CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
evaporação direta da água do solo compõem o consumo total <strong>de</strong> água por uma<br />
superfície vegetada. Nos períodos chuvosos a interceptação também passa a fazer<br />
parte das perdas <strong>de</strong> água do sistema. Precipitações pequenas, <strong>de</strong> 5 mm por<br />
exemplo, será quase toda retida pelas copas e <strong>de</strong> lá evaporada diretamente.<br />
Aproximadamente a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva (5 mm) será perdida <strong>de</strong> uma<br />
precipitação maior, mas a proporção <strong>de</strong> perda <strong>de</strong>sta última será, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />
menor.<br />
Quando se inicia a chuva, a água molha a superfície das folhas, sendo que<br />
uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa água fica a<strong>de</strong>rida a gran<strong>de</strong> superfície foliar existente na<br />
floresta. Em continuando a precipitação, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interceptação é<br />
ultrapassada, e toda a água que chega as folhas e caules passa a escoar;<br />
simultaneamente, ocorrem perdas contínuas por evaporação diretamente das folhas<br />
úmidas. Em existindo vento, o processo po<strong>de</strong> ser acelerado, aumentando as perdas<br />
por evaporação (OLIVEIRA e TUCCI, 2003).<br />
A Figura 11 mostra esquematicamente os componentes da precipitação e da<br />
interceptação. Em média, 85% da precipitação inci<strong>de</strong>nte atingem o solo<br />
atravessando a vegetação da floresta e 1 a 2% escoa pelos troncos. A diferença (13<br />
a 14%) é a interceptação (OLIVEIRA e TUCCI, 2003).<br />
A interceptação pela cobertura florestal representa importante parcela da<br />
água que cai sob a forma <strong>de</strong> chuva, retornando parte <strong>de</strong>sta à atmosfera por<br />
evaporação, contribuindo, diretamente, para a massa <strong>de</strong> vapor <strong>de</strong> água precipitável<br />
na atmosfera (FERREIRA, LUIZÃO e DALLAROSA, 2005).<br />
Em regiões em que ocorrem maiores variações climáticas, ou seja, em<br />
latitu<strong>de</strong>s mais elevadas, a vegetação po<strong>de</strong> apresentar uma significativa variação da<br />
cobertura vegetal no <strong>de</strong>correr do ano, o que interfere diretamente com a<br />
interceptação. A época do ano também po<strong>de</strong> caracterizar alguns tipos <strong>de</strong> cultivos<br />
que apresentam as diferentes fases <strong>de</strong> crescimento e colheita (TUCCI, 2005).<br />
Segundo Tucci (2000) e Castilho, (2000) os conceitos mais comumente<br />
usados em estudos <strong>de</strong> interceptação são:<br />
Interceptação: processo <strong>de</strong> retenção temporária da precipitação pelas copas das<br />
árvores, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> é redistribuída em água que pinga no solo, água que escoa<br />
pelo tronco e água que volta à atmosfera por evaporação;<br />
56