Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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observou que <strong>em</strong> meados da década <strong>de</strong> 1950 ocorreu uma transição na<br />
exploração dos recursos florestais <strong>em</strong> pequena escala para uma exploração <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira nativa <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> escala. Posteriormente se <strong>de</strong>senvolveram a<br />
agropecuária e a ativida<strong>de</strong> silvícola, baseada no cultivo <strong>de</strong> Pinus, gerando gran<strong>de</strong>s<br />
alterações na paisag<strong>em</strong>.<br />
Na década <strong>de</strong> 1970 a exploração <strong>de</strong> Araucaria angustifolia (pinheiro-do-<br />
paraná) e Ocotea porosa (imbuia) tornou-se insustentável após a redução dos<br />
estoques naturais e concomitant<strong>em</strong>ente com os incentivos fiscais do governo (Lei<br />
nº 5.106, <strong>de</strong> 02 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1966) a floresta natural foi substituída pelo<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da silvicultura baseada no cultivo <strong>de</strong> Pinus sp. e Eucalyptus sp.<br />
(SCARIOT, 2008).<br />
No final da década <strong>de</strong> 1970 a união <strong>de</strong> pequenas proprieda<strong>de</strong>s rurais<br />
originou a Fazenda Santa Alice, transformando a silvicultura <strong>em</strong> sua principal<br />
ativida<strong>de</strong> econômica. Atualmente a Fazenda Santa Alice é <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da<br />
Empresa Ma<strong>de</strong>ireira Modo Battistela Reflorestamento S/A (MOBASA) e sua<br />
superfície baseia-se na silvicultura e manejo <strong>de</strong> Pinus taeda L. e <strong>em</strong> menor escala<br />
<strong>de</strong> Pinus elliottii L., seguido <strong>de</strong> algumas porções com plantios <strong>de</strong> Eucalyptus spp.,<br />
possuindo ainda r<strong>em</strong>anescentes <strong>de</strong> floresta secundária e mata ciliar ao longo dos<br />
rios que compõ<strong>em</strong> a microbacia do Rio Ver<strong>de</strong>.<br />
Na Fazenda Santa Alice, ao longo dos rios que compõ<strong>em</strong> a microbacia do<br />
Rio Ver<strong>de</strong>, havia uma faixa <strong>de</strong> cinco metros <strong>de</strong> vegetação preservada, mas para<br />
aten<strong>de</strong>r a nova redação do Código Florestal Brasileiro, dada nos anos <strong>de</strong> 1986 e<br />
1989, a <strong>em</strong>presa realizou o corte <strong>de</strong> Pinus taeda L. <strong>em</strong> mais 25 metros, formando<br />
uma área ciliar <strong>de</strong> 30 metros conforme exigido na Lei nº 4.771 <strong>de</strong> 1965 (TRES et<br />
al., 2007; SCARIOT, 2008). Essa prática resultou no surgimento <strong>de</strong> áreas ciliares<br />
com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> restauração ambiental e que foram cobertas por vegetação<br />
nativa com fitofisionomia arbustivo-herbácea.<br />
Em relação a geologia predominam os afloramentos do Grupo Itararé,<br />
divisão do supergrupo Tubarão, representado na área pela formação Mafra. A<br />
geomorfologia correspon<strong>de</strong> a uma superfície regular, quase plana pertencente ao<br />
Patamar <strong>de</strong> Mafra. O relevo é constituído predominant<strong>em</strong>ente por uma superfície<br />
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