CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
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Normalmente essas parcela-padrão têm tamanho variável, entre 10 a 35 metros de comprimento e 2 a 12 metros de largura, com o comprimento no sentido da declividade. As laterais de cada parcela são cercadas com tábuas de madeira ou lâminas metálicas, com 0,30 a 0,40 m de altura, sendo que 0,15 a 0,20 m são enterrados no solo; na extremidade mais baixa de cada parcela, o fluxo é afunilado, pelas tábuas ou lâminas laterais até caixas coletoras de enxurrada (SOUZA e TUBELIS, 2001; CARDOSO et al., 2004; TARGA et al., 2006). A Figura 08 mostra o esquema de parcelas com medidas de 10 metros de comprimento por 2 metros de largura. FIGURA 08 – Esquema de parcelas-padrão de infiltração e escoamento superficial. Fonte: SILVA, 2004 No entanto, para estudos em ambientes florestais, a utilização de parcelas- padrão apresenta limitações, pelo seu custo elevado, pela morosidade e dificuldade de instalação e operacionalização, o que faz com que esse método seja pouco utilizado. A utilização de simuladores de chuva em ambientes florestais naturais é muito difícil, sendo uma prática não adotada (CARDOSO et al., 2004). Uma aplicação prática da utilização da metodologia utilizadas nas parcelas- padrão, na atividade florestal, é encontrada nos estudos de perdas de água e arraste 42
de sedimentos nas estradas, carreadores e aceiros, sob condições de chuva natural (MACHADO et al., 2003). Também são utilizados equipamentos denominados infiltrômetros ou permeâmetros a disco, que possibilitam estudar alguns parâmetros relacionados com o processo de infiltração. A esse respeito, descrevem Borges et al., (1999, p.2083-2084): O processo de infiltração é caracterizado por dois parâmetros: a sorvidade (S0) e a condutividade hidráulica (K0). O valor de S0 é associado à fase inicial da infiltração. Nessa fase, a infiltração é praticamente independente dos efeitos gravitacionais e geométricos. Os valores S0 e K0 na camada superficial do solo definem a partição dos aportes externos de água (precipitação, irrigação), afetando assim tanto o armazenamento de água no solo, como o escoamento superficial; é importante considerar que os macroporos são funcionais quando o solo está muito próximo à saturação, sendo capazes de transportes preferenciais de água e substâncias químicas de forma rápida durante o processo de infiltração. Por causa da natureza frágil dos macroporos é necessária a realização de medidas de infiltração in situ, usando técnicas que minimizem as perturbações do solo. Do ponto de vista mais prático, pode-se avaliar a importância dos macroporos sobre a infiltração em condições de inundação através da diferença entre S0 e K0 a um potencial matricial y0, próximo à saturação, e S e K medidos à saturação. O processo de infiltração pode ser estudado utilizando-se dispositivos chamados permeâmetros a disco. Técnicas baseadas nesses permeâmetros são de grande interesse, pois permitem determinar simultaneamente, S0 e K0 in situ, de forma simples e rápida, minimizando as perturbações no solo. O permeâmetro a disco é constituído, basicamente, de um anel oco, rígido, com uma das faces fechada e a outra delimitada com uma membrana de náilon de malha 20 µm, acoplado a um tubo cilíndrico de alimentação de água com carga constante e um reservatório de reposição automática de água ao tubo de carga constante. O disco é colocado em contato completo com a camada de solo que se pretende estudar, normalmente com nivelamento da área de contado e/ou com a colocação de uma pequena camada de areia fina (BORGES et al., 1999). A Figura 09 apresenta o esquema de um permeâmetro a disco. Segundo Silva e Godinho (2002), o infiltrômetro ou permeâmetro de disco permite a determinação in situ da condutividade hidráulica de um solo não saturado, consumindo pouca água e exigindo pouco tempo para determinação (em torno de duas horas para cada teste), com a vantagem adicional de poder dispensar instrumentos para determinação da umidade ou tensão da água nas diferentes camadas do solo. Sua principal desvantagem é o transporte difícil em condições de florestas. 43
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Normalmente essas parcela-padrão têm tamanho variável, entre 10 a 35<br />
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da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>. As laterais <strong>de</strong> cada parcela são cercadas com tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou<br />
lâminas metálicas, com 0,30 a 0,40 m <strong>de</strong> altura, sendo que 0,15 a 0,20 m são<br />
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pelas tábuas ou lâminas laterais até caixas coletoras <strong>de</strong> enxurrada (SOUZA e<br />
TUBELIS, 2001; CARDOSO et al., 2004; TARGA et al., 2006).<br />
A Figura 08 mostra o esquema <strong>de</strong> parcelas com medidas <strong>de</strong> 10 metros <strong>de</strong><br />
comprimento por 2 metros <strong>de</strong> largura.<br />
FIGURA 08 – Esquema <strong>de</strong> parcelas-padrão <strong>de</strong> infiltração e escoamento<br />
superficial. Fonte: SILVA, 2004<br />
No entanto, para estudos em ambientes florestais, a utilização <strong>de</strong> parcelas-<br />
padrão apresenta limitações, pelo seu custo elevado, pela morosida<strong>de</strong> e dificulda<strong>de</strong><br />
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utilizado. A utilização <strong>de</strong> simuladores <strong>de</strong> chuva em ambientes florestais naturais é<br />
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