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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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po<strong>de</strong>-se supor que a vegetação, <strong>em</strong> estado <strong>de</strong> equilíbrio com o ambiente,<br />

proporciona uma expressão integrada do efeito <strong>de</strong> tais fatores ambientais, que<br />

pod<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar mudanças qualitativas ou quantitativas na vegetação.<br />

Segundo KRAMER & KOZLOWSKI (1960), BROWN (1974ª), KOZLOWSKI &<br />

PALLARDY (1997), LARCHER (2000), a distribuição e o crescimento das plantas<br />

lenhosas <strong>de</strong>pend<strong>em</strong> mais do suprimento <strong>de</strong> água do que <strong>de</strong> qualquer outro fator<br />

ambiental. Portanto, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância o entendimento dos processos <strong>de</strong><br />

absorção e transporte da água através dos el<strong>em</strong>entos condutores do xil<strong>em</strong>a, b<strong>em</strong><br />

como das variações estruturais <strong>de</strong> tais el<strong>em</strong>entos <strong>em</strong> relação à disponibilida<strong>de</strong><br />

hídrica do solo.<br />

2.2 TRANSPORTE DE ÁGUA NO XILEMA<br />

O xil<strong>em</strong>a, juntamente com o flo<strong>em</strong>a, t<strong>em</strong> sido i<strong>de</strong>ntificado como tecido <strong>de</strong><br />

transporte pelo menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVII, a partir dos clássicos trabalhos <strong>de</strong> Grew<br />

e Malpighi sobre a anatomia dos vegetais. Já nessa época, foi estabelecido por<br />

Hales o papel do xil<strong>em</strong>a na condução da água (KRAMER & KOZLOWSKI, 1960).<br />

Segundo CARLQUIST (1975), a melhor explicação do transporte <strong>de</strong> água no<br />

xil<strong>em</strong>a, compatível com resultados experimentais, é revelada pela teoria da tensão-<br />

coesão, <strong>de</strong> Dixon e Askenasy, mais conhecida como estabelecida por Dixon <strong>em</strong><br />

1914, cujos conceitos foram revisados por Zimmermann, <strong>em</strong> 1965.<br />

De acordo com a teoria <strong>de</strong> tensão-coesão, a água evapora das pare<strong>de</strong>s das<br />

células, no mesofilo da folha, puxando a interface ar-água nos poros das pare<strong>de</strong>s<br />

celulares. As forças capilares previn<strong>em</strong> a retração do menisco da superfície do poro<br />

e põe a coluna <strong>de</strong> água sob pressão hidrostática negativa. Esta tensão é transmitida<br />

até o solo pelos canais estreitos das pare<strong>de</strong>s celulares e dos canais muito mais<br />

largos da re<strong>de</strong> condutora do xil<strong>em</strong>a. Portanto, a pressão <strong>de</strong> sucção é <strong>de</strong>terminada<br />

pela dimensão dos canais das pare<strong>de</strong>s das células, e não do tamanho dos canais do<br />

xil<strong>em</strong>a propriamente ditos. Trata-se <strong>de</strong> processo passivo que não requer gasto direto<br />

<strong>de</strong> energia da planta (HACKE & SPERRY, 2001).<br />

Este mecanismo também po<strong>de</strong> ser entendido <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> potencial hídrico<br />

no contínuo solo-planta-atmosfera, sendo a água transportada segundo um<br />

gradiente <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> potencial hídrico. Seguindo do solo para a rizosfera e<br />

atingindo a interface solo-raiz, a água atravessa o córtex e a endo<strong>de</strong>rme, entrando<br />

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