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Nesse mesmo sentido, Tucci, Hespanhol e Cordeiro Netto (2003) colocam que existe uma identificação de três possíveis cenários de futuro, no que se refere ao uso da água, que são cenários evolutivos: • o primeiro representa uma simples reprodução no futuro da atual situação de uso e aproveitamento da água; • o segundo cenário apresenta uma abordagem do recurso hídrico como bem econômico, e se mostra como solução rápida aos problemas associados a um ineficiente aproveitamento da água; • o terceiro cenário engloba objetivos coletivos de uso e aproveitamento da água, considerando valores sociais e de qualidade de vida. Em parte é uma reação ao cenário anterior, em que a gestão da água se processaria priorizando-se as condicionantes econômicas, financeiras e tecnológicas. Vários organismos internacionais têm destacado que a questão água deve ser tratada junto com o uso da terra. Nessa ótica, é provável que decisões sobre os usos da terra e da água em uma parte de uma bacia hidrográfica, signifiquem oportunidades ou limitações para os usuários em outra parte dessa bacia. Isso se constitui em argumento a favor de um planejamento integrado, em nível de bacia hidrográfica, de modo a se garantir um uso equânime e sustentável do recurso água (BANCO MUNDIAL, 1992). No Brasil, em função das dimensões do país, a variabilidade climática anual e sazonal, e a variabilidade da terra e da paisagem, em todo o território brasileiro, são significativas. Essa variabilidade, que deve ser considerada em todos os planejamentos, é a condicionante maior dos recursos hídricos, constituindo-se, para as atividades socioeconômicas, importante fator de sustentabilidade. É também mais um argumento a favor do planejamento integrado em bacias hidrográficas (TUCCI, HESPANHOL e CORDEIRO NETTO, 2003). A legislação brasileira sobre águas, já considera a bacia hidrográfica como a unidade de planejamento para a gestão dos recursos hídricos, englobando nesse planejamento a formação hidrogeológica. Na bacia hidrográfica fica mais fácil fazer- se o contraponto entre disponibilidades e demandas, fundamentais para o balanço hídrico (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002; GOMES et al., 2003). Portanto, para se garantir a manutenção do desenvolvimento sustentável, considerando-se a bacia hidrográfica como a base para o planejamento, deve-se buscar o equilíbrio entre as ações voltadas para o crescimento socioeconômico e a 2

preservação ambiental. A necessidade de utilização das águas e a sua relativa escassez tornam o conhecimento de parâmetros hidrológicos de fundamental importância para o seu gerenciamento adequado, visando minimizar as restrições e os conflitos pelo seu uso (SETTI et al., 2001; ALENCAR, SILVA e OLIVEIRA, 2006). Fica evidenciado que, para gerir adequadamente um recurso, em especial um tão essencial e restrito como a água, de modo a permitir um correto planejamento, é imprescindível conhecê-lo a fundo. São necessários estudos e desenvolvimento de sistemas, ferramentas, equipamentos e modelos matemáticos que possam dar suporte aos processos de tomada de decisão, em especial sobre a disponibilidade hídrica, vazões outorgáveis e captação de água (RORIZ, MENDONÇA e TEIXEIRA, 2001; MAGALHÃES, 2005). Existe, portanto, a peremptória necessidade da busca do conhecimento dessa área vital e sensível. No que se refere a busca do conhecimento, é importante lembrar que é a partir da busca sistematizada do conhecimento científico, sobre uma dada coisa, fato, ou atividade, que se cria o saber, e este, como conseqüência direta, permite a transformação do conhecimento em aprendizado, em práxis, e contribui para que se evite o erro da falta de planejamento ou do planejamento errado (MEDEIROS et al., 2005). Sem sombra de dúvida, a questão do conhecimento e do planejamento da utilização dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas, em especial os da água superficial e da água subterrânea, passa também pelo ambiente florestal, entendido aqui como as florestas naturais, em diversos estágios de preservação e os diversos tipos de reflorestamento. O ambiente florestal é onde se potencializam as possibilidades de captação de água na natureza, sendo a verdadeira “caixa de água” das minas, nascentes, rios e reservatórios de água subterrânea. Em decorrência, conhecer e mensurar os processos de superfície que ocorrem a partir da água de precipitação, nos ambientes florestais, é fundamental para a correta gestão dos recursos hídricos. Para essa gestão, o conhecimento, transformado em saber, deve suprir as respostas de quanto, como, onde e quando, a água pode ser obtida e, em conseqüência, pode ser utilizada (MEDEIROS et al., 2005). A precipitação é variável primeira a ser considerada em qualquer estudo sobre a água em ambientes da natureza, pois é a fonte que abastece todos os reservatórios, incluso aí o solo e o subsolo (MEDEIROS et al., 2005). 3

