CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
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FIGURA 09 - Esquema do permeâmetro a disco: Ba - base de contato com o solo; M - membrana constituída por uma tela de tecido de náilon presa por um bracelete de borracha (Br); RA - reservatório de alimentação fechado no seu topo por uma rolha de borracha (Bo) na qual está acoplado um pequeno tubo munido de um duto flexível e de uma pinça de Mohr (PM); RD - reservatório lateral de despressurização; C1 - tubo capilar para regular o valor do potencial de fornecimento de água ao nível de membrana; C2 – tubo capilar que realiza a comunicação entre este reservatório e a base do permeâmetro. Fonte: BORGES et al., 1999 Os pesquisadores Pott e Maria (2003) compararam diferentes métodos de determinação in situ da taxa de infiltração constante, na superfície do solo, sendo utilizado um infiltrômetro de aspersão, um permeâmetro, um infiltrômetro de tensão e, finalmente, um infiltrômetro de pressão, similar ao infiltrômetro de tensão. Verificaram que no uso do infiltrômetro de aspersão foram observados os menores valores de infiltração básica, possivelmente devido ao impacto desagregador das gotas de chuva na superfície do solo. Concluíram esses autores que os métodos se comportaram de forma diferente em cada tipo de solo, e que os diferentes métodos de avaliação determinam diferentes valores de taxa infiltração constantes para um mesmo tipo de solo. Outro método de determinação in situ dos parâmetros de infiltração, é o da câmara de fluxo desenvolvida por Fabian e Ottoni Filho (FABIAN e OTTONI FILHO, 2000). Esse equipamento consiste num cilindro de aço inox com 80 cm de diâmetro, 44
80 cm de altura e 1 mm de espessura, com reforço estrutural externo em cantoneira de ferro, que é totalmente cravado por pressão hidráulica, com auxílio de contrapesos e de uma mesa de cravação. Em função do tamanho e do método de instalação, a câmara de fluxo reduz os principais inconvenientes apresentados pelo infiltrômetro de duplo anel, relacionados ao tamanho dos anéis, à percolação horizontal e à alteração da estrutura superficial do solo quando se crava os anéis através de pancadas (FABIAN e OTTONI FILHO, 2000). Esse método tem uso aconselhado quando se pretende desenvolver estudos in situ de fenômenos de transferência vertical em solo. Destacam os autores que em alguns testes comparativos da câmara de fluxo com infiltrômetro de duplo anel, eles obtiveram resultados mostrando que a infiltração pelo método da câmara de fluxo foi cerca de 4 vezes inferior ao obtido com o método do infiltrômetro de anel (FABIAN e OTTONI FILHO, 2000; OTTONI, 2005). Um método descrito e classificado como clássico por Reichardt (1990), para determinação da infiltração vertical, consiste em cercar uma área plana, quadrada, de 9 a 100 m 2 , com um dique de placas metálicas cravadas 15 cm no chão e com 15 cm de altura acima do solo, no qual é mantida uma lâmina de água de 2 a 10 cm de altura, por adição contínua de água. O autor coloca que esse método é equivalente ao método dos cilindros concêntricos, para os quais recomenda a mesma altura de lâmina de água. Ottoni (2005) utiliza a mesma metodologia para determinação da capacidade de campo de solos e estudo de infiltração vertical. Em termos ideais, para os estudos de infiltração e escoamento superficial, se deve trabalhar com precipitações naturais – chuvas. No entanto, Silva et al. (2001) alertam que estudos confiáveis com precipitação natural requerem um longo tempo de medidas, para que se possa obter uma amostragem representativa de eventos de precipitação. A ocorrência irregular da chuva natural constitui-se em outra dificuldade, pois impede a coleta de dados durante a sua ocorrência. Como forma para possibilitar estudos em períodos mais curtos e maior controle das intensidades de precipitação, tem-se utilizado precipitações artificiais produzidas por simuladores de chuva (SILVA et al., 2001). Outro item importante nos estudos de infiltração é considerar a grande variabilidade espacial da taxa de infiltração, que acompanham a variabilidade espacial dos fatores físicos e edafo-vegetativos do solo. Chichota, Lier e Roja 45
