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CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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Em áreas com vegetação florestal, segundo Magalhães (2005) a<br />

interceptação vegetal po<strong>de</strong> ser dividida em três componentes principais:<br />

- interceptação na copa das árvores: as folhas das árvores e outros vegetais,<br />

isoladamente ou em conjunto, po<strong>de</strong>m reter parcela da precipitação pluviométrica.<br />

Isso é <strong>de</strong>vido a geometria dos vegetais, tendo, por exemplo, a maioria das<br />

bromélias, e também a superfície das folhas, que retém água por tensão<br />

superficial;<br />

- interceptação nos galhos e troncos: parte da precipitação flui acompanhando<br />

galhos e troncos das árvores. Esta segunda parcela po<strong>de</strong> representar <strong>de</strong> 1 a<br />

15% do total da água que não é retida sobre a folhagem. Uma parte <strong>de</strong>ssa água<br />

fica retida nos galhos e troncos, e parte chega ao solo;<br />

- interceptação sobre raízes, vegetação rasteira e serapilheira: a serapilheira é<br />

constituída <strong>de</strong> restos <strong>de</strong> folhas, galhos e matéria orgânica em geral, que se<br />

acumula sobre a superfície do solo em matas e florestas. A serapilheira, a<br />

vegetação rasteira e as raízes superficiais das árvores também po<strong>de</strong>m promover<br />

a interceptação <strong>de</strong> parte da chuva que cai sobre o solo. Uma complexida<strong>de</strong><br />

adicional para essa análise se <strong>de</strong>ve ao fato que após a <strong>de</strong>composição do<br />

material orgânico da serapilheira, o mesmo passa a fazer parte do horizonte<br />

orgânico do solo – Horizonte O – (EMBRAPA, 2006). A partir <strong>de</strong>ste momento<br />

essa camada passa a fazer parte da camada superficial do solo, e ocorre,<br />

portanto, infiltração, e não mais interceptação (MAGALHÃES, 2005).<br />

A Figura 10 esquematiza a interceptação vegetal.<br />

Toda a precipitação é interceptada pela cobertura vegetal até o momento em<br />

que o total precipitado se iguala à lâmina <strong>de</strong> interceptação potencial, que é a parcela<br />

que realmente a cobertura po<strong>de</strong> reter, representada basicamente pelo molhamento e<br />

retenção <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> água por tensão superficial (PRUSKI, RODRIGUES e SILVA,<br />

2001).<br />

Nesse sentido, a interceptação é segmento importante do ciclo hidrológico,<br />

responsável por parcela significativa <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> água <strong>de</strong>sse ciclo; além<br />

disso, muitas vezes as taxas <strong>de</strong> evaporação da água interceptada po<strong>de</strong>m ser<br />

maiores que a própria taxa <strong>de</strong> transpiração, indicando que o processo <strong>de</strong><br />

interceptação não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sprezado no balanço hídrico <strong>de</strong> uma bacia<br />

(LINHARES, 2006).<br />

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