preservação ambiental. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização das águas e a sua relativa<br />

escassez tornam o conhecimento <strong>de</strong> parâmetros hidrológicos <strong>de</strong> fundamental<br />

importância para o seu gerenciamento a<strong>de</strong>quado, visando minimizar as restrições e<br />

os conflitos pelo seu uso (SETTI et al., 2001; ALENCAR, SILVA e OLIVEIRA, 2006).<br />

Fica evi<strong>de</strong>nciado que, para gerir a<strong>de</strong>quadamente um recurso, em especial um<br />

tão essencial e restrito como a água, <strong>de</strong> modo a permitir um correto planejamento, é<br />

imprescindível conhecê-lo a fundo. São necessários estudos e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

sistemas, ferramentas, equipamentos e mo<strong>de</strong>los matemáticos que possam dar<br />

suporte aos processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, em especial sobre a disponibilida<strong>de</strong><br />

hídrica, vazões outorgáveis e captação <strong>de</strong> água (RORIZ, MENDONÇA e TEIXEIRA,<br />

2001; MAGALHÃES, 2005). Existe, portanto, a peremptória necessida<strong>de</strong> da busca<br />

do conhecimento <strong>de</strong>ssa área vital e sensível.<br />

No que se refere a busca do conhecimento, é importante lembrar que é a<br />

partir da busca sistematizada do conhecimento científico, sobre uma dada coisa,<br />

fato, ou ativida<strong>de</strong>, que se cria o saber, e este, como conseqüência direta, permite a<br />

transformação do conhecimento em aprendizado, em práxis, e contribui para que se<br />

evite o erro da falta <strong>de</strong> planejamento ou do planejamento errado (MEDEIROS et al.,<br />

2005).<br />

Sem sombra <strong>de</strong> dúvida, a questão do conhecimento e do planejamento da<br />

utilização dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas, em especial os da água<br />

superficial e da água subterrânea, passa também pelo ambiente florestal, entendido<br />

aqui como as florestas naturais, em diversos estágios <strong>de</strong> preservação e os diversos<br />

tipos <strong>de</strong> reflorestamento.<br />

O ambiente florestal é on<strong>de</strong> se potencializam as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> captação<br />

<strong>de</strong> água na natureza, sendo a verda<strong>de</strong>ira “caixa <strong>de</strong> água” das minas, nascentes, rios<br />

e reservatórios <strong>de</strong> água subterrânea. Em <strong>de</strong>corrência, conhecer e mensurar os<br />

processos <strong>de</strong> superfície que ocorrem a partir da água <strong>de</strong> precipitação, nos<br />

ambientes florestais, é fundamental para a correta gestão dos recursos hídricos.<br />

Para essa gestão, o conhecimento, transformado em saber, <strong>de</strong>ve suprir as<br />

respostas <strong>de</strong> quanto, como, on<strong>de</strong> e quando, a água po<strong>de</strong> ser obtida e, em<br />

conseqüência, po<strong>de</strong> ser utilizada (MEDEIROS et al., 2005).<br />

A precipitação é variável primeira a ser consi<strong>de</strong>rada em qualquer estudo<br />

sobre a água em ambientes da natureza, pois é a fonte que abastece todos os<br />

reservatórios, incluso aí o solo e o subsolo (MEDEIROS et al., 2005).<br />

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