Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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megapotamica e Matayba elaeagnoi<strong>de</strong>s). Ocorre também uma aproximação das<br />
espécies <strong>de</strong> mesmo gênero (Weinmannia sp., Ilex sp., e Tabebuia sp.), indicando<br />
possível influência filogenética no agrupamento das espécies estudadas.<br />
Ainda que seja pequeno o número <strong>de</strong> espécies aqui estudadas para uma<br />
extrapolação <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> flora, as tendências observadas neste estudo pod<strong>em</strong> ser<br />
plausivelmente discutidas <strong>em</strong> termos funcionais, consi<strong>de</strong>rando o papel chave que<br />
diversas <strong>de</strong>ssas espécies exerc<strong>em</strong> nos ecossist<strong>em</strong>as <strong>em</strong> que ocorr<strong>em</strong>.<br />
As espécies do Grupo A apresentam <strong>em</strong> geral maiores valores <strong>de</strong> CF, LF,<br />
EPF, AR, CEV e FV, enquanto as do Grupo B têm, <strong>em</strong> média, menores valores para<br />
estas características e maiores valores <strong>de</strong> DV (Tabela 5).<br />
TABELA 05 – Variáveis anatômicas do xil<strong>em</strong>a (média ± <strong>de</strong>svio padrão) <strong>de</strong> espécies amostradas <strong>em</strong><br />
diferentes áreas do estado do Paraná.<br />
Grupo A Grupo B Geral<br />
Média ± s Média ± s Média<br />
Agrupamento <strong>de</strong> vasos – AGV 1,82 ± 0,46 a 1,61 ± 0,39 a 1,72<br />
Porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> área <strong>de</strong> vasos - %AV 14,58 ± 4,37 a 11,67 ± 4,74 a 13,12<br />
Diâmetro <strong>de</strong> vaso - DV (µm) 51,26 ± 15,84 b 96,00 ± 50,88 a 73,63<br />
Frequencia <strong>de</strong> vasos - FV (vasos.mm -1 ) 88,97 ± 53,34 a 27,93 ± 24,31 b 58,45<br />
Comprimento <strong>de</strong> el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> vaso – CEV (µm) 940,36 ± 250,55 a 410,16 ± 128,49 b 675,26<br />
Comprimento <strong>de</strong> fibra – CF (µm) 1482,08 ± 437,97 a 1103,44 ± 296,34 b 1292,76<br />
Largura <strong>de</strong> fibra – LF (µm) 26,46 ± 4,13 a 20,45 ± 4,83 b 23,46<br />
Espessua da pare<strong>de</strong> da fibra – EPF (µm) 4,91 ± 0,94 a 3,51 ± 0,54 b 4,21<br />
Altura do raio – AR (µm) 800,50 ± 483,50 a 349,21 ± 262,73 b 574,86<br />
Largura do raio – LR (µm) 68,48 ± 32,91 a 44,81 ± 58,38 b 56,65<br />
Vulnerabilida<strong>de</strong> – VN 1,06 ± 1,04 b 13,74 ± 28,29 a 7,40<br />
Mesomorfia – MS 984,56 ± 968,49 b 3940,98 ± 597,54 a 2462,77<br />
Grupo A: Clusia criuva, Ilex dumosa, Ilex theezans, Schefflera morototoni, Gordonia fruticosa, Weinmannia<br />
humilis, Weinmannia paulliniifolia. Grupo B: Blepharocalyx salicifolius, Calophyllum brasiliense, Erythrina cristagalli,<br />
Luehea divaricata, Matayba elaeagnoi<strong>de</strong>s, Myrciaria tenella, Sebastiania commersoniana, Salix<br />
humboldtiana, Tabebuia cassinoi<strong>de</strong>s, Tapirira guianensis, Tabebuia catarinensis, Vitex megapotamica. s - <strong>de</strong>svio<br />
padrão; médias seguidas pela mesma letra não difer<strong>em</strong> estatisticamente pelo teste t, à probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,05.<br />
No conjunto <strong>de</strong> espécies estudadas por MARTÍNEZ-CABRERA et al. (2009),<br />
as caracterísiticas das fibras foram as variáveis que tiveram maior correlação com a<br />
precipitação média anual e que melhor explicaram as variações <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da<br />
ma<strong>de</strong>ira. Esta, por sua vez, é uma característica que integra muitos fatores do<br />
xil<strong>em</strong>a relacionados à tolerância ao estresse hídrico e à resistência mecânica das<br />
espécies (JACOBSEN et al., 2007), além <strong>de</strong> estar frequent<strong>em</strong>ente relacionada ao<br />
ritmo <strong>de</strong> crescimento, à longevida<strong>de</strong> e ao status sucessional das espécies lenhosas<br />
(ZANNE et al., 2010).<br />
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