Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ... Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
1.4.3 CORRELAÇÕES GENÉTICAS ENTRE CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO E RESISTÊNCIA A GEADA As correlações genéticas entre as variáveis de crescimento e resistência a geada, avaliadas no teste de progênies de E. benthamii plantado nos quatro locais em Santa Catarina são apresentadas na Tabela 12. TABELA 12 – CORRELAÇÕES GENÉTICAS ENTRE AS VARIÁVEIS DE CRESCIMENTO E RESISTÊNCIA A GEADA, AVALIADAS NO TESTE DE PROGÊNIES DE E. benthamii PLANTADO EM QUATRO LOCAIS EM SANTA CATARINA. LOCAL Caçador Calmon Variável DAP Sobrevivência Bifurcação Forma do fuste DAP - 0,21 0,08 -0,04 Sobrevivência 0,37 - 0,02 0,22 Bifurcação -0,12 0,01 - 0,04 Forma do fuste 0,12 -0,12 -0,04 - LOCAL Chapecó Vargem Bonita FONTE: o autor (2008) Variável DAP Sobrevivência Bifurcação Forma do fuste DAP - 0,22 -0,04 0,03 Sobrevivência 0,45 - -0,17 -0,40 Bifurcação 0,04 -0,20 - 0,33 Forma do fuste 0,41 0,36 0,47 - De modo geral, as correlações genéticas entre o DAP, característica que representa o crescimento e resistência à geadas (sobrevivência, bifurcação e forma de fuste) foram baixas, exceto para a correlação entre sobrevivência e DAP em Calmon (0,37) e Vargem Bonita (0,45) e, para DAP e forma do fuste em Vargem Bonita (0,41). Apesar dessas correlações não serem consideradas altas (0,37 a 0,45), todas foram positivas. Correlações positivas indicam que o sentido da seleção é o mesmo, isto é, que a seleção para um dos caracteres poderá significar, também, uma melhoria para o outro caráter. Estes resultados indicam que, de modo geral, as características são independentes e, que a seleção genética para crescimento, não implica em uma melhoria nas características de resistência a geada. Resultados semelhantes foram 63
elatados por Wilcox (1980) para E. regnans que também não observou correlação entre características de crescimento e de resistência a geada. De acordo com Wilcox (1980), algumas famílias são resistentes à geadas porque são capazes de se aclimatarem rapidamente e tornam-se dormentes no inverno, enquanto outras não são capazes de se aclimatarem até a entrada do inverno. Isso explicaria a correlação negativa ou inexistente entre o potencial de crescimento e a resistência a geadas, encontradas para E. regnans. No entanto, os resultados encontrados no presente trabalho diferem dos resultados relatados por Higa (1998), que constatou alta correlação genética entre DAP e resistência a geada em E. dunnii avaliadas aos 36 meses de idade. No entanto, este autor encontrou baixas correlações entre o crescimento e a resiliência após danos de geada e, entre o crescimento e o número de brotos emitidos pelas árvores, o que foi considerado como sendo um fator limitante para obtenção de ganhos simultâneos para seleção apenas de variáveis de crescimento. No presente estudo, a variável DAP, utilizada para avaliar o crescimento, pode ser utilizada na seleção genética, pois, a seleção para este caráter não interferirá negativamente nas características de resistência a geada avaliada em todos os locais de estudo e, poderá selecionar material genético mais resistente à geadas em Calmon e Vargem Bonita. 1.4.4 ESTUDO DA INTERAÇÃO GENÓTIPO X AMBIENTE EM CARÁTER RELACIONADO AO CRESCIMENTO A correlação genética das progênies de E. benthamii plantadas nos quatro locais do estado de Santa Catarina foi de 0,618 (Tabela 13). De acordo com o limite estabelecido por Shelbourne (1972) citado por Souza et al. (1993) e por Resende (2002) esse valor estimado para a interação genótipo x ambiente é alto, significando que as famílias com melhor desempenho em um local não foram, necessariamente, as de melhor desempenho nos outros locais. 64
- Page 31 and 32: egeneração dos talhões em uma ev
- Page 33 and 34: 2.5 TESTE DE PROGÊNIES A variaçã
- Page 35 and 36: intermédio do conhecimento do grau
- Page 37 and 38: árvores e/ou na redução do cresc
- Page 39 and 40: 2.9 USO DO MODELO LINEAR MISTO GENE
- Page 41 and 42: assumem, em geral, que os efeitos d
- Page 43 and 44: 1 AVALIAÇÃO GENÉTICA DE PROGÊNI
- Page 45 and 46: Os delineamentos de cruzamento são
- Page 47 and 48: covariância genotípica de meio-ir
- Page 49 and 50: Nos estudos genéticos, é necessá
- Page 51 and 52: A existência de interação genót
- Page 53 and 54: LOCAL Latitude (°S) Longitude (°O
- Page 55 and 56: 1.3.4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS Fo
- Page 57 and 58: COV : covariância genética aditiv
- Page 59 and 60: ∧ 2 σ c : variância entre parce
- Page 61 and 62: ⎡y1 ⎤ ⎡X 1b1 ⎤ ⎢ ⎥ ⎢
