CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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No que se refere a bacia hidrográfica e suas inter-relações com as florestas, destacam Arcova, Cicco e Rocha (2003) que a cobertura florestal é estreitamente relacionada com o ciclo hidrológico de uma bacia hidrográfica, pois interfere no movimento da água em diversos compartimentos do sistema, incluindo-se aí as saídas para a atmosfera e para os cursos de água. O conjunto de conhecimentos da hidrologia, portanto, é útil e indispensável para nortear as atividades florestais dentro de um programa de manejo integrado de solos e água em bacias hidrográficas (GOMES et al., 2003). Para tal, deve ser monitorado um conjunto de variáveis hidro- geomorfológicas, com o objetivo de identificar os processos hidrológicos, através de um conjunto de equipamento e métodos apropriados (BATEIRA et al., 2006). Como em qualquer ramo da hidrologia, na hidrologia florestal o foco central é a água, mas a esfera operacional são as áreas florestadas (LIMA, 2004). 2.1 PRECIPITAÇÃO Precipitação é definida, em hidrologia, como a água que chega do meio atmosférico, não importando o estado físico em que se encontre, e que atinge a superfície terrestre (ABID, 1978; TUCCI, 2000; OLIVEIRA JUNIOR e DIAS, 2005). A água da atmosfera (vapor) constitui a água precipitável. Se todo o vapor atmosférico se precipitasse na forma líquida (chuva), essa precipitação corresponderia a 25,5 mm de lâmina, uniformemente distribuída sobre toda a superfície da esfera terrestre. O reservatório de vapor atmosférico é reposto continuamente pela evaporação e é descarregado pela precipitação, sendo esta a única fonte renovável de água doce para a superfície. A precipitação média no planeta é de aproximadamente 940 mm por ano. Cerca de 70 % da precipitação retorna diretamente à atmosfera pela evapotranspiração (LIMA, 2004) Segundo Cecílio e Reis (2006) e Instituto da Água (2003), a precipitação atmosférica pode ocorrer sob as formas de garoa, chuva, neve, granizo, saraiva, geada ou orvalho: - garoa é a precipitação líquida uniforme, com gotas de diâmetro inferior a 0,5 mm, apresentando, em geral, baixa intensidade (

- granizo é a precipitação ocorrida sob forma de pedras de gelo de grande diâmetro (> 5 mm); - saraiva é a precipitação ocorrida sob forma de pedras de gelo de pequeno diâmetro (< 5 mm); - neve é a precipitação de cristais de gelo, formados a partir do vapor de água atmosférico, em temperaturas muito baixas, inferiores a 0° C; - geada é a precipitação advinda da condensação do vapor em superfícies sólidas que se resfriam durante a noite (folhas, por exemplo), ocorrendo a formação de cristais de gelo nestes objetos; - orvalho é a precipitação em forma de gotas de água, advindas da condensação do vapor em superfícies sólidas que se resfriam durante a noite (folhas, por exemplo). A precipitação, portanto, faz a ligação entre a fase atmosférica e a fase terrestre do ciclo hidrológico. Ela configura a entrada do sistema hidrológico, sendo, por conseqüência, a única forma de entrada de água em uma bacia hidrográfica (CECÍLIO e REIS, 2006). Assim sendo, a precipitação representa a principal entrada de água no ambiente de interação vegetação/solo. Usualmente, a precipitação que atinge efetivamente o solo é representada em termos de lâmina d’água (uma lâmina de 1 milímetro de chuva é equivalente a 1 litro de água distribuído em 1 metro quadrado do terreno) (RENNÓ e SOARES, 2000 ; DAEE, 2006). Quantifica-se a chuva pela altura (lâmina) de água caída e acumulada sobre uma superfície plana. A quantidade da chuva é avaliada por meio de aparelhos chamados pluviômetros e pluviógrafos (PEDRAZZI, 2004). As precipitações pluviométricas - chuvas -, desde o instante em que atingem a superfície da terra são, sob o ponto de vista da quantidade, a principal fonte de água para o uso do homem (LIMA, 2004). Segundo DAEE (2006) e Cecílio e Reis (2006) as principais grandezas características das medidas pluviométricas são: - Altura pluviométrica: medidas realizadas nos pluviômetros e expressas em mm. Representa a lâmina d’água que se formaria sobre o solo como resultado de uma determinada precipitação, se não houvesse escoamento, infiltração ou evaporação da água precipitada. - Duração: período de tempo entre o início e o término da precipitação, expresso geralmente em horas ou minutos. 23

No que se refere a bacia hidrográfica e suas inter-relações com as florestas,<br />

<strong>de</strong>stacam Arcova, Cicco e Rocha (2003) que a cobertura florestal é estreitamente<br />

relacionada com o ciclo hidrológico <strong>de</strong> uma bacia hidrográfica, pois interfere no<br />

movimento da água em diversos compartimentos do sistema, incluindo-se aí as<br />

saídas para a atmosfera e para os cursos <strong>de</strong> água.<br />

O conjunto <strong>de</strong> conhecimentos da hidrologia, portanto, é útil e indispensável<br />

para nortear as ativida<strong>de</strong>s florestais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> manejo integrado <strong>de</strong><br />

solos e água em bacias hidrográficas (GOMES et al., 2003).<br />

Para tal, <strong>de</strong>ve ser monitorado um conjunto <strong>de</strong> variáveis hidro-<br />

geomorfológicas, com o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os processos hidrológicos, através <strong>de</strong><br />

um conjunto <strong>de</strong> equipamento e métodos apropriados (BATEIRA et al., 2006).<br />

Como em qualquer ramo da hidrologia, na hidrologia florestal o foco central é<br />

a água, mas a esfera operacional são as áreas florestadas (LIMA, 2004).<br />

2.1 PRECIPITAÇÃO<br />

Precipitação é <strong>de</strong>finida, em hidrologia, como a água que chega do meio<br />

atmosférico, não importando o estado físico em que se encontre, e que atinge a<br />

superfície terrestre (ABID, 1978; TUCCI, 2000; OLIVEIRA JUNIOR e DIAS, 2005).<br />

A água da atmosfera (vapor) constitui a água precipitável. Se todo o vapor<br />

atmosférico se precipitasse na forma líquida (chuva), essa precipitação<br />

correspon<strong>de</strong>ria a 25,5 mm <strong>de</strong> lâmina, uniformemente distribuída sobre toda a<br />

superfície da esfera terrestre. O reservatório <strong>de</strong> vapor atmosférico é reposto<br />

continuamente pela evaporação e é <strong>de</strong>scarregado pela precipitação, sendo esta a<br />

única fonte renovável <strong>de</strong> água doce para a superfície. A precipitação média no<br />

planeta é <strong>de</strong> aproximadamente 940 mm por ano. Cerca <strong>de</strong> 70 % da precipitação<br />

retorna diretamente à atmosfera pela evapotranspiração (LIMA, 2004)<br />

Segundo Cecílio e Reis (2006) e Instituto da Água (2003), a precipitação<br />

atmosférica po<strong>de</strong> ocorrer sob as formas <strong>de</strong> garoa, chuva, neve, granizo, saraiva,<br />

geada ou orvalho:<br />

- garoa é a precipitação líquida uniforme, com gotas <strong>de</strong> diâmetro inferior a 0,5 mm,<br />

apresentando, em geral, baixa intensida<strong>de</strong> (

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