Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Apesar <strong>de</strong> frequent<strong>em</strong>ente ocorrer congruência no comportamento<br />
ecofisiológico e funcional <strong>de</strong> espécies com preferências ecológicas s<strong>em</strong>elhantes<br />
(ACKERLY et al., 2000), os vegetais exib<strong>em</strong> enorme diversida<strong>de</strong> nesses aspectos.<br />
Mesmo entre espécies crescendo <strong>em</strong> condições similares, variações nas respostas<br />
anatômicas às condições ecológicas pod<strong>em</strong> ocorrer, dada a gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
estratégias adaptativas <strong>de</strong>senvolvidas ao longo da evolução (CARLQUIST, 2001).<br />
Além disso, espécies ocorrendo <strong>em</strong> um mesmo local pod<strong>em</strong> ocupar nichos<br />
ecológicos distintos, mais ou menos amplos, sobrepostos ou não (GILLER, 1984).<br />
Como ex<strong>em</strong>plos, pod<strong>em</strong>os citar C. brasiliense e I. theezans, na planície litorânea, e<br />
E. crista-galli, S. commersoniana e Myrciaria tenella, na Floresta Ombrófila Mista<br />
Aluvial. Em função disso, a simplificação das variáveis ambientais <strong>em</strong> termos macro-<br />
climáticos (e.g.: precipitação, evapotranspiração potencial, t<strong>em</strong>peratura média etc.)<br />
e/ou geográficos (latitu<strong>de</strong> e altitu<strong>de</strong>), po<strong>de</strong> ofuscar as respostas das espécies aos<br />
fatores microclimáticos e edáficos, que pod<strong>em</strong> atuar mais diretamente sobre elas.<br />
Isto po<strong>de</strong>ria, <strong>em</strong> parte, explicar a ausência <strong>de</strong> correlação entre variáveis<br />
anatômicas e fatores macroclimáticos e/ou geográficos, como constatado por LENS<br />
et al. (2003), FISHER et al. (2007) e TERRAZAS et al. (2008). O uso impreciso da<br />
altitu<strong>de</strong> e da latitu<strong>de</strong> como indicadores <strong>de</strong> variações ambientais po<strong>de</strong> dificultar a<br />
interpretação dos resultados <strong>de</strong> estudos comparativos (FISHER et al., 2007).<br />
Atualmente, a crescente disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados sobre as regiões tropicais e<br />
subtropicais, e a maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão da informação <strong>em</strong> nível global,<br />
permit<strong>em</strong> que os estudos <strong>de</strong> morfologia funcional cont<strong>em</strong>pl<strong>em</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />
espécies. No entanto, a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nichos ocupados pelas espécies lenhosas e<br />
a gran<strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong> ambiental <strong>de</strong> tais regiões (MAACK, 1968; WALTER,<br />
1986; RODERJAN et al., 2002; AB’SABER, 2003), implicam na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
investigações <strong>em</strong> nível local, que partam <strong>de</strong> uma compartimentação a<strong>de</strong>quada dos<br />
ambientes, e do conhecimento acerca da auto-ecologia das espécies.<br />
Uma das formas <strong>de</strong> se atingir tal objetivo é a seleção <strong>de</strong> espécies<br />
dominantes, <strong>em</strong> ambientes cujas características pedológicas, microclimáticas e<br />
fitossociológicas sejam razoavelmente b<strong>em</strong> conhecidas. A discriminação das<br />
espécies quanto à amplitu<strong>de</strong> dos nichos que ocupam, também po<strong>de</strong> contribuir para<br />
uma intepretação mais acurada das respostas morfofuncionais aos fatores<br />
ecológicos. O estudo <strong>de</strong> variações intra-específicas, <strong>em</strong> resposta às condições<br />
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