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80 cm <strong>de</strong> altura e 1 mm <strong>de</strong> espessura, com reforço estrutural externo em cantoneira<br />
<strong>de</strong> ferro, que é totalmente cravado por pressão hidráulica, com auxílio <strong>de</strong><br />
contrapesos e <strong>de</strong> uma mesa <strong>de</strong> cravação.<br />
Em função do tamanho e do método <strong>de</strong> instalação, a câmara <strong>de</strong> fluxo reduz<br />
os principais inconvenientes apresentados pelo infiltrômetro <strong>de</strong> duplo anel,<br />
relacionados ao tamanho dos anéis, à percolação horizontal e à alteração da<br />
estrutura superficial do solo quando se crava os anéis através <strong>de</strong> pancadas (FABIAN<br />
e OTTONI FILHO, 2000).<br />
Esse método tem uso aconselhado quando se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver estudos<br />
in situ <strong>de</strong> fenômenos <strong>de</strong> transferência vertical em solo. Destacam os autores que em<br />
alguns testes comparativos da câmara <strong>de</strong> fluxo com infiltrômetro <strong>de</strong> duplo anel, eles<br />
obtiveram resultados mostrando que a infiltração pelo método da câmara <strong>de</strong> fluxo foi<br />
cerca <strong>de</strong> 4 vezes inferior ao obtido com o método do infiltrômetro <strong>de</strong> anel (FABIAN e<br />
OTTONI FILHO, 2000; OTTONI, 2005).<br />
Um método <strong>de</strong>scrito e classificado como clássico por Reichardt (1990), para<br />
<strong>de</strong>terminação da infiltração vertical, consiste em cercar uma área plana, quadrada,<br />
<strong>de</strong> 9 a 100 m 2 , com um dique <strong>de</strong> placas metálicas cravadas 15 cm no chão e com 15<br />
cm <strong>de</strong> altura acima do solo, no qual é mantida uma lâmina <strong>de</strong> água <strong>de</strong> 2 a 10 cm <strong>de</strong><br />
altura, por adição contínua <strong>de</strong> água. O autor coloca que esse método é equivalente<br />
ao método dos cilindros concêntricos, para os quais recomenda a mesma altura <strong>de</strong><br />
lâmina <strong>de</strong> água. Ottoni (2005) utiliza a mesma metodologia para <strong>de</strong>terminação da<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> solos e estudo <strong>de</strong> infiltração vertical.<br />
Em termos i<strong>de</strong>ais, para os estudos <strong>de</strong> infiltração e escoamento superficial, se<br />
<strong>de</strong>ve trabalhar com precipitações naturais – chuvas. No entanto, Silva et al. (2001)<br />
alertam que estudos confiáveis com precipitação natural requerem um longo tempo<br />
<strong>de</strong> medidas, para que se possa obter uma amostragem representativa <strong>de</strong> eventos<br />
<strong>de</strong> precipitação. A ocorrência irregular da chuva natural constitui-se em outra<br />
dificulda<strong>de</strong>, pois impe<strong>de</strong> a coleta <strong>de</strong> dados durante a sua ocorrência. Como forma<br />
para possibilitar estudos em períodos mais curtos e maior controle das intensida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> precipitação, tem-se utilizado precipitações artificiais produzidas por simuladores<br />
<strong>de</strong> chuva (SILVA et al., 2001).<br />
Outro item importante nos estudos <strong>de</strong> infiltração é consi<strong>de</strong>rar a gran<strong>de</strong><br />
variabilida<strong>de</strong> espacial da taxa <strong>de</strong> infiltração, que acompanham a variabilida<strong>de</strong><br />
espacial dos fatores físicos e edafo-vegetativos do solo. Chichota, Lier e Roja<br />
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