Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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no lume dos el<strong>em</strong>entos condutores do xil<strong>em</strong>a. Essa é transportada pelo xil<strong>em</strong>a até<br />
as cavida<strong>de</strong>s subestomáticas nas folhas, on<strong>de</strong> sofre uma mudança <strong>de</strong> fase para<br />
vapor, e difusão através dos estômatos, atingindo a camada <strong>de</strong> ar <strong>em</strong> contato com a<br />
folha. Qualquer parte do processo <strong>de</strong> transporte po<strong>de</strong> ser revertida se o potencial<br />
hídrico for invertido (RENDIG & TAYLOR, 1989).<br />
A abordag<strong>em</strong> <strong>de</strong> alguns aspectos da Física é necessária para o entendimento<br />
dos mecanismos que tornam possíveis a absorção e condução da água no xil<strong>em</strong>a.<br />
Um <strong>de</strong>les é a pressão máxima <strong>de</strong> sucção (∆P), que se refere à pressão negativa<br />
gerada nos poros das pare<strong>de</strong>s das células. Outro aspecto refere-se ao fluxo hídrico<br />
(dV/dt), tratado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> condutância (ou <strong>de</strong> resistência) do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />
condução (HACKE & SPERRY, 2001).<br />
A pressão máxima <strong>de</strong> sucção (∆P) mantida por uma interface circular ar-água<br />
<strong>em</strong> um poro é inversamente proporcional ao raio <strong>de</strong>ste poro (rp). Ou seja: ∆P= (2T<br />
cos α)/rp; on<strong>de</strong> T = tensão superficial da água; α = ângulo <strong>de</strong> contato entre o<br />
menisco e a pare<strong>de</strong> do poro. Mesmo um condutor com diâmetro <strong>de</strong> 5μm é muito<br />
largo para gerar qualquer sucção significante (meros 58 kPa para α=0), e sob<br />
condições normais seria drenado se a água estivesse <strong>em</strong> contato com a atmosfera<br />
(HACKE & SPERRY, 2001).<br />
Segundo ZIMMERMANN (1983), o fluxo <strong>de</strong> água pelos poros po<strong>de</strong> ser<br />
comparado com o fluxo <strong>em</strong> capilares, investigado por HAGEN & POISEUILLE (1839,<br />
1840) e <strong>de</strong>scrito por REINER, <strong>em</strong> 1960. De acordo com esses autores, a taxa <strong>de</strong><br />
fluxo (dV/dt) através <strong>de</strong> um capilar é proporcional ao gradiente <strong>de</strong> pressão (dP/dl) e<br />
a condutivida<strong>de</strong> hidráulica (Lp), sendo esta proporcional à quarta potência do raio do<br />
capilar. Portanto, Lp = r 4 . π/8η; on<strong>de</strong> Lp = condutivida<strong>de</strong> hidráulica (ou taxa <strong>de</strong><br />
fluxo); r = raio do capilar; η = viscosida<strong>de</strong> do líquido. Isto d<strong>em</strong>onstra a magnitu<strong>de</strong> da<br />
influência <strong>de</strong> um pequeno aumento do diâmetro dos el<strong>em</strong>entos condutores (vasos e<br />
traqueí<strong>de</strong>s) no fluxo hídrico do xil<strong>em</strong>a. No entanto, é importante l<strong>em</strong>brar que os<br />
vasos difer<strong>em</strong> <strong>de</strong> capilares i<strong>de</strong>ais, pois suas pare<strong>de</strong>s não são perfeitamente lisas e<br />
têm comprimento finito. Além disso, a água precisa periodicamente passar <strong>de</strong> um<br />
el<strong>em</strong>ento a outro, representando uma resistência adicional ao fluxo.<br />
Para que o transporte <strong>de</strong> água a gran<strong>de</strong>s distâncias seja possível, a planta<br />
combina a alta pressão gerada pelos poros muito estreitos nas pare<strong>de</strong>s das células,<br />
com a maior condutivida<strong>de</strong> hidráulica dos poros relativamente largos do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />
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