CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
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A cobertura ou dossel florestal exerce <strong>de</strong>cisiva influência sobre a precipitação<br />
pluviométrica e, em <strong>de</strong>corrência, sobre todo o ciclo hidrológico <strong>de</strong> uma bacia<br />
hidrográfica, influenciando a dinâmica da água em vários compartimentos e etapas<br />
do sistema, inclusive nas saídas para a atmosfera e para os corpos e cursos <strong>de</strong><br />
água (ARCOVA et al., 2003).<br />
Uma das principais influências do dossel florestal ocorre no recebimento das<br />
chuvas pelas copas das árvores, quando se dá o primeiro fracionamento da água,<br />
on<strong>de</strong> uma parte é temporariamente retida pela massa vegetal – interceptação – e em<br />
seguida evaporada para a atmosfera. A água não interceptada alcança o piso como<br />
gotejamento direto ou precipitação interna e como fluxo que escoa pelo tronco das<br />
árvores (ARCOVA et al., 2003).<br />
A água que foi interceptada e evaporada, não contribui na alteração da<br />
umida<strong>de</strong> do solo, <strong>de</strong>vendo ser subtraída, para efeito da precipitação efetiva, da<br />
quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> chuva que cai sobre a área (topo do dossel florestal). A liteira<br />
(serapilheira ou litter), restos vegetais que cobrem o solo, po<strong>de</strong> também impedir que<br />
a água da chuva chegue até o solo (RENNÓ e SOARES, 2000).<br />
A somatória dos fluxos hídricos que penetram no dossel florestal e chegam ao<br />
solo, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> precipitação efetiva, é responsável pela água do solo e pela<br />
alimentação dos cursos e corpos <strong>de</strong> água (LEOPOLDO e CONTE, 1985;<br />
REICHARDT, 1990; RENNÓ e SOARES, 2000).<br />
Hershfield (1964) <strong>de</strong>fine que a precipitação efetiva é mensurada pela<br />
diferença entre a precipitação e as perdas por escoamento superficial e por<br />
percolação profunda. Para área <strong>de</strong> produção agroflorestal, segundo Sampaio et al.<br />
(2000), a precipitação efetiva é <strong>de</strong>finida como sendo a precipitação total menos o<br />
escoamento superficial e a evaporação.<br />
Portanto, po<strong>de</strong> ser inferido que precipitação efetiva, no seu sentido mais<br />
amplo, significa a precipitação útil ou utilizável; entretanto, este conceito po<strong>de</strong> variar<br />
bastante, <strong>de</strong> acordo com a área <strong>de</strong> interesse do estudo ou do pesquisador<br />
(BERNARDO, 1995; SAMPAIO et al., 2000).<br />
Segundo Bernardo (1995), existem vários métodos para se <strong>de</strong>terminar a<br />
precipitação efetiva, tais como o Método <strong>de</strong> Balanço <strong>de</strong> Umida<strong>de</strong> no Solo, Método<br />
do Lisímetro, Método do U.S. Bureau of Reclamation, Método do Serviço <strong>de</strong><br />
Conservação <strong>de</strong> Solos dos EUA, além <strong>de</strong> vários mo<strong>de</strong>los matemáticos, sendo que o<br />
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