Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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analisando Croton urucurana, também <strong>em</strong> ambiente fluvial, com menores valores <strong>de</strong><br />
frequência <strong>de</strong> vasos <strong>em</strong> solo sujeito ao déficit hídrico, <strong>em</strong> contraste com solo sujeito<br />
ao alagamento.<br />
Nota-se que ocorr<strong>em</strong> respostas diferenciadas das espécies, quando<br />
consi<strong>de</strong>rado o grau <strong>de</strong> hidromorfia dos solos amostrados, <strong>em</strong> diversas das variáveis<br />
analisadas (CF, LR, AGV, FV). Em S. commersoniana ocorr<strong>em</strong> respostas<br />
s<strong>em</strong>elhantes <strong>em</strong> substrato não-hidromórfico (Depósito Psamítico) e solo hidromórfico<br />
(Gleissolo Melânico), que pod<strong>em</strong> ocorrer <strong>em</strong> função <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> seca fisiológica<br />
nesta última unida<strong>de</strong> pedológica.<br />
KOLB et al. (1998) observaram redução no diâmetro dos vasos <strong>em</strong> raízes<br />
principais e secundárias <strong>de</strong> plantas jovens <strong>de</strong> S. commersoniana submetidas ao<br />
alagamento por 60 dias, quando comparadas às plantas crescendo <strong>em</strong> substrato<br />
mantido sob capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo. A mesma tendência ocorreu na base <strong>de</strong> caules<br />
<strong>de</strong> Chorisia speciosa submetidas ao alagamento por 45 dias (BIANCHINI et al.,<br />
2000). Nesses trabalhos, os autores suger<strong>em</strong> que o menor diâmetro dos vasos<br />
po<strong>de</strong>ria proporcionar maior segurança contra a cavitação, consi<strong>de</strong>rando-se que, sob<br />
inundação, a absorção <strong>de</strong> água do solo pela planta é reduzida, <strong>de</strong>vido à condição<br />
anóxica, po<strong>de</strong>ndo levar ao estresse hídrico (seca fisiológica).<br />
A eficiência das espécies hidrófitas está normalmente associada a<br />
adaptações morfofuncionais e fisiológicas que permit<strong>em</strong> superar os efeitos da<br />
inundação (LOBO & JOLY, 1998; KOLB et al., 1998; PIMENTA et al. 1998;<br />
BARDDAL, 2006). Em conjunto com tais adaptações, a estrutura anatômica do<br />
xil<strong>em</strong>a secundário <strong>de</strong>stas espécies possibilita alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução hídrica,<br />
<strong>em</strong> condições <strong>em</strong> que a maioria das espécies arbóreas não sobreviveria ou não teria<br />
condições <strong>de</strong> competir. Um sist<strong>em</strong>a condutivo eficiente t<strong>em</strong>, porém, um custo <strong>em</strong><br />
termos <strong>de</strong> segurança (ZIMMERMANN, 1982; CARLQUIST, 2001).<br />
De acordo com MARQUES (2003), para a compreensão da estrutura da<br />
floresta hidrófita <strong>de</strong>ve-se avaliar a contribuição <strong>de</strong> cada espécie levando <strong>em</strong> conta<br />
suas exigências pedológicas. Enquanto espécies generalistas e espécies mesófilas<br />
aumentam a riqueza da floresta, as poucas espécies tolerantes ao solo hidromórfico<br />
são importantes principalmente na <strong>de</strong>finição da dominância e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. Este é o<br />
caso <strong>de</strong> C. brasiliense, T. guianensis e Tabebuia cassinoi<strong>de</strong>s Nos solos<br />
hidromórficos da Floresta Ombrófila Densa, e <strong>de</strong> S. commersoniana, E. crista-galli, e<br />
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