Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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26.10.2013 Views

1 INTRODUÇÃO Os impactos causados pelas mudanças do clima têm sido uma das principais preocupações de pesquisadores e cientistas acerca do tema. Isto se dá pelo aquecimento global, consequência do excesso de concentração dos chamados gases de efeito estufa, (GEEs), principalmente, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). A principal fonte desses gases tem sido atribuída às atividades antropogênicas. Um setor que se destaca nesse contexto é o da construção civil. Conforme dados da UNEP (2007), esta área é uma grande geradora de emissões de gases de efeito estufa, respondendo por um terço do total de GEEs. Com o crescente impacto das mudanças climáticas por todo o mundo, e pesquisas indicando o efeito estufa como principal causa dessas alterações, surgiu a necessidade de se adotar medidas preventivas contra a excessiva emissão de certos gases ao meio ambiente. Países industrializados e em desenvolvimento colocaram na pauta esses impactos em âmbito internacional. Em busca de alternativas mais sustentáveis acerca do tema, foram desenvolvidas metodologias específicas de quantificação de emissões de GEEs, criando assim os chamados “Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)”. Esses inventários quantificam as emissões de GEEs em todos os processos e/ou atividades desenvolvidas por uma empresa, órgão, município, estado ou país. Segundo o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, GVces (2009), a elaboração de inventário de emissões de GEEs é considerada o primeiro passo para que uma instituição ou empresa contribua com a prevenção de mudanças do clima. A partir desses inventários, a organização poderá estabelecer seus planos e metas de redução e gestão de GEEs, assim como demonstrar engajamento na solução deste problema. O documento também viabiliza identificar os processos e as fontes de emissão, observar estratégias de redução de emissões de GEEs e definir formas de mitigação. 1

A mitigação das mudanças climáticas, por sua vez, consiste na substituição de atividades por alternativas que tenham por objetivo eliminar ou atenuar a emissão de GEEs numa dada atividade ou empreendimento. Uma vez que essa redução não é um processo executado de forma rápida, buscou-se um meio de compensá-la. Segundo Ramseur (2008), os projetos de compensação de emissões visam reduzir, evitar ou sequestrar carbono, sendo categorizados como: sequestro biológico, energia renovável, eficiência energética e redução de emissões – não CO2. O cultivo florestal desempenha um papel significativo na atual problemática do ciclo global de carbono, devido a sua capacidade de fixar quantidades de carbono na vegetação em longo prazo (BROWN e ALECHANDRE, 2000). As árvores exercem um importante papel frente à mudança do clima, funcionando como sumidouros de carbono (SANQUETTA e BALBINOT, 2004). O sequestro florestal de carbono refere-se ao processo de mitigação biológica das plantas que absorvem o CO2 da atmosfera e o fixa em forma de matéria lenhosa ou biomassa. Esse processo é aplicado desde a preservação de áreas florestais com risco de serem destruídas até a recuperação de áreas degradadas, como também no estabelecimento de novas plantações florestais até sistemas agro-florestais com espécies nativas ou exóticas (CHANG, 2002a). O importante papel que o setor da construção civil tem na sociedade e a magnitude das emissões que essa área produz evidenciam a importância do desenvolvimento de uma ferramenta de cálculo de emissões de GEEs aplicados às empresas do ramo, propondo estratégias de redução de emissões e modelos de compensações de emissões por meio de plantios florestais. 1.1 OBJETIVO GERAL Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver uma ferramenta de quantificação de emissões de GEEs, utilizando a metodologia do GHG Protocol em empreendimentos da construção civil e propor modelos de compensação dessas emissões por meio do plantio de espécies florestais. 2

A mitigação das mudanças climáticas, por sua vez, consiste na substituição<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s por alternativas que tenham por objetivo eliminar ou atenuar a <strong>em</strong>issão<br />

<strong>de</strong> GEEs numa dada ativida<strong>de</strong> ou <strong>em</strong>preendimento. Uma vez que essa redução não é<br />

um processo executado <strong>de</strong> forma rápida, buscou-se um meio <strong>de</strong> compensá-la.<br />

Segundo Ramseur (2008), os projetos <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões visam reduzir,<br />

evitar ou sequestrar carbono, sendo categorizados como: sequestro biológico,<br />

energia renovável, eficiência energética e redução <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões – não CO2.<br />

O cultivo <strong>florestal</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha um papel significativo na atual probl<strong>em</strong>ática<br />

do ciclo global <strong>de</strong> carbono, <strong>de</strong>vido a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fixar quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carbono<br />

na vegetação <strong>em</strong> longo prazo (BROWN e ALECHANDRE, 2000). As árvores exerc<strong>em</strong><br />

um importante papel frente à mudança do clima, funcionando como sumidouros <strong>de</strong><br />

carbono (SANQUETTA e BALBINOT, 2004).<br />

O sequestro <strong>florestal</strong> <strong>de</strong> carbono refere-se ao processo <strong>de</strong> mitigação biológica<br />

das plantas que absorv<strong>em</strong> o CO2 da atmosfera e o fixa <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> matéria lenhosa<br />

ou biomassa. Esse processo é aplicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a preservação <strong>de</strong> áreas florestais com<br />

risco <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>struídas até a recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas, como também no<br />

estabelecimento <strong>de</strong> novas plantações florestais até sist<strong>em</strong>as agro-florestais com<br />

espécies nativas ou exóticas (CHANG, 2002a).<br />

O importante papel que o setor da construção civil t<strong>em</strong> na socieda<strong>de</strong> e a<br />

magnitu<strong>de</strong> das <strong>em</strong>issões que essa área produz evi<strong>de</strong>nciam a importância do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões <strong>de</strong> GEEs aplicados às<br />

<strong>em</strong>presas do ramo, propondo estratégias <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

compensações <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões por meio <strong>de</strong> plantios florestais.<br />

1.1 OBJETIVO GERAL<br />

Este trabalho teve como objetivo geral <strong>de</strong>senvolver uma ferramenta <strong>de</strong><br />

quantificação <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões <strong>de</strong> GEEs, utilizando a metodologia do GHG Protocol <strong>em</strong><br />

<strong>em</strong>preendimentos da construção civil e propor mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong>ssas<br />

<strong>em</strong>issões por meio do plantio <strong>de</strong> espécies florestais.<br />

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