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Os valores das herdabilidades médias de família, estimados para os diferentes locais de experimentação, da grandeza de 65%; 42%; 58% e 53%, foram considerados altos, de acordo com a classificação de Simeão et al. (2002), evidenciando grandes possibilidades de sucesso com a seleção entre famílias. Valores para herdabilidades médias de família para o caráter DAP superiores a 0,50 foram, também, encontrados por Sturion (1993) estudando E. viminalis; Higa, et al. (1997) estudando E. dunnii; por Shenone (2000) estudando progênies de diferentes procedências australianas de E. dunnii. Os valores encontrados neste trabalho são, também, semelhantes ao valor médio ponderado de h 2 = 0,53 apresentado por Castro (1992) para o caráter diâmetro de famílias de meios-irmãos de E. grandis (19 estimativas), E. urophylla (17 estimativas) e E. camaldulensis (1 estimativa). No entanto, as estimativas de herdabilidade no sentido restrito em nível de plantas foram inferiores àquelas obtidas em nível de média de família e, variaram em magnitude em função do local de experimentação. Caçador foi o local onde o valor estimado de herdabilidade individual para o caráter DAP foi maior (h 2 = 0,31), mas em todos os locais, os valores estimados foram classificados como moderados (0,15 < h 2 < 0,50) seguindo a classificação de Simeão et al.(2002), indicando possibilidades de ganhos moderados com seleção individual para esta característica na população de E. benthamii estudada. A seleção individual é usada pelos melhoristas quando o interesse é implantar pomares clonais de sementes através de clonagem das melhores árvores dos testes de progênies. Na Tabela 4 são também apresentados os desvios-padrão das herdabilidades individuais. De acordo com Resende e Rosa-Perez (1999), desvios-padrão da ordem de até 20% do valor verdadeiro da herdabilidade são aceitáveis na predição de valores genéticos. Assim, verificou-se, com base neste critério, que este parâmetro foi estimado com muita precisão, dentro de cada local. De maneira geral, os valores genéticos preditos não são iguais aos valores genéticos verdadeiros dos indivíduos. A proximidade entre esses dois valores pode ser avaliada com base na acurácia (VAN VLECK et al., 1987), que refere-se à correlação entre os valores genéticos preditos e os valores genéticos verdadeiros. Quanto maior a acurácia na avaliação de um indivíduo, maior é a confiança na avaliação e no valor genético predito desse indivíduo. A acurácia na seleção de 47
progênies foi 81% em Caçador; 65% em Calmon; 76% em Chapecó e 73% em Vargem Bonita, indicando alta precisão no acesso à variação genética verdadeira a partir da variação fenotípica observada nos caracteres. Em um estudo de variação genética de E. camaldulensis, a acurácia encontrada foi alta para o DAP, altura e forma do tronco com valores variando de 85% a 89% (MORAES, et al., 2007). Farias Neto et al. (2007) consideraram bons os valores de acurácia de 63% e 77% para as características número de folhas vivas e altura de cachos em um estudo com Euterpe oleracia, respectivamente. As estimativas dos coeficientes de determinação dos efeitos de parcela foram 0,08; 0,02 e 0,08 para as localidades Caçador, Chapecó e Vargem Bