Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
campos e cerrado sensu stritu (FONSECA e REDFORD 1984; MARES et al.,<br />
1986; NITKMAN e MARES, 1987; MARES e ERNEST, 1995).<br />
O maior índice <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> foi obtido entre A1 e A2, ambas as áreas<br />
abertas com vegetação arbustivo/herbácea e <strong>de</strong> estágio inicial <strong>de</strong> sucessão<br />
vegetacional. Este índice é resultado da ocorrência comum das espécies Di<strong>de</strong>lphis<br />
albiventris, Mono<strong>de</strong>lphis sorex e Philan<strong>de</strong>r frenatus nestes ambientes. Da mesma<br />
forma, a maior dissimilarida<strong>de</strong> foi obtida entre A1 e A4, duas áreas estruturalmente<br />
diferentes, on<strong>de</strong> a primeira é um ambiente arbustivo/herbáceo e a segunda<br />
caracteriza-se como um ambiente florestado. Essa dissimilarida<strong>de</strong> é refletida pela<br />
presença <strong>de</strong> Gracilinanus microtarsus e Di<strong>de</strong>lphis aurita somente <strong>em</strong> A4, ambas<br />
com maior abundância <strong>em</strong> A4.<br />
O plantio <strong>de</strong> pinus teve uma riqueza <strong>de</strong> espécies similar àquela obtida para<br />
as áreas abertas (A1 e A2), porém a maior similarida<strong>de</strong> foi observada com A1.<br />
Essa similarida<strong>de</strong> elevada (+60%) po<strong>de</strong> estar relacionada à regeneração da<br />
vegetação arbustivo/herbácea <strong>de</strong> sub-bosque <strong>em</strong> A3. Segundo Keenan et al.<br />
(1997) os <strong>de</strong>sbastes realizados nos plantios florestais comerciais favorec<strong>em</strong> o<br />
estabelecimento e a manutenção <strong>de</strong>sse sub-bosque. E que por sua vez é<br />
fundamental para manutenção da fauna e consequent<strong>em</strong>ente da biodiversida<strong>de</strong><br />
local (COLLAZO e MARTÍNEZ, 1988; LOMBARDI e MOTTA-JUNIOR, 1992;<br />
LINDENMAYER e HOBBS, 2004; MAIA-GOUVÊA et al., 2005).<br />
A comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marsupiais foi dominada por Mono<strong>de</strong>lphis sorex, sendo<br />
muito freqüente <strong>em</strong> A1, com poucos indivíduos <strong>em</strong> A2 e A3 e s<strong>em</strong> registro no<br />
r<strong>em</strong>anescente <strong>de</strong> floresta secundária (A4). Esses dados são corroborados por<br />
Vieira et al. (2008) que <strong>de</strong>stacam a ocorrência <strong>de</strong> M. sorex para áreas abertas,<br />
zonas úmidas e ambientes ripários.<br />
De história natural pouco conhecida, alguns autores suger<strong>em</strong> que esta e<br />
outras espécies do gênero Mono<strong>de</strong>lphis ocorram preferencialmente <strong>em</strong> ambientes<br />
que possuam solo coberto por serrapilheira (folhas, gravetos, flores, frutos,<br />
inflorescências, s<strong>em</strong>entes e cascas) (ANDERSON, 1982; SALAZAR et al., 1994;<br />
EMMONS e FEER, 1997; MALCOLM, 1997; EISENBERG e REDFORD, 1999; DE<br />
WALT et al., 2003), como o observado neste estudo para A1 e A2.<br />
35