos da construção civil, abordando tanto a redução das emissões de GEEs como outros fatos geradores de impacto ambiental. Exemplos disso são a produção de resíduos e o consumo de recursos naturais em matérias-primas. Com a reestruturação, caminha-se em direção à sustentabilidade produtiva como um todo, utilizando as diversas vias de mudança de 9

tratamento ambiental para alcançar, também, a redução de emissão de gases estufa (PNUMA, 2011). A fim de atender à legislação e de verificar os setores da construção civil que mais contribuem para a mudança do clima, pesquisadores têm estudado o ciclo de vida desses materiais. Tavares (2006) define que a análise do ciclo de vida (ACV) visa identificar e quantificar os impactos, buscando a geração de parâmetros para compará-los entre bens e serviços similares. A ACV dos materiais é descrita pela ISO 14.040 (2006), que fornece alguns dos fundamentos a serem seguidos: as funções do sistema produto, a unidade funcional, o sistema produtor e fronteiras (limites) a serem estudados, procedimentos de alocação, tipos de impactos e metodologia da análise do impacto e subsequente interpretação a ser utilizada, requerimentos informativos, suposições, limitações, requerimentos qualitativos das informações iniciais, elaboração de revisão crítica quando houver descrever e formatar o relato requerido do estudo. De acordo com Lobo, Santos e Tavares (2010), o setor da construção civil é responsável por significativos impactos ambientais e pela busca de um melhor desempenho e reduções destes danos, por demanda social, legal e de produção. Há diferentes metodologias para se mensurar os impactos e tornar as edificações mais eficientes e duráveis, tais como licenciamentos e aprovações de caráter legal, pegada ecológica, sistema de certificação ambiental de edificações, ACV, análise energética e emissão de CO2 pelas atividades produtivas. 2.4 INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA O ponto inicial para se desenvolver estratégias de ações que combatam as mudanças climáticas é quantificar as emissões de gases de efeito estufa, assim como identificar suas principais fontes emissoras. Essa quantificação é realizada por meio de inventário de emissões de gases de efeito estufa utilizando metodologias específicas para essa quantificação. 10

necessários para a manutenção <strong>de</strong> altas t<strong>em</strong>peraturas exigidas neste processo.<br />

Ainda, segundo Josa et al. (2004), a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CO2 <strong>em</strong>itido <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

conteúdo do clínquer no cimento.<br />

Tanto na produção do clínquer durante a calcinação como na <strong>de</strong> cimento,<br />

ferro e aço, gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> CO2 são <strong>em</strong>itidas durante a queima <strong>de</strong><br />

combustíveis fósseis necessárias à obtenção das altas t<strong>em</strong>peraturas nesses<br />

processos (BUENO, 2009). Lee, Skibniewski e Jang (2009), por outro lado, <strong>de</strong>fend<strong>em</strong><br />

que as <strong>em</strong>issões associadas na construção civil estão relacionadas, principalmente,<br />

aos combustíveis fósseis utilizados como fontes <strong>de</strong> energia por veículos e máquinas.<br />

O Inventário Brasileiro <strong>de</strong> Emissões <strong>de</strong> Gases <strong>de</strong> Efeito Estufa, segundo<br />

Brasil (2010), apresenta as principais <strong>em</strong>issões <strong>de</strong>correntes da construção civil<br />

relacionados a seu processo industrial. Dados publicados <strong>em</strong> 2010 mostram que as<br />

<strong>em</strong>issões neste setor vêm aumentando, como mostra o QUADRO 1.<br />

PROCESSOS INDUSTRIAIS<br />

1990 1994 2000 2005<br />

Emissão (t/CO2e)<br />

Produção <strong>de</strong> cimento 11. 062.000 10.086.000 16.047.000 14.349.000<br />

Produção <strong>de</strong> cal 3.688.000 4.098.000 5.008.000 5.356.000<br />

Produção <strong>de</strong> ferro-gusa e aço 24.756.000 28.428.000 35.437.000 38.283.000<br />

Produção <strong>de</strong> alumínio 1.574.000 1.955.000 2.116.000 2.472.000<br />

Outras indústrias 2.502.000 2.446.000 2.950.000 3.093.000<br />

QUADRO 1 – EMISSÕES DE GEEs DECORRENTES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS (T/CO2e).<br />

FONTE: Inventário Brasileiro <strong>de</strong> Gases <strong>de</strong> Efeito Estufa (2010).<br />

Reconhecendo a intensa <strong>em</strong>issão proveniente <strong>de</strong>ste setor, faz-se necessário<br />

estudar meios <strong>de</strong> reestruturar processos produtivos da construção civil, abordando<br />

tanto a redução das <strong>em</strong>issões <strong>de</strong> GEEs como outros fatos geradores <strong>de</strong> impacto<br />

ambiental. Ex<strong>em</strong>plos disso são a produção <strong>de</strong> resíduos e o consumo <strong>de</strong> recursos<br />

naturais <strong>em</strong> matérias-primas. Com a reestruturação, caminha-se <strong>em</strong> direção à<br />

sustentabilida<strong>de</strong> produtiva como um todo, utilizando as diversas vias <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong><br />

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