CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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de vegetação em condições semelhantes às encontradas neste estudo (ARACRUZ, 1996; LIMA, 2004; SCHEER, 2006), o que pode ser indicativo da correta sensibilidade do método utilizado para as condições em que foi realizado este estudo. Fica evidenciado que quanto menor a precipitação, maior percentualmente é a interceptação. No que se refere às condições deste estudo em especial, ocorreram muitas chuvas de baixa intensidade e lâminas pequenas, o que provoca uma distorção nas médias de percentagem de interceptação, sendo, portanto, mais apropriado considerar-se as médias e máximas de lâminas interceptadas (em mm). A interceptação máxima na Floresta Ombrófila Mista (Tratamentos 1 e 2) mostrou-se superior a interceptação máxima observada no reflorestamento de Pinus (Tratamentos 4 e 5) em percentuais que variam de 26% a 33%, sendo, em média 29% maior, o que está coerente com a arquitetura de copa do pinus e heterogeneidade da copa da Floresta Ombrófila Mista. No entanto, a lâmina média interceptada varia, em média, em apenas 6,5% para mais na Floresta Ombrófila Mista, o que indica, em tese, que para baixas precipitações, as interceptações comportam-se de maneira muito semelhante nos dois tipos de cobertura vegetal estudadas. Isso pode ser observado na Tabela 10 abaixo, que mostra o comportamento da lâmina interceptada (média de 4 repetições) para as cinco menores precipitações ocorridas. TABELA 10 – Interceptação para as cinco menores precipitações medidas pela PCD PCD Trat. 1 Trat. 2 Trat. 4 Trat. 5 (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) 1,3 0,4 0,6 0,4 0,3 2,0 0,6 0,8 0,5 0,4 3,5 0,8 1,1 0,7 0,6 5,0 0,8 1,2 0,8 0,7 5,6 1,0 1,1 0,8 0,9 É importante destacar que, para se evitar os problemas com orografia e com valores de interceptações negativos, em estudos futuros, semelhantes a este, sugere-se os pluviômetros/pluviógrafos sejam instalados imediatamente acima do 130

dossel florestal, nos pontos onde estão instalados, sob o dossel, os pluviômetros captadores da precipitação interna, o que daria maior acuracidade aos estudos realizados. No entanto, essa alternativa apresenta custo muito elevado e dificuldades operacionais muitas vezes intransponíveis, sendo necessário pesar a relação custo/benefício, pois a metodologia utilizada neste estudo revelou-se consistente, sensível e aplicável à maior parte das necessidades de estudos de hidrologia florestal neste segmento específico. 4.2 EXPERIMENTO 2 - INFILTRÔMETROS Neste experimento, foi testada a utilização, em ambientes florestais, do Infiltrômetro de Anéis Concêntricos, que é considerado como aplicação padrão para determinação da Taxa de Infiltração Constante – TIC, juntamente com um equipamento alternativo, um infiltrômetro retangular duplo, de menor tamanho, peso e consumo de água por determinação. As determinações ocorreram em três locais, conforme descrito no item Materiais e Métodos, sendo a determinação 1 realizada o local 4, a determinação 2 realizada no local 1 e a determinação 3 realizada em uma área próxima ao local 3 (ver Figura 29). Os Quadros 07, 08 e 09 apresentam os dados das medições referentes a determinação da Taxa de Infiltração Constante – TIC, pelo uso do Infiltrômetro de Anéis Concêntricos e do Infiltrômetro retangular duplo, conforme descrito anteriormente no item Material e Métodos. Em cada determinação eram realizadas duas medições, sendo que a medição 1 era realizada com os dois equipamentos próximos e condução simultânea e a medição 2 consistia na inversão dos equipamentos, um ocupando exatamente o local anterior do outro e reiniciando-se as medições. O Quadro 10 apresenta a comparação das Taxas de Infiltração Constante – TIC, de modo a possibilitar a visualização das diferenças apresentadas por esses valores. Embora o objetivo não fosse o de estabelecer comparações estatísticas entre os equipamentos e entre áreas (tratamentos), percebe-se que ambos os 131

<strong>de</strong> vegetação em condições semelhantes às encontradas neste estudo (ARACRUZ,<br />

1996; LIMA, 2004; SCHEER, 2006), o que po<strong>de</strong> ser indicativo da correta<br />

sensibilida<strong>de</strong> do método utilizado para as condições em que foi realizado este<br />

estudo.<br />

Fica evi<strong>de</strong>nciado que quanto menor a precipitação, maior percentualmente é<br />

a interceptação. No que se refere às condições <strong>de</strong>ste estudo em especial, ocorreram<br />

muitas chuvas <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> e lâminas pequenas, o que provoca uma<br />

distorção nas médias <strong>de</strong> percentagem <strong>de</strong> interceptação, sendo, portanto, mais<br />

apropriado consi<strong>de</strong>rar-se as médias e máximas <strong>de</strong> lâminas interceptadas (em mm).<br />

A interceptação máxima na Floresta Ombrófila Mista (Tratamentos 1 e 2)<br />

mostrou-se superior a interceptação máxima observada no reflorestamento <strong>de</strong> Pinus<br />

(Tratamentos 4 e 5) em percentuais que variam <strong>de</strong> 26% a 33%, sendo, em média<br />

29% maior, o que está coerente com a arquitetura <strong>de</strong> copa do pinus e<br />

heterogeneida<strong>de</strong> da copa da Floresta Ombrófila Mista.<br />

No entanto, a lâmina média interceptada varia, em média, em apenas 6,5%<br />

para mais na Floresta Ombrófila Mista, o que indica, em tese, que para baixas<br />

precipitações, as interceptações comportam-se <strong>de</strong> maneira muito semelhante nos<br />

dois tipos <strong>de</strong> cobertura vegetal estudadas. Isso po<strong>de</strong> ser observado na Tabela 10<br />

abaixo, que mostra o comportamento da lâmina interceptada (média <strong>de</strong> 4 repetições)<br />

para as cinco menores precipitações ocorridas.<br />

TABELA 10 – Interceptação para as cinco menores precipitações medidas<br />

pela PCD<br />

PCD Trat. 1 Trat. 2 Trat. 4 Trat. 5<br />

(mm)<br />

(mm)<br />

(mm)<br />

(mm)<br />

(mm)<br />

1,3 0,4 0,6 0,4 0,3<br />

2,0 0,6 0,8 0,5 0,4<br />

3,5 0,8 1,1 0,7 0,6<br />

5,0 0,8 1,2 0,8 0,7<br />

5,6 1,0 1,1 0,8 0,9<br />

É importante <strong>de</strong>stacar que, para se evitar os problemas com orografia e com<br />

valores <strong>de</strong> interceptações negativos, em estudos futuros, semelhantes a este,<br />

sugere-se os pluviômetros/pluviógrafos sejam instalados imediatamente acima do<br />

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