CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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Fica evidenciado que o Tratamento 3 (testemunha), por ter propiciado maior escoamento superficial, em função da ausência de cobertura vegetal (viva e morta), diferencia-se significativamente dos demais tratamentos. Os demais tratamentos não se diferenciam entre si, possivelmente por que a presença das copas (dossel) e de serapilheira produz efeitos de proteção muito semelhantes, reduzindo o escoamento superficial e, em decorrência, aumentando a infiltração de água no solo. A metodologia utilizada tem sensibilidade suficiente para mensurar as variações demonstradas, nas condições em que este estudo foi realizado, sendo que os dados obtidos indicam consistência de resultados, o que está de acordo com o apresentado com diversos autores (COSTA et al.,1999; FABIAN E OTTONI FILHO, 2000; PEREIRA, 2000; OLIVEIRA et al.,2000; FRANCO et al.,2002; CASSOL et al., 2004, BERTOL, 2003, PANACHUKI et al., 2006) de que calhas coletoras de pequeno porte apresentam viabilidade de aplicação nos estudo dos fenômenos pontuais de hidrologia de superfície. D.3 - Percentagem de escoamento A Tabela 03 mostra o percentual máximo e médio de escoamento superficial ocorrida em cada tratamento. Esse percentual é calculado sobre a lâmina precipitada diretamente na mesa coletora, medida pelos pluviômetros em cada tratamento e repetição. A coluna pluviometria mostra a média das precipitações ocorridas em cada tratamento, durante todo o transcorrer do estudo. TABELA 03 – Escoamento superficial em porcentagem em cada tratamento Trat. Pluviometria (mm) Escoamento médio % Escoamento máximo Trat. 1 20,8 11,5 25,9 Trat. 2 21,0 10,8 30,7 Trat. 3 21,9 22,9 50,7 Trat. 4 20,5 11,1 31,0 Trat. 5 20,7 10,5 27,8 Média 20,9 13,4 33,2 % 112

Evidencia-se que no Tratamento 3, com solo desprotegido de vegetação rasteira e sem dossel para interceptação e amortecimento da pluviosidade, o escoamento médio foi o cerca de 100% maior que os dos demais tratamentos, sendo que o escoamento máximo superou aos demais tratamentos com valores entre 63% e 95% maiores. O máximo escoamento observado no tratamento 3, que foi de 50,7%, representou um perda equivalente a metade de uma precipitação ocorrida, que foi de 55,5 mm, ocorrida no dia 23 de novembro de 2006. Apresenta-se a seguir algumas comparações entre as percentagens de água escoada, em função das precipitações medidas na PCD e nos pluviômetros de cada tratamento (Figura 47). O eixo X representa os dados pluviométricos da PCD, e o eixo Y representa o percentual dessa precipitação que se transformou em escoamento. Os dados observados estão coerentes com o tipo de cobertura vegetal (dossel) e com a cobertura morta (serapilheira), e mostram que os equipamentos utilizados têm sensibilidade para as situações apresentadas neste estudo. Todos os dados analisados mostram consistência com as precipitações ocorridas e estão de acordo com dados apresentados, de estudos em condições similares, por autores como Mendes et al. (1992), Silva et al. (2001), Borges et al. (2005) e outros. E – INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO A infiltração de água no solo é calculada, neste estudo, pela diferença entre o volume de água que a mesa coletora capta em cada precipitação (precipitação medida pelos pluviômetros) e o volume de água que chega ao tambor. Foram realizadas as análises de regressão, para verificação se os dados de infiltração guardam relação com a precipitação em cada tratamento. Para permitir uma melhor análise, depois de realizada uma regressão única por tratamento (curva geral) , essa análise foi realizada novamente por grupo de chuva (leve, média ou pesada). Inicialmente, na Tabela 04, são apresentados os parâmetros da regressão entre os pluviômetros (eixo X) e a lâmina de água infiltrada (eixo Y) e depois as plotagens dos pontos e da curva ajustada. As figuras 48 a 52 apresentam a plotagem das curvas. 113

Fica evi<strong>de</strong>nciado que o Tratamento 3 (testemunha), por ter propiciado maior<br />

escoamento superficial, em função da ausência <strong>de</strong> cobertura vegetal (viva e morta),<br />

diferencia-se significativamente dos <strong>de</strong>mais tratamentos. Os <strong>de</strong>mais tratamentos não<br />

se diferenciam entre si, possivelmente por que a presença das copas (dossel) e <strong>de</strong><br />

serapilheira produz efeitos <strong>de</strong> proteção muito semelhantes, reduzindo o escoamento<br />

superficial e, em <strong>de</strong>corrência, aumentando a infiltração <strong>de</strong> água no solo.<br />

A metodologia utilizada tem sensibilida<strong>de</strong> suficiente para mensurar as<br />

variações <strong>de</strong>monstradas, nas condições em que este estudo foi realizado, sendo<br />

que os dados obtidos indicam consistência <strong>de</strong> resultados, o que está <strong>de</strong> acordo com<br />

o apresentado com diversos autores (COSTA et al.,1999; FABIAN E OTTONI<br />

FILHO, 2000; PEREIRA, 2000; OLIVEIRA et al.,2000; FRANCO et al.,2002;<br />

CASSOL et al., 2004, BERTOL, 2003, PANACHUKI et al., 2006) <strong>de</strong> que calhas<br />

coletoras <strong>de</strong> pequeno porte apresentam viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação nos estudo dos<br />

fenômenos pontuais <strong>de</strong> hidrologia <strong>de</strong> superfície.<br />

D.3 - Percentagem <strong>de</strong> escoamento<br />

A Tabela 03 mostra o percentual máximo e médio <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

ocorrida em cada tratamento. Esse percentual é calculado sobre a lâmina<br />

precipitada diretamente na mesa coletora, medida pelos pluviômetros em cada<br />

tratamento e repetição. A coluna pluviometria mostra a média das precipitações<br />

ocorridas em cada tratamento, durante todo o transcorrer do estudo.<br />

TABELA 03 – Escoamento superficial em porcentagem em cada tratamento<br />

Trat. Pluviometria<br />

(mm)<br />

Escoamento médio<br />

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Escoamento máximo<br />

Trat. 1 20,8 11,5 25,9<br />

Trat. 2 21,0 10,8 30,7<br />

Trat. 3 21,9 22,9 50,7<br />

Trat. 4 20,5 11,1 31,0<br />

Trat. 5 20,7 10,5 27,8<br />

Média 20,9 13,4 33,2<br />

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