Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Vasos <strong>de</strong> maior diâmetro têm maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução hidráulica<br />
(ZIMMERMANN, 1983; SPERRY, 2003; MAUSETH & STEVENSON, 2004), sendo a<br />
condutância hídrica proporcional à quarta potência <strong>de</strong> seu raio (ZIMMERMANN,<br />
1983). No entanto, a maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução t<strong>em</strong> um preço, <strong>em</strong> termos<br />
funcionais. Sist<strong>em</strong>as condutores com maior porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> vasos largos, <strong>em</strong>bora<br />
menos resistentes ao fluxo hídrico, são mais suscetíveis à cavitação, quando<br />
comparados aos sist<strong>em</strong>as com maior percentual <strong>de</strong> vasos <strong>de</strong> pequeno diâmetro<br />
(MAUSETH & STEVENSON, 2004; CARLQUIST, 2001).<br />
A frequência <strong>de</strong> vasos também é uma medida extr<strong>em</strong>amente sensível <strong>de</strong><br />
mesomorfia e xeromorfia. Valores acima <strong>de</strong> 100 vasos/mm 2 , consi<strong>de</strong>rados altos, são<br />
típicos <strong>de</strong> espécies xerófilas, enquanto que baixas frequências normalmente<br />
ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> espécies <strong>de</strong> florestas tropicais úmidas (CARLQUIST, 2001). Segundo<br />
ZIMMERMANN (1974, 1982, 1983), isso ocorre porque maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> vasos resulta <strong>em</strong> maior segurança do xil<strong>em</strong>a, servindo como um<br />
importante fator <strong>de</strong> redundância do sist<strong>em</strong>a condutivo e tendo, portanto, valor<br />
adaptativo para plantas sujeitas ao déficit hídrico.<br />
Constatou-se uma correlação negativa entre diâmetro e frequência <strong>de</strong> vasos<br />
(DV x FV) para as espécies estudadas (Figura 03). Entre vários ajustes testados, o<br />
que melhor <strong>de</strong>screve tal relação é o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> potência: FV=97414.DV -2.323 (com<br />
r=0.85 e erro padrão=25.33)<br />
FIGURA 03 – Correlação entre diâmetro <strong>de</strong> vasos e frequência <strong>de</strong> vasos do xil<strong>em</strong>a secundário <strong>de</strong> espécies<br />
amostradas nas Florestas Ombrófilas Densa e Mista, no estado do Paraná. DV: diâmetro <strong>de</strong> vaso; FV: frequência<br />
<strong>de</strong> vasos; Log FV: logarítmo <strong>de</strong> FV.<br />
Esta relação negativa DV x FV é um padrão i<strong>de</strong>ntificado tanto <strong>em</strong> floras<br />
amplas (CARLQUIST, 1975; MARTÍNEZ-CABRERA et al., 2009; ZANNE et al.,<br />
2010; MARTÍNEZ-CABRERA et al., 2011; FICHTLER e WORBES, 2012), quanto <strong>em</strong><br />
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