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Os escoamentos podem ser classificados como escoamentos permanentes e não permanentes. O escoamento permanente ocorre quando o gradiente da velocidade e do nível são nulos, não existindo variação de estado no sistema. O escoamento não permanente considera a variação no tempo e no espaço das variáveis do sistema. Esta situação ocorre na maioria dos problemas hidrológicos de escoamento superficial e de rios e canais (CARVALHO e TUCCI, 2003). No que se refere ao volume total de água que chega num curso ou corpo de água, parte dele é formado pelo escoamento superficial e parte pelo afluxo de água do subsolo; no entanto, o escoamento superficial resultante da água não infiltrada das precipitações, é o principal componente na formação de cheias, no aumento de vazões dos cursos de água e no armazenamento em tanques, açudes e barragens (ALENCAR et al., 2006). A quantidade ou volume de água que vai compor o escoamento superficial está na dependência de qual é a máxima capacidade de saturação do solo nos diferentes pontos da área ou bacia de captação, pois não existe homogeneidade do nível de saturação em todos os pontos. Isso também está na dependência das precipitações pluviométricas anteriores, que umedecem o solo, e que podem estabelecer áreas saturadas de água, o que propicia a formação do escoamento superficial nas chuvas mais intensas que venham a ocorrer em seqüência (GBUREK e SHARPLEY, 1998). Destacam Souza, Lombardi Neto e Tubelis (1995), que o escoamento superficial é um dos elementos que mais merecem atenção no manejo dos recursos hídricos em pequenas bacias hidrográficas. Às vezes existe a necessidade de maximizá-lo e utilizá-lo para armazenar o maior volume possível de água nos reservatórios; em outras situações, é fundamental que se favoreça a infiltração da água no solo, armazenando mais água no solo, para atender as necessidades hídricas das culturas, reduzindo as perdas de água por escoamento e minimizando o processo de erosão do solo. A água de escoamento superficial é a principal responsável pelo transporte de sedimentos para a rede de drenagem e para os cursos e corpos de água, sendo agente causal de um dos maiores poluentes das águas – os sedimentos – que, além do efeito próprio, servem como catalisadores, carreadores e agentes fixadores para outros poluentes. Por isso, seu estudo e compreensão dos fenômenos envolvidos 48

têm significância para a sociedade e para o meio ambiente (CARVALHO et al., 2000). Destaca Ross (1997), que os fenômenos relacionados à drenagem superficial (escoamento) e sub-superficial de uma área, estão decisivamente ligados à forma do relevo, pois esta define a rede de drenagem. Assim sendo, as formas de determinação/medição dos parâmetros deve também considerar essas relações. Isso é buscado através de modelos matemáticos. Segundo Souza e Tubelis (2001), trabalhando com diferentes sistemas de manejo em culturas agrícolas, o escoamento superficial é determinado por fatores bioclimáticos e fisiográficos. Os primeiros são estabelecidos em função da quantidade, intensidade, duração e distribuição da precipitação, das condições antecedentes da umidade do solo, da interceptação pela cobertura vegetal e da demanda atmosférica. Já os fatores fisiográficos são influenciados pela extensão, pela forma, pelas condições da superfície do solo e pela declividade da bacia. Os autores Mediondo e Tucci (1997) destacam que existe uma geração significativa de escoamento superficial, quando é atingido um estado de água no solo próximo à saturação, e isso ocorre mesmo sem que a intensidade de precipitação ultrapasse a capacidade de infiltração. Em grande parte, isso se deve ao aumento do potencial de pressão com a profundidade, nos lugares com pequena declividade, o que facilita a saturação nas camadas superficiais. Isto ocorre mesmo quando pequenos volumes de água agregam-se ao perfil pela infiltração ou pelo escoamento sub-superficial a pouca profundidade. Soares (2004) propõe uma classificação dos componentes do escoamento e do armazenamento, alertando que esses componentes da vazão de uma bacia hidrográfica ficam, pelo menos temporariamente, armazenados na bacia: interceptação: água retida no dossel vegetal; retenção na superfície: filme de água que molha a superfície do solo antes de começar a ocorrer fluxo superficial (em geral menor que 0,5 mm). detenção na superfície: é a água retida pela resistência da superfície (rugosidade) ao fluxo lateral (em declive), permitindo que grande parte da água se infiltre; 49

têm significância para a socieda<strong>de</strong> e para o meio ambiente (CARVALHO et al.,<br />

2000).<br />

Destaca Ross (1997), que os fenômenos relacionados à drenagem superficial<br />

(escoamento) e sub-superficial <strong>de</strong> uma área, estão <strong>de</strong>cisivamente ligados à forma do<br />

relevo, pois esta <strong>de</strong>fine a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem. Assim sendo, as formas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminação/medição dos parâmetros <strong>de</strong>ve também consi<strong>de</strong>rar essas relações.<br />

Isso é buscado através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los matemáticos.<br />

Segundo Souza e Tubelis (2001), trabalhando com diferentes sistemas <strong>de</strong><br />

manejo em culturas agrícolas, o escoamento superficial é <strong>de</strong>terminado por fatores<br />

bioclimáticos e fisiográficos. Os primeiros são estabelecidos em função da<br />

quantida<strong>de</strong>, intensida<strong>de</strong>, duração e distribuição da precipitação, das condições<br />

antece<strong>de</strong>ntes da umida<strong>de</strong> do solo, da interceptação pela cobertura vegetal e da<br />

<strong>de</strong>manda atmosférica. Já os fatores fisiográficos são influenciados pela extensão,<br />

pela forma, pelas condições da superfície do solo e pela <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da bacia.<br />

Os autores Mediondo e Tucci (1997) <strong>de</strong>stacam que existe uma geração<br />

significativa <strong>de</strong> escoamento superficial, quando é atingido um estado <strong>de</strong> água no<br />

solo próximo à saturação, e isso ocorre mesmo sem que a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

precipitação ultrapasse a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração. Em gran<strong>de</strong> parte, isso se <strong>de</strong>ve<br />

ao aumento do potencial <strong>de</strong> pressão com a profundida<strong>de</strong>, nos lugares com pequena<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, o que facilita a saturação nas camadas superficiais. Isto ocorre mesmo<br />

quando pequenos volumes <strong>de</strong> água agregam-se ao perfil pela infiltração ou pelo<br />

escoamento sub-superficial a pouca profundida<strong>de</strong>.<br />

Soares (2004) propõe uma classificação dos componentes do escoamento e<br />

do armazenamento, alertando que esses componentes da vazão <strong>de</strong> uma bacia<br />

hidrográfica ficam, pelo menos temporariamente, armazenados na bacia:<br />

interceptação: água retida no dossel vegetal;<br />

retenção na superfície: filme <strong>de</strong> água que molha a superfície do solo antes <strong>de</strong><br />

começar a ocorrer fluxo superficial (em geral menor que 0,5 mm).<br />

<strong>de</strong>tenção na superfície: é a água retida pela resistência da superfície<br />

(rugosida<strong>de</strong>) ao fluxo lateral (em <strong>de</strong>clive), permitindo que gran<strong>de</strong> parte da água<br />

se infiltre;<br />

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