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26.10.2013 Views

O presente artigo foi desenvolvido devido à abundância de Akodon gr. cursor na área de estudo, bem como a escasses de estudos sobre a dinâmica de populações esta espécie em ambientes com alta incidência de atividade antrópica e em regiões de transição entre Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Mista. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros populacionais de Akodon gr. cursor residente em quatro ambientes diferentes no Planalto Norte Catarinense. MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo O estudo foi desenvolvido na Fazenda Santa Alice (latitude 26º 28’ 26” S e longitude 49º 31’ 28” W), no município de Rio Negrinho, localizado no Planalto Norte do estado de Santa Catarina (Figura 1). A Fazenda possui 1.35ha onde são encontrados diversos ambientes que incluem fragmentos com vegetação de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa, áreas com plantios de pinus e outras áreas com capoeirinhas, capoeiras, campos e mata ciliar. O clima da região é caracterizado como Cfa/Cfb, na classificação de Köppen. A precipitação pluviométrica média é de 1572mm anuais. A temperatura média anual de 18,3ºC, sendo as temperaturas mínimas e máximas de 3º e 36º respectivamente (BOGNOLA, 2007). A formação geológica predominante são rochas sedimentares paleozóicas (arenito e folhelho) que demonstram estratificação horizontal. Foram selecionados quatro ambientes para a avaliação da dinâmica populacional de Akodon gr. cursor: 1) Área ciliar com capoeirinha (A1): apresenta um solo do tipo Neossolo 64

litólico com predomínio das espécies: Anacardiaceae - Schinus terebinthifolius; Asteraceae – Baccharis sp., Piptocarpha angustifolia, Vernonia discolor; Clethraceae - Clethra scabra; Euphorbiaceae - Sebastiania commersoniana; Fabaceae - Mimosa scabrella; Salicaceae - Xylosma prockia; Mimosaceae – Mimosa scabrella; Myrsinaceae - Myrsine coriaceae; Myrtaceae - Eugenia pluriflora, Eugenia pyriformis, Myrceugenia alpigena, Myrceugenia euosma, Myrceugenia cf. glaucescens, Myrcia lajeana, Myrcia selloi; Sapindaceae - Cupania vernalis; Solanaceae – Solanum sp. 2) Área ciliar dominada por regeneração de gramíneas (A2): o solo também é do tipo Neossolo litólico, porém após o corte raso de Pinus, a área não sofreu nenhum processo de manejo florestal, e em função disto foi invadida por gramíneas, entre elas Bracchiaria spp. (capim braquearia). As espécies predominantes são: Anacardiaceae - Schinus terebinthifolius; Aquifoliaceae - Ilex dumosa, Ilex paraguariensis, Ilex theezans; Araucariaceae - Araucaria angustifolia; Asteraceae - Piptocarpha angustifolia, Vernonia discolor; Clethraceae - Clethra scabra; Dicksoniaceae - Dicksonia sellowiana; Mimosaceae - Mimosa scabrella; Salicaceae – Xylosma prockia; Lauraceae – Ocotea puberula, Ocotea pulchella; Myrsinaceae – Myrsine coriacea; Myrtaceae – Eugenia pluriflora, Myrceugenia alpigena; Poaceae - Merostachys multiramea, Chusquea sp.; Rhamnaceae – Rhamnus sphaerosperma; Rosaceae – Prunus myrfifolia; Sapindaceae – Matayba elaeagnoides; Symplocaceae – Symplocos uniflora. 3) Plantio de pinus (A3): composta por Pinus elliottii Engel., com um dossel de aproximadamente 20m de altura e serrapilheira de aproximadamente 10 cm e com sub-bosque composto principalmente por Solanaceae – Solanum sp.; Asteraceae – Baccharis sp.; Mimosaceae – Mimosa scabrella; Anacardiaceae – Schinus terebinthifolius. 4) Remanescentes de floresta nativa (A4): localiza-se em uma área de transição (ecótono) entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista, e destacam-se as seguintes espécies: Aquifoliaceae – Ilex dumosa, Ilex paraguariensis; Asteraceae – Baccharis oleophila, Piptocarpha angustifolia, Vernonia discolor; Bignoniaceae - Pithecoctenium echinatum, Jacaranda 65

litólico com predomínio das espécies: Anacardiaceae - Schinus terebinthifolius;<br />

Asteraceae – Baccharis sp., Piptocarpha angustifolia, Vernonia discolor;<br />

Clethraceae - Clethra scabra; Euphorbiaceae - Sebastiania commersoniana;<br />

Fabaceae - Mimosa scabrella; Salicaceae - Xylosma prockia; Mimosaceae –<br />

Mimosa scabrella; Myrsinaceae - Myrsine coriaceae; Myrtaceae - Eugenia<br />

pluriflora, Eugenia pyriformis, Myrceugenia alpigena, Myrceugenia euosma,<br />

Myrceugenia cf. glaucescens, Myrcia lajeana, Myrcia selloi; Sapindaceae -<br />

Cupania vernalis; Solanaceae – Solanum sp.<br />

2) Área ciliar dominada por regeneração <strong>de</strong> gramíneas (A2): o solo também<br />

é do tipo Neossolo litólico, porém após o corte raso <strong>de</strong> Pinus, a área não sofreu<br />

nenhum processo <strong>de</strong> manejo <strong>florestal</strong>, e <strong>em</strong> função disto foi invadida por<br />

gramíneas, entre elas Bracchiaria spp. (capim braquearia). As espécies<br />

predominantes são: Anacardiaceae - Schinus terebinthifolius; Aquifoliaceae - Ilex<br />

dumosa, Ilex paraguariensis, Ilex theezans; Araucariaceae - Araucaria angustifolia;<br />

Asteraceae - Piptocarpha angustifolia, Vernonia discolor; Clethraceae - Clethra<br />

scabra; Dicksoniaceae - Dicksonia sellowiana; Mimosaceae - Mimosa scabrella;<br />

Salicaceae – Xylosma prockia; Lauraceae – Ocotea puberula, Ocotea pulchella;<br />

Myrsinaceae – Myrsine coriacea; Myrtaceae – Eugenia pluriflora, Myrceugenia<br />

alpigena; Poaceae - Merostachys multiramea, Chusquea sp.; Rhamnaceae –<br />

Rhamnus sphaerosperma; Rosaceae – Prunus myrfifolia; Sapindaceae – Matayba<br />

elaeagnoi<strong>de</strong>s; Symplocaceae – Symplocos uniflora.<br />

3) Plantio <strong>de</strong> pinus (A3): composta por Pinus elliottii Engel., com um dossel<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 20m <strong>de</strong> altura e serrapilheira <strong>de</strong> aproximadamente 10 cm e<br />

com sub-bosque composto principalmente por Solanaceae – Solanum sp.;<br />

Asteraceae – Baccharis sp.; Mimosaceae – Mimosa scabrella; Anacardiaceae –<br />

Schinus terebinthifolius.<br />

4) R<strong>em</strong>anescentes <strong>de</strong> floresta nativa (A4): localiza-se <strong>em</strong> uma área <strong>de</strong><br />

transição (ecótono) entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista,<br />

e <strong>de</strong>stacam-se as seguintes espécies: Aquifoliaceae – Ilex dumosa, Ilex<br />

paraguariensis; Asteraceae – Baccharis oleophila, Piptocarpha angustifolia,<br />

Vernonia discolor; Bignoniaceae - Pithecoctenium echinatum, Jacaranda<br />

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