andré germano vasques - departamento de engenharia florestal ...
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incentivos fiscais para o reflorestamento, permitindo uma rápida expansão da<br />
ativida<strong>de</strong>. No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 20 anos, nas décadas <strong>de</strong> 70 e 80, milhões <strong>de</strong> hectares<br />
foram plantados nas Regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste. A expansão da base <strong>florestal</strong> plantada<br />
foi implementada por gran<strong>de</strong>s empresas, interessadas principalmente na ma<strong>de</strong>ira<br />
como matéria-prima para a fabricação <strong>de</strong> papel, a partir da extração da celulose,<br />
além da si<strong>de</strong>rurgia a carvão vegetal. A partir da constituição <strong>de</strong> tal base <strong>de</strong> matéria-<br />
prima, foram sendo implantadas também as indústrias <strong>de</strong> aglomerados,<br />
compensados, painéis <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, MDF, produtos utilizados em escala pela indústria<br />
moveleira e construção civil.<br />
A silvicultura passou a ser uma prática comercial que exigiu a especialida<strong>de</strong><br />
e impôs a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separação dos conhecimentos técnicos e científicos que<br />
até então eram aglutinados à agronomia. A partir do início dos anos 60, segundo<br />
Macedo e Machado (2003), o governo fe<strong>de</strong>ral, através do Decreto nº 48.247 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />
maio <strong>de</strong> 1960, cria a Escola Nacional <strong>de</strong> Florestas integrada à Universida<strong>de</strong> Rural do<br />
Estado <strong>de</strong> Minas Gerais, com se<strong>de</strong> em Viçosa. A partir <strong>de</strong> então, surgiram mais<br />
faculda<strong>de</strong>s, cursos <strong>de</strong> Engenharia Florestal, voltados ao saber <strong>florestal</strong>,<br />
potencializando o conhecimento científico e a pesquisa tecnológica. Nos últimos 15<br />
anos, o setor <strong>florestal</strong> consolidou-se por suas próprias pernas, investindo em capital,<br />
terras e tecnologia e, hoje, existem 5,5 milhões <strong>de</strong> hectares ocupados com florestas<br />
plantadas (ABRAF, 2006).<br />
A ativida<strong>de</strong> <strong>florestal</strong> no Brasil, historicamente, concentrou o plantio <strong>de</strong><br />
espécies nos gêneros Pinus e Eucalyptus, porém, nas últimas duas décadas houve<br />
uma gradativa inclusão <strong>de</strong> um número maior <strong>de</strong> gêneros e espécies, disseminados<br />
como promissores ao setor produtivo <strong>florestal</strong> para substanciar a ca<strong>de</strong>ia produtiva da<br />
ma<strong>de</strong>ira. Assim, somam à ativida<strong>de</strong> da silvicultura a espécie Tectona grandis, Acacia<br />
mearnsii, híbridos do gênero Populus e mais recentemente Azadirachta indica.<br />
O gênero Eucalyptus, originário da Austrália, foi introduzido no Brasil por<br />
Edmundo Navarro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, junto à Companhia Paulista <strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong> Ferro no<br />
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