Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Consi<strong>de</strong>rando o comprimento das fibras (CF) e a espessura da pare<strong>de</strong> das<br />
mesmas (EPF), é provável que as espécies do Grupo A possuam xil<strong>em</strong>a com maior<br />
resistência mecânica, uma vez que fibras mais longas tend<strong>em</strong> a ser mais resistentes<br />
(CARLQUIST, 2001) e pare<strong>de</strong>s mais espessas e mais lignificadas proporcionam<br />
maior rigi<strong>de</strong>z à ma<strong>de</strong>ira (NIKLAS et al., 2000). No entanto, no presente trabalho não<br />
foi possível <strong>de</strong>finir uma tendência clara quanto a estes aspectos, uma vez que a<br />
resistência mecânica irá <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> outros fatores não investigados a fundo neste<br />
trabalho (e.g.: <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira, porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> parênquima axial e radial,<br />
etc.).<br />
Ao contrário das variáveis relacionadas às fibras, as tendências relacionadas<br />
às características <strong>de</strong> vasos (Tabela 6) são mais <strong>de</strong>talhadamente discutidas, <strong>em</strong><br />
função da gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados disponíveis <strong>em</strong> vasta literatura.<br />
Nota-se que as variações no comprimento <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> vaso, com<br />
menores valores <strong>em</strong> espécies <strong>de</strong> solo hidromórfico, difer<strong>em</strong> do que é normalmente<br />
relatado na literatura. Segundo CARLQUIST (1975), o valor <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> vaso<br />
mais curtos está relacionado à maior resistência estrutural às fortes pressões<br />
negativas, às quais po<strong>de</strong> estar sujeito o xil<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas espécies. Outros<br />
fatores também pod<strong>em</strong> afetar tal resistência, como, por ex<strong>em</strong>plo, a relação da<br />
espessura da pare<strong>de</strong> do vaso com o diâmetro <strong>de</strong> seu lume e as características da<br />
matriz do xil<strong>em</strong>a que envolve os vasos (JACOBSEN et al., 2007). El<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> vaso<br />
mais curtos também pod<strong>em</strong> isolar melhor bolhas <strong>de</strong> ar <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> cavitação, tendo,<br />
portanto, valor adaptativo <strong>em</strong> situações <strong>de</strong> ari<strong>de</strong>z, enquanto que el<strong>em</strong>entos<br />
vasculares mais longos são correlacionados com sítios mésicos (CARLQUIST, 2001)<br />
e com espécies higrófilas (BAAS et al., 1983).<br />
Por outro lado, os altos valores <strong>de</strong> diâmetro <strong>de</strong> vaso (DV) e baixos valores <strong>de</strong><br />
frequência <strong>de</strong> vasos (FV) nas espécies típicas <strong>de</strong> solos hidromórficos têm<br />
importantes implicações funcionais e se aproximam dos valores observados <strong>em</strong><br />
diversas outras espécies adaptadas a esta condição, tais como Croton urucurana<br />
(LUCHI, 2004); Annona glabra (YÁÑEZ-ESPINOSA & TERRAZAS, 2001);<br />
Citharexylum myrianthum e Pera glabrata (BARROS et al., 2001).<br />
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