Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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INTRODUÇÃO<br />
O uso do espaço e os padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos dos animais são<br />
resultados <strong>de</strong> uma combinação <strong>de</strong> fatores endógenos (e.g. sexo, ida<strong>de</strong>, condição<br />
reprodutiva) e/ou <strong>de</strong> fatores exógenos (e. g. t<strong>em</strong>peratura, luminosida<strong>de</strong>,<br />
heterogeneida<strong>de</strong> do habitat e sazonalida<strong>de</strong> dos recursos) (GUIGGIOLI et al., 06).<br />
O estudo da mobilida<strong>de</strong> das espécies baseia-se nas distâncias percorridas<br />
por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po (taxas <strong>de</strong> movimentação) ou nas distâncias máximas ou<br />
médias percorridas entre dois pontos <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> vida (extensão dos<br />
movimentos) (PREVEDELLO et al., 2008). Recent<strong>em</strong>ente alguns autores têm<br />
utilizado as medidas <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>tectar comportamentos exploratórios<br />
(GENTILE e CERQUEIRA, 1995), dispersão entre fragmentos (PIRES et al., 2002)<br />
ou estimar a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional (MENDEL e VIEIRA, 2003). O conhecimento<br />
acerca dos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento das espécies é ainda importante para se<br />
enten<strong>de</strong>r a estrutura das comunida<strong>de</strong>s e o uso horizontal e vertical da floresta<br />
(CUNHA e VIEIRA, 2002). Da mesma forma que o conhecimento da composição e<br />
estrutura da vegetação das áreas <strong>de</strong> uso são importantes para o entendimento<br />
dos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento dos pequenos mamíferos.<br />
Observações sobre a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenos roedores são pouco<br />
freqüentes e restritas as áreas <strong>de</strong> cerrado (NITICKMAN e MARES, 1987; VIEIRA<br />
et al., 2005), restinga (GENTILE e CERQUEIRA, 1995) ou <strong>em</strong> fragmentos <strong>de</strong><br />
Floresta Atlântica (MILLES et al., 1981; PIRES et al., 2002; BERGALLO e<br />
MAGNUSSON, 2004) e inexistentes <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> tensão ecológica entre a<br />
Floresta Atlântica e a Floresta com Araucária.<br />
Szacki (1999) <strong>de</strong>staca que são ínfimos os conhecimentos sobre as<br />
distâncias e a freqüência dos movimentos das espécies animais e, portanto as<br />
avaliações sobre as taxas <strong>de</strong> movimentação são importantes para compreen<strong>de</strong>r<br />
os padrões <strong>de</strong> utilização do habitat b<strong>em</strong> como avaliar a vulnerabilida<strong>de</strong> das<br />
espécies a extinção frente à fragmentação da paisag<strong>em</strong>.<br />
Dentre os grupos <strong>de</strong> pequenos mamíferos a subfamília Sigmodontinae<br />
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