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26.10.2013 Views

que a plantação realmente cumpra seu objetivo. Os autores mencionam que, para se atingir os objetivos de um reflorestamento, é necessário que as mudas produzidas sejam de excelente qualidade e passem por um período de aclimatação e rustificação, antes de serem despachadas para o campo. May (2005) cita ainda que os baixos índices de sobrevivência das plantas podem ser causados pela escolha inadequada de espécies locais, época de plantio, ataques de pragas entre outros. Problemas agronômicos (ervas daninhas, doenças etc.) cooperam para que apenas uma pequena porcentagem de mudas se transforme em árvores, reduzindo, assim, drasticamente a formação de uma nova floresta, ameaçando seriamente o potencial efetivo de fixação de carbono. Deste modo, Barreto, Freitas e Paiva (2009) apontam que, para que o modelo de fixação de carbono seja significativo, é necessário que o carbono fique armazenado por um período longo o suficiente para que sua emissão seja efetivamente compensada. Ressalta-se ainda que o modelo de compensação desenvolvido pode ser aplicado em âmbito nacional, variando, no entanto, de estado para estado, visto que o crescimento das espécies tem influência direta de fatores como clima, solo e tipo de plantio. 4.4.1 Cenário de sensibilidade das emissões de GEEs X crescimento dos plantios florestais Visto que o inventário teve o ano de 2010 como base, e considerando que o plantio fosse realizado a partir de 2011, aplicando a estimativa de compensação aos três cenários florestais desenvolvidos pelo modelo, suas emissões só seriam compensadas em 2017 para o plantio de Eucalyptus, e no ano de 2030 para o Pinus. Para as espécies nativas a compensação ocorreria em 2027. Deste modo, deve-se considerar que as emissões não estabilizam durante esse período de crescimento das florestas, ou seja, enquanto a floresta compensa a emissão referente ao ano de 2010, novas emissões surgem nesse período. 87

Para analisar as emissões, foram escolhidos os três cenários para a sua aplicação, sendo os modelos A (Pinus), E (Eucalyptus) e G (espécies nativas), de acordo com os dados do QUADRO 17 apresentado anteriormente. Foi considerada uma projeção de emissão de sete anos para o Eucalyptus, dezessete anos para as espécies nativas e vinte anos para o Pinus. O GRÁFICO 5 apresenta a fixação de carbono durante o crescimento das espécies de reflorestamento, sendo eles Pinus e Eucalyptus, o GRÁFICO 6 apresenta a fixação de carbono para espécies nativas através de restauração florestal, consideradas junto à emissão durante os anos. GRÁFICO 5 - RELAÇÃO DE EMISSÃO E FIXAÇÃO DE CARBONO DURANTE O CRESCIMENTO DO PINUS E EUCALYPTUS. 88

que a plantação realmente cumpra seu objetivo. Os autores mencionam que, para se<br />

atingir os objetivos <strong>de</strong> um reflorestamento, é necessário que as mudas produzidas<br />

sejam <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong> e pass<strong>em</strong> por um período <strong>de</strong> aclimatação e<br />

rustificação, antes <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>spachadas para o campo.<br />

May (2005) cita ainda que os baixos índices <strong>de</strong> sobrevivência das plantas<br />

pod<strong>em</strong> ser causados pela escolha ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> espécies locais, época <strong>de</strong> plantio,<br />

ataques <strong>de</strong> pragas entre outros. Probl<strong>em</strong>as agronômicos (ervas daninhas, doenças<br />

etc.) cooperam para que apenas uma pequena porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> mudas se transforme<br />

<strong>em</strong> árvores, reduzindo, assim, drasticamente a formação <strong>de</strong> uma nova floresta,<br />

ameaçando seriamente o potencial efetivo <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> carbono.<br />

Deste modo, Barreto, Freitas e Paiva (2009) apontam que, para que o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> carbono seja significativo, é necessário que o carbono fique<br />

armazenado por um período longo o suficiente para que sua <strong>em</strong>issão seja<br />

efetivamente compensada.<br />

Ressalta-se ainda que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong>senvolvido po<strong>de</strong> ser<br />

aplicado <strong>em</strong> âmbito nacional, variando, no entanto, <strong>de</strong> estado para estado, visto que<br />

o crescimento das espécies t<strong>em</strong> influência direta <strong>de</strong> fatores como clima, solo e tipo<br />

<strong>de</strong> plantio.<br />

4.4.1 Cenário <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> das <strong>em</strong>issões <strong>de</strong> GEEs X crescimento dos plantios<br />

florestais<br />

Visto que o inventário teve o ano <strong>de</strong> 2010 como base, e consi<strong>de</strong>rando que o<br />

plantio fosse realizado a partir <strong>de</strong> 2011, aplicando a estimativa <strong>de</strong> compensação aos<br />

três cenários florestais <strong>de</strong>senvolvidos pelo mo<strong>de</strong>lo, suas <strong>em</strong>issões só seriam<br />

compensadas <strong>em</strong> 2017 para o plantio <strong>de</strong> Eucalyptus, e no ano <strong>de</strong> 2030 para o<br />

Pinus. Para as espécies nativas a compensação ocorreria <strong>em</strong> 2027.<br />

Deste modo, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que as <strong>em</strong>issões não estabilizam durante<br />

esse período <strong>de</strong> crescimento das florestas, ou seja, enquanto a floresta compensa a<br />

<strong>em</strong>issão referente ao ano <strong>de</strong> 2010, novas <strong>em</strong>issões surg<strong>em</strong> nesse período.<br />

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