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CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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Deve ser especialmente consi<strong>de</strong>rado o que coloca Tucci (2000), alertando<br />

que precipitação que atravessa a vegetação <strong>de</strong>ve ser medida por metodologia e<br />

equipamentos especiais, colocados abaixo das árvores e distribuídos <strong>de</strong> tal forma a<br />

obter uma representativida<strong>de</strong> espacial <strong>de</strong>ssa precipitação. Para tanto, serão<br />

necessários muito mais equipamentos para mensurar esse parâmetro, que para<br />

medir a precipitação total. Isso se <strong>de</strong>ve à gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> encontrada nos<br />

espaços e nas características da vegetação.<br />

Segundo Castilho (2000), para se quantificar apenas a precipitação que<br />

chega ao solo, sem consi<strong>de</strong>rar o que ocorre com esta <strong>de</strong>pois e obter-se, por<br />

diferença da precipitação total, o quanto foi interceptado e retido pela cobertura<br />

vegetal, é usual a utilização <strong>de</strong> calhas coletoras impermeáveis, que são conectadas<br />

a tanque ou tambores <strong>de</strong> armazenamento.<br />

Essas calhas, colocadas ao nível do solo, ligeiramente acima da vegetação<br />

rasteira, são distribuídas na área <strong>de</strong> estudo, <strong>de</strong> modo a representar a diversida<strong>de</strong> da<br />

cobertura vegetal. As calhas têm medidas variáveis, entre 0,10 m a 0,20 m <strong>de</strong><br />

largura e <strong>de</strong> 1,0 m a 2,0 m <strong>de</strong> comprimento e altura (pare<strong>de</strong>s laterais) entre 0,05 m<br />

e 0,10 m. Calcula-se, para cada calha, a lâmina <strong>de</strong> água diária que atinge o solo,<br />

dividindo-se o volume <strong>de</strong> água armazenada (litros) pela área da respectiva calha<br />

coletora (em metros quadrados). Subtraindo-se da precipitação inci<strong>de</strong>nte diária a<br />

lâmina <strong>de</strong> água que chega ao solo, são obtidos valores da precipitação interceptada<br />

(CASTILHO, 2000).<br />

A Figura 03 mostra o esquema quantitativo e temporal <strong>de</strong> partição da<br />

precipitação que chega efetivamente ao solo, em valores médios.<br />

Embora seja, compreensivamente, englobado na precipitação pluviométrica<br />

total, é necessário consi<strong>de</strong>rar, para efeitos do balanço hídrico e estudos<br />

hidrológicos, a chamada “precipitação oculta”, que po<strong>de</strong> ocorrer em <strong>de</strong>terminadas<br />

situações (ANIDO, 2002).<br />

Esse tipo <strong>de</strong> precipitação po<strong>de</strong> ocorrer em função <strong>de</strong> elevadas e constantes<br />

umida<strong>de</strong>s numa área com variações térmicas expressivas, que provocam a<br />

con<strong>de</strong>nsação <strong>de</strong> neblina da cobertura vegetal, resultando numa precipitação interna<br />

ao dossel, na forma <strong>de</strong> gotejamento e <strong>de</strong> escoamento pelos troncos, o que implica<br />

em um ganho <strong>de</strong> água no sistema. Em algumas situações, em especial nas florestas<br />

<strong>de</strong> serras e montanhas, essa precipitação po<strong>de</strong> atingir valores muito significativos.<br />

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