CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ... CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
esse dado é considerado para estimar as perdas ocorridas em uma área, comparando-se com o percentual que deveria ter-se infiltrado (BORGES et al., 2005) A capacidade de infiltrar água de um solo está relacionada com a permeabilidade, parâmetro este que reflete a relação entre a infiltração e o deflúvio e está diretamente relacionado à estrutura do solo, preparo do solo, erosão, aeração, umidade inicial e absorção de água (SILVA, 2003; BORGES et al., 2005; LANÇA e RODRIGUES, 2000). A quantidade de água infiltrada pelos diversos tipos de solos pode variar muito, dependendo da declividade e da permeabilidade da superfície. Por sua vez, a permeabilidade depende da textura e da estrutura do solo e da cobertura vegetal acima deste (BRANCO, 1998). Em termos conceituais, infere-se que os solos possuem uma capacidade de infiltração máxima e, teoricamente, apenas nas condições em que água proveniente da precipitação supera esta capacidade é que ocorrerá escoamento superficial. No geral, isto não acontece e a taxa de infiltração real costuma ser menor que a capacidade de infiltração (LINHARES, 2006). O processo de infiltração define a entrada de água no solo. O movimento da água dentro do perfil do solo denomina-se percolação. Nessa ótica, a infiltração é um processo de superfície, ao passo que a percolação é um processo interno ao solo e dependente das características deste. No entanto, os dois processos estão decisivamente interligados, já que a infiltração não pode ocorrer se não existir percolação da água dentro do solo (LIMA, 2004). Segundo ABREU et al. (2000), as principais propriedades que determinam a quantidade e o movimento da água no solo são o potencial matricial, o conteúdo de água do solo (umidade) e a condutividade hidráulica do solo. Paz e Oliveira (2006) afirmam que, no inicio da infiltração, quando o solo ainda está relativamente seco, existe um gradiente de potencial de umidade grande, o que propicia uma taxa de infiltração elevada. Com o transcurso do tempo de precipitação, o solo fica encharcado, o gradiente de potencial é reduzido e a capacidade de infiltração diminui. Com o molhamento e o passar do tempo, as argilas se expandem e diminuem o diâmetro dos poros e, em conseqüência, a taxa de infiltração diminui gradualmente até estabilizar em um patamar em que se mantém praticamente constante. Em solos arenosos, por existir pouca quantidade 32
de argila, esse fenômeno não é tão significativo, estando mais associado a estabilidade de agregados estruturais do solo. A esse respeito, Bernardo (1995) afirma que a variação da taxa de infiltração devida a variação de umidade, desaparece geralmente depois de 60 minutos do início da precipitação ou aplicação de lâmina de água. Os fatores que afetam a capacidade de infiltração de água no solo, segundo Paz e Oliveira (2006) são: - condições intrínsecas do solo: cobertura vegetal, estado de agregação das partículas do solo, compactação pela maquinaria agrícola e erodibilidade; - condições extrínsecas do solo: textura; adensamento de perfis, flora e a fauna do solo, conteúdo de água; - condições de aplicação de água: duração da aplicação de água, carga hidráulica, qualidade e a temperatura. água. Em sendo o solo um ente tridimensional e heterogêneo, a condutividade e o movimento da água são dependentes da variabilidade espacial do solo e da posição no relevo. Em estudos de campo, sob condições naturais, considera-se o fluxo como um fenômeno de equilíbrio dinâmico (ABREU et al., 2000). A taxa de infiltração expressa a lâmina de água infiltrada no solo por unidade de tempo, e é uma variável importante para quantificar o fenômeno da infiltração (ABID, 1978; MAGALHÃES, 2005). A estimativa da taxa de infiltração no solo é fundamental para determinar a separação da precipitação que atinge o solo em infiltração e escoamento superficial, com todas as interfaces decorrentes, que são informações básicas no manejo e gestão da água, para todas as finalidades (LIMA e SILANS, 1999). Em termos de manejo e conservação de solos, a mensuração da capacidade e taxa de infiltração de água no solo é importante parâmetro na avaliação da qualidade estrutural de um solo, indicando a situação da porosidade, da cobertura vegetal, do tipo de manejo adotado e, indiretamente, de outros parâmetros físicos do solo (CRUZ et al., 2003). Nos testes de infiltração a campo, segundo Magalhães (2005), verifica-se que a curva de variação da taxa de infiltração, ao longo do tempo, apresenta um decréscimo até atingir um valor assintótico, que equivale à condutividade hidráulica saturada, representativa da camada superficial do solo. Este valor é denominado de Taxa de Infiltração Constante – TIC. 33
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - U
- Page 3 and 4: À Mazé, minha razão maior nesta
- Page 5 and 6: SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .........