- Page 63 and 64: 1.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 1.4.1
- Page 65 and 66: TABELA 4 - PARÂMETROS GENÉTICOS D
- Page 67 and 68: progênies foi 81% em Caçador; 65%
- Page 69 and 70: A família 11 foi mais produtiva em
- Page 71 and 72: para eucaliptos subtropicais planta
- Page 73 and 74: Em contraste, em Calmon, a herdabil
- Page 75 and 76: Região Sul do Brasil. E. benthamii
- Page 77 and 78: Na Tabela 9 são apresentados os va
- Page 79 and 80: Os resultados apresentados na Tabel
- Page 81: Os valores de coeficientes de herda
- Page 85 and 86: Caso sejam adotados programas de me
- Page 87 and 88: 2 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE C
- Page 89 and 90: Em ambientes restritivos, os genót
- Page 91 and 92: ÁRVORE DAP (cm) ALTURA(m) F11.1 14
- Page 93 and 94: FIGURA 8 - ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
- Page 95 and 96: 30 ∑ = 1 = i b b 30 ( i) Para a c
- Page 97 and 98: 2.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES O incr
- Page 99 and 100: Para compreender melhor o efeito da
- Page 101 and 102: TABELA 15 - COEFICIENTES DE CORRELA
- Page 103 and 104: TABELA 16 - VALORES DAS VARIÁVEIS
- Page 105 and 106: As variáveis ambientais que mais c
- Page 107 and 108: A maior inclinação da curva de cr
- Page 109 and 110: Na Figura 16, são apresentados em
- Page 111 and 112: FIGURA 17 - INCREMENTO RADIAL DAS
- Page 113 and 114: Corroborando com as informações a
- Page 115 and 116: TABELA 18 - COEFICIENTES DE CORRELA
- Page 117 and 118: Com os resultados apresentados pela
- Page 119 and 120: também que os meses de maior e men
- Page 121 and 122: A maior inclinação da curva de cr
- Page 123 and 124: FIGURA 22 - INCREMENTO RADIAL DAS
- Page 125 and 126: Com os valores apresentados na Tabe
- Page 127 and 128: FIGURA 23 - ANÁLISE DE ÁRVORE DO
- Page 129 and 130: TABELA 22 - COEFICIENTES DE CORRELA
- Page 131 and 132: Quando se analisa a influência da
elatados por Wilcox (1980) para E. regnans que também não observou correlação<br />
entre características <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong> resistência a geada. De acordo com Wilcox<br />
(1980), algumas famílias são resistentes à geadas porque são capazes <strong>de</strong> se<br />
aclimatar<strong>em</strong> rapidamente e tornam-se dormentes no inverno, enquanto outras não<br />
são capazes <strong>de</strong> se aclimatar<strong>em</strong> até a entrada do inverno. Isso explicaria a<br />
correlação negativa ou inexistente entre o potencial <strong>de</strong> crescimento e a resistência a<br />
geadas, encontradas para E. regnans.<br />
No entanto, os resultados encontrados no presente trabalho difer<strong>em</strong> dos<br />
resultados relatados por Higa (1998), que constatou alta correlação genética entre<br />
DAP e resistência a geada <strong>em</strong> E. dunnii avaliadas aos 36 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. No<br />
entanto, este autor encontrou baixas correlações entre o crescimento e a resiliência<br />
após danos <strong>de</strong> geada e, entre o crescimento e o número <strong>de</strong> brotos <strong>em</strong>itidos pelas<br />
árvores, o que foi consi<strong>de</strong>rado como sendo um fator limitante para obtenção <strong>de</strong><br />
ganhos simultâneos para seleção apenas <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> crescimento.<br />
No presente estudo, a variável DAP, utilizada para avaliar o crescimento,<br />
po<strong>de</strong> ser utilizada na seleção genética, pois, a seleção para este caráter não<br />
interferirá negativamente nas características <strong>de</strong> resistência a geada avaliada <strong>em</strong><br />
todos os locais <strong>de</strong> estudo e, po<strong>de</strong>rá selecionar material genético mais resistente à<br />
geadas <strong>em</strong> Calmon e Varg<strong>em</strong> Bonita.<br />
1.4.4 ESTUDO DA INTERAÇÃO GENÓTIPO X AMBIENTE EM CARÁTER<br />
RELACIONADO AO CRESCIMENTO<br />
A correlação genética das progênies <strong>de</strong> E. benthamii plantadas nos quatro<br />
locais do estado <strong>de</strong> Santa Catarina foi <strong>de</strong> 0,618 (Tabela 13). De acordo com o limite<br />
estabelecido por Shelbourne (1972) citado por Souza et al. (1993) e por Resen<strong>de</strong><br />
(2002) esse valor estimado para a interação genótipo x ambiente é alto, significando<br />
que as famílias com melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>em</strong> um local não foram, necessariamente,<br />
as <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos outros locais.<br />
64