CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...
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Portanto, os mananciais necessitam uma correta gerência, que respeite as<br />
condições naturais, econômicas e sociais das bacias que os suportam. A gestão dos<br />
recursos hídricos po<strong>de</strong> ser separada em duas vertentes:<br />
- a do Manejo <strong>de</strong> Bacias, que trata das inter-relações da água <strong>de</strong> chuva com os<br />
vários componentes da superfície, em especial o escoamento e infiltração e a<br />
erosão;<br />
- aquela que consi<strong>de</strong>ra e analisa a bacia hidrográfica em um imenso reservatório<br />
<strong>de</strong> água, que vai sendo repassada aos cursos d’água <strong>de</strong> maneira regular ao<br />
longo do ano (GOMES et al., 2003).<br />
Destacam esses autores que a primeira abordagem, em termos do produtor<br />
<strong>de</strong> água, é muito perversa, pois trata apenas daquilo que chega instantaneamente<br />
ao leito do rio, e que a segunda vertente é muito mais interessante para a<br />
socieda<strong>de</strong>. E se tenta remunerar o produtor <strong>de</strong> água apenas pela primeira<br />
abordagem, quando a segunda é muito mais essencial para a socieda<strong>de</strong> (GOMES et<br />
al., 2003).<br />
É cada vez mais urgente, portanto, mensurar, avaliar e monitorar o que<br />
acontece com a água <strong>de</strong> precipitação efetiva, aquela que chega à superfície do solo,<br />
objetivando contribuir para que se <strong>de</strong>senvolva uma forma efetiva <strong>de</strong> mensuração da<br />
produção <strong>de</strong> água, e que possibilite a proposta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e formas <strong>de</strong><br />
remuneração ao produtor <strong>de</strong> água, que não baseado exclusivamente em parâmetros<br />
<strong>de</strong> manejo e conservação <strong>de</strong> solos das áreas agriculturáveis, mas que consi<strong>de</strong>rem<br />
também as áreas florestais.<br />
Com isso concorda o pesquisador A<strong>de</strong>mar Ribeiro, que <strong>de</strong>staca existirem<br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mensuração dos parâmetros <strong>de</strong> “produção <strong>de</strong> água”, <strong>de</strong> seu<br />
monitoramento e mensuração (SMA, 2005).<br />
Essa percepção já era apresentada por Poggiani (1982), que alertava para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisas prioritárias sobre infiltração da água e sua percolação,<br />
sobre o armazenamento da água em áreas florestadas e sobre os reflexos das<br />
áreas florestais sobre a quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da água produzida. Ressaltava a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se acompanhar esses estudos na evolução <strong>de</strong> algumas bacias<br />
hidrográficas experimentais, analisando as conseqüências do seu manejo sobre o<br />
regime hídrico.<br />
Nesse mesmo sentido, outros autores <strong>de</strong>stacam que medições in situ são <strong>de</strong><br />
elevada importância na caracterização dos dados necessários para se estudar os<br />
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