CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
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corretamente a partição da precipitação que chega à superfície, mesmo que os dados disponíveis sejam considerados apenas como indicadores. Na relação floresta-água, a cobertura florestal influi positivamente sobre a hidrologia do solo, melhorando os processos de infiltração, percolação e armazenamento da água, e diminuindo o escoamento superficial. Nessa ação, é muito importante a participação da vegetação herbácea e da manta orgânica, que normalmente recobrem o solo florestal, desempenhando papel fundamental na dissipação da energia das gotas das chuvas e na redução da velocidade de escoamento, o que contribui também para a diminuição de processos erosivos (LIMA, 1986) Para efeitos do presente trabalho, é importante qualificar o termo “bacia hidrográfica”, definido por Tucci (2002) e por Cardoso et al. (2006) como sendo uma área geográfica de captação natural da água da precipitação e que converge todos os escoamentos para um único ponto de saída ou exutório, sendo composta basicamente de um conjunto de superfícies de escoamento – vertentes – e de uma rede de drenagem formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito único no exutório. A Figura 02 traz a representação dessa definição. Outra definição é a de Lino e Dias (2003), que definem a bacia hidrográfica como toda a área de captação natural da água da chuva que escoa superficialmente para o rio ou um seu tributário, sendo que seus limites são definidos pelo relevo, considerando-se como divisores de água as cotas mais elevadas do terreno. Portanto, a depender do relevo, a bacia hidrográfica pode apresentar diferentes formas, variando de estreita e alongada a larga e curta. Destacam Salbego e Tucci (2003) que o conceito de bacia hidrográfica tem sido expandido e utilizado também como unidade de gestão da paisagem para fins de planejamento ambiental. Na perspectiva especial do estudo hidrológico, o conceito de bacia hidrográfica tem o significado de uma área definida topograficamente, constituindo um conjunto de terras drenadas por um curso de água ou um sistema conectado de cursos de água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada através de uma simples saída, denominada exutório (PACHECHENIK, 2004). 20
FIGURA 02 – Esquema representativo da Bacia Hidrográfica Fonte: CECÍLIO e REIS, 2006 Do ponto de vista físico, a bacia hidrográfica pode ser considerada ainda como um sistema, onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, sendo consideradas perdas intermediárias os volumes evaporados, transpirados e infiltrados profundamente (MENDIONDO e TUCCI, 1997; TUCCI, 2000; SALBEGO e TUCCI, 2003). Nessa perspectiva, portanto, a bacia hidrográfica transforma uma entrada concentrada no tempo (precipitação) em uma saída relativamente distribuída no tempo (escoamento) (COLLISCHONN, 2005). Além de ser uma área definida topograficamente, a bacia hidrográfica é também, dentro da natureza, uma estrutura relativamente simples, o que facilita a aplicação de modelos matemáticos para simulações em estudos de recursos hídricos (PACHECHENIK, 2004). Destacam ainda Cardoso et al. (2006), que na bacia hidrográfica os principais componentes – solo, água, vegetação e fauna – apresentam interação constante e dinâmica, apresentando resposta aos estímulos e interferências naturais e antrópicas, afetando os ecossistemas como um todo. Na bacia hidrográfica, os recursos hídricos são os indicadores primeiros das condições dos ecossistemas, demonstrando efeitos do desequilíbrio nas interações dos diversos componentes. 21
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corretamente a partição da precipitação que chega à superfície, mesmo que os<br />
dados disponíveis sejam consi<strong>de</strong>rados apenas como indicadores.<br />
Na relação floresta-água, a cobertura florestal influi positivamente sobre a<br />
hidrologia do solo, melhorando os processos <strong>de</strong> infiltração, percolação e<br />
armazenamento da água, e diminuindo o escoamento superficial. Nessa ação, é<br />
muito importante a participação da vegetação herbácea e da manta orgânica, que<br />
normalmente recobrem o solo florestal, <strong>de</strong>sempenhando papel fundamental na<br />
dissipação da energia das gotas das chuvas e na redução da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
escoamento, o que contribui também para a diminuição <strong>de</strong> processos erosivos<br />
(LIMA, 1986)<br />
Para efeitos do presente trabalho, é importante qualificar o termo “bacia<br />
hidrográfica”, <strong>de</strong>finido por Tucci (2002) e por Cardoso et al. (2006) como sendo uma<br />
área geográfica <strong>de</strong> captação natural da água da precipitação e que converge todos<br />
os escoamentos para um único ponto <strong>de</strong> saída ou exutório, sendo composta<br />
basicamente <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> superfícies <strong>de</strong> escoamento – vertentes – e <strong>de</strong> uma<br />
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único no exutório. A Figura 02 traz a representação <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>finição.<br />
Outra <strong>de</strong>finição é a <strong>de</strong> Lino e Dias (2003), que <strong>de</strong>finem a bacia hidrográfica<br />
como toda a área <strong>de</strong> captação natural da água da chuva que escoa superficialmente<br />
para o rio ou um seu tributário, sendo que seus limites são <strong>de</strong>finidos pelo relevo,<br />
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Portanto, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do relevo, a bacia hidrográfica po<strong>de</strong> apresentar diferentes<br />
formas, variando <strong>de</strong> estreita e alongada a larga e curta.<br />
Destacam Salbego e Tucci (2003) que o conceito <strong>de</strong> bacia hidrográfica tem<br />
sido expandido e utilizado também como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão da paisagem para fins<br />
<strong>de</strong> planejamento ambiental.<br />
Na perspectiva especial do estudo hidrológico, o conceito <strong>de</strong> bacia<br />
hidrográfica tem o significado <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong>finida topograficamente, constituindo<br />
um conjunto <strong>de</strong> terras drenadas por um curso <strong>de</strong> água ou um sistema conectado <strong>de</strong><br />
cursos <strong>de</strong> água, tal que toda a vazão efluente seja <strong>de</strong>scarregada através <strong>de</strong> uma<br />
simples saída, <strong>de</strong>nominada exutório (PACHECHENIK, 2004).<br />
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