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corretamente a partição da precipitação que chega à superfície, mesmo que os dados disponíveis sejam considerados apenas como indicadores. Na relação floresta-água, a cobertura florestal influi positivamente sobre a hidrologia do solo, melhorando os processos de infiltração, percolação e armazenamento da água, e diminuindo o escoamento superficial. Nessa ação, é muito importante a participação da vegetação herbácea e da manta orgânica, que normalmente recobrem o solo florestal, desempenhando papel fundamental na dissipação da energia das gotas das chuvas e na redução da velocidade de escoamento, o que contribui também para a diminuição de processos erosivos (LIMA, 1986) Para efeitos do presente trabalho, é importante qualificar o termo “bacia hidrográfica”, definido por Tucci (2002) e por Cardoso et al. (2006) como sendo uma área geográfica de captação natural da água da precipitação e que converge todos os escoamentos para um único ponto de saída ou exutório, sendo composta basicamente de um conjunto de superfícies de escoamento – vertentes – e de uma rede de drenagem formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito único no exutório. A Figura 02 traz a representação dessa definição. Outra definição é a de Lino e Dias (2003), que definem a bacia hidrográfica como toda a área de captação natural da água da chuva que escoa superficialmente para o rio ou um seu tributário, sendo que seus limites são definidos pelo relevo, considerando-se como divisores de água as cotas mais elevadas do terreno. Portanto, a depender do relevo, a bacia hidrográfica pode apresentar diferentes formas, variando de estreita e alongada a larga e curta. Destacam Salbego e Tucci (2003) que o conceito de bacia hidrográfica tem sido expandido e utilizado também como unidade de gestão da paisagem para fins de planejamento ambiental. Na perspectiva especial do estudo hidrológico, o conceito de bacia hidrográfica tem o significado de uma área definida topograficamente, constituindo um conjunto de terras drenadas por um curso de água ou um sistema conectado de cursos de água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada através de uma simples saída, denominada exutório (PACHECHENIK, 2004). 20

FIGURA 02 – Esquema representativo da Bacia Hidrográfica Fonte: CECÍLIO e REIS, 2006 Do ponto de vista físico, a bacia hidrográfica pode ser considerada ainda como um sistema, onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, sendo consideradas perdas intermediárias os volumes evaporados, transpirados e infiltrados profundamente (MENDIONDO e TUCCI, 1997; TUCCI, 2000; SALBEGO e TUCCI, 2003). Nessa perspectiva, portanto, a bacia hidrográfica transforma uma entrada concentrada no tempo (precipitação) em uma saída relativamente distribuída no tempo (escoamento) (COLLISCHONN, 2005). Além de ser uma área definida topograficamente, a bacia hidrográfica é também, dentro da natureza, uma estrutura relativamente simples, o que facilita a aplicação de modelos matemáticos para simulações em estudos de recursos hídricos (PACHECHENIK, 2004). Destacam ainda Cardoso et al. (2006), que na bacia hidrográfica os principais componentes – solo, água, vegetação e fauna – apresentam interação constante e dinâmica, apresentando resposta aos estímulos e interferências naturais e antrópicas, afetando os ecossistemas como um todo. Na bacia hidrográfica, os recursos hídricos são os indicadores primeiros das condições dos ecossistemas, demonstrando efeitos do desequilíbrio nas interações dos diversos componentes. 21

corretamente a partição da precipitação que chega à superfície, mesmo que os<br />

dados disponíveis sejam consi<strong>de</strong>rados apenas como indicadores.<br />

Na relação floresta-água, a cobertura florestal influi positivamente sobre a<br />

hidrologia do solo, melhorando os processos <strong>de</strong> infiltração, percolação e<br />

armazenamento da água, e diminuindo o escoamento superficial. Nessa ação, é<br />

muito importante a participação da vegetação herbácea e da manta orgânica, que<br />

normalmente recobrem o solo florestal, <strong>de</strong>sempenhando papel fundamental na<br />

dissipação da energia das gotas das chuvas e na redução da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escoamento, o que contribui também para a diminuição <strong>de</strong> processos erosivos<br />

(LIMA, 1986)<br />

Para efeitos do presente trabalho, é importante qualificar o termo “bacia<br />

hidrográfica”, <strong>de</strong>finido por Tucci (2002) e por Cardoso et al. (2006) como sendo uma<br />

área geográfica <strong>de</strong> captação natural da água da precipitação e que converge todos<br />

os escoamentos para um único ponto <strong>de</strong> saída ou exutório, sendo composta<br />

basicamente <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> superfícies <strong>de</strong> escoamento – vertentes – e <strong>de</strong> uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito<br />

único no exutório. A Figura 02 traz a representação <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>finição.<br />

Outra <strong>de</strong>finição é a <strong>de</strong> Lino e Dias (2003), que <strong>de</strong>finem a bacia hidrográfica<br />

como toda a área <strong>de</strong> captação natural da água da chuva que escoa superficialmente<br />

para o rio ou um seu tributário, sendo que seus limites são <strong>de</strong>finidos pelo relevo,<br />

consi<strong>de</strong>rando-se como divisores <strong>de</strong> água as cotas mais elevadas do terreno.<br />

Portanto, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do relevo, a bacia hidrográfica po<strong>de</strong> apresentar diferentes<br />

formas, variando <strong>de</strong> estreita e alongada a larga e curta.<br />

Destacam Salbego e Tucci (2003) que o conceito <strong>de</strong> bacia hidrográfica tem<br />

sido expandido e utilizado também como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão da paisagem para fins<br />

<strong>de</strong> planejamento ambiental.<br />

Na perspectiva especial do estudo hidrológico, o conceito <strong>de</strong> bacia<br />

hidrográfica tem o significado <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong>finida topograficamente, constituindo<br />

um conjunto <strong>de</strong> terras drenadas por um curso <strong>de</strong> água ou um sistema conectado <strong>de</strong><br />

cursos <strong>de</strong> água, tal que toda a vazão efluente seja <strong>de</strong>scarregada através <strong>de</strong> uma<br />

simples saída, <strong>de</strong>nominada exutório (PACHECHENIK, 2004).<br />

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