- Page 7 and 8: LISTA DE FIGURAS FIGURA 01 - Esquem
- Page 9 and 10: FIGURA 51 - Gráfico da pluviometri
- Page 11 and 12: LISTA DE QUADROS QUADRO 01 - Dados
- Page 13 and 14: RESUMO Este trabalho teve por objet
- Page 15 and 16: 1 INTRODUÇÃO Quando existia apare
- Page 17 and 18: preservação ambiental. A necessid
- Page 19 and 20: No entanto, a sociedade continua a
- Page 21 and 22: Portanto, os mananciais necessitam
- Page 23 and 24: O método a ser selecionado para de
- Page 25 and 26: No caso de escoamento permanente, c
- Page 27 and 28: Mesmo um equipamento reconhecidamen
- Page 29 and 30: 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A água
- Page 31 and 32: Dentro desse conhecimento, é impor
- Page 33 and 34: a evaporação de água do solo. To
- Page 35 and 36: FIGURA 02 - Esquema representativo
- Page 37 and 38: - granizo é a precipitação ocorr
- Page 39 and 40: Embora a mensuração das precipita
- Page 41 and 42: pesquisador deverá escolher aquele
- Page 43 and 44: Sua determinação exige uma metodo
- Page 45: transferência de água do nível f
- Page 49 and 50: de água no solo, ela deve ser obti
- Page 51 and 52: mantendo o fluxo na direção verti
- Page 53 and 54: Na utilização dos infiltrômetros
- Page 55 and 56: - o uso do infiltrômetro de anéis
- Page 57 and 58: de sedimentos nas estradas, carread
- Page 59 and 60: 80 cm de altura e 1 mm de espessura
- Page 61 and 62: O escoamento superficial pode tamb
- Page 63 and 64: têm significância para a sociedad
- Page 65 and 66: escoamento sub-superficial (Ri) - r
- Page 67 and 68: Trabalhando com plantação de seri
- Page 69 and 70: FIGURA 10 - Esquema da Interceptaç
- Page 71 and 72: FIGURA 11 - Esquema dos componentes
- Page 73 and 74: Medição de Et - colocação de ca
- Page 75 and 76: confeccionado em garrafa PET, dista
- Page 77 and 78: Comparando os resultados encontrado
- Page 79 and 80: total de 1.285 mm. A interceptaçã
- Page 81 and 82: A topografia é bastante variável,
- Page 83 and 84: 3.2 Experimento 01 - Infiltração
- Page 85 and 86: Com a técnica construtiva adotada,
- Page 87 and 88: eflorestamento, onde nem sempre é
- Page 89 and 90: fundo do tambor, prevenindo que pud
- Page 91 and 92: muito importante para permitir se d
- Page 93 and 94: 3.2.2 Procedimentos de Instalação
- Page 95 and 96: podiam ser facilmente feitos no pr
esse dado é consi<strong>de</strong>rado para estimar as perdas ocorridas em uma área,<br />
comparando-se com o percentual que <strong>de</strong>veria ter-se infiltrado (BORGES et al., 2005)<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltrar água <strong>de</strong> um solo está relacionada com a<br />
permeabilida<strong>de</strong>, parâmetro este que reflete a relação entre a infiltração e o <strong>de</strong>flúvio e<br />
está diretamente relacionado à estrutura do solo, preparo do solo, erosão, aeração,<br />
umida<strong>de</strong> inicial e absorção <strong>de</strong> água (SILVA, 2003; BORGES et al., 2005; LANÇA e<br />
RODRIGUES, 2000).<br />
A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água infiltrada pelos diversos tipos <strong>de</strong> solos po<strong>de</strong> variar<br />
muito, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e da permeabilida<strong>de</strong> da superfície. Por sua vez, a<br />
permeabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da textura e da estrutura do solo e da cobertura vegetal<br />
acima <strong>de</strong>ste (BRANCO, 1998).<br />
Em termos conceituais, infere-se que os solos possuem uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
infiltração máxima e, teoricamente, apenas nas condições em que água proveniente<br />
da precipitação supera esta capacida<strong>de</strong> é que ocorrerá escoamento superficial. No<br />
geral, isto não acontece e a taxa <strong>de</strong> infiltração real costuma ser menor que a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração (LINHARES, 2006).<br />
O processo <strong>de</strong> infiltração <strong>de</strong>fine a entrada <strong>de</strong> água no solo. O movimento da<br />
água <strong>de</strong>ntro do perfil do solo <strong>de</strong>nomina-se percolação. Nessa ótica, a infiltração é<br />
um processo <strong>de</strong> superfície, ao passo que a percolação é um processo interno ao<br />
solo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das características <strong>de</strong>ste. No entanto, os dois processos estão<br />
<strong>de</strong>cisivamente interligados, já que a infiltração não po<strong>de</strong> ocorrer se não existir<br />
percolação da água <strong>de</strong>ntro do solo (LIMA, 2004).<br />
Segundo ABREU et al. (2000), as principais proprieda<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>terminam a<br />
quantida<strong>de</strong> e o movimento da água no solo são o potencial matricial, o conteúdo <strong>de</strong><br />
água do solo (umida<strong>de</strong>) e a condutivida<strong>de</strong> hidráulica do solo.<br />
Paz e Oliveira (2006) afirmam que, no inicio da infiltração, quando o solo<br />
ainda está relativamente seco, existe um gradiente <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>,<br />
o que propicia uma taxa <strong>de</strong> infiltração elevada. Com o transcurso do tempo <strong>de</strong><br />
precipitação, o solo fica encharcado, o gradiente <strong>de</strong> potencial é reduzido e a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração diminui. Com o molhamento e o passar do tempo, as<br />
argilas se expan<strong>de</strong>m e diminuem o diâmetro dos poros e, em conseqüência, a taxa<br />
<strong>de</strong> infiltração diminui gradualmente até estabilizar em um patamar em que se<br />
mantém praticamente constante. Em solos arenosos, por existir pouca quantida<strong>de</strong><br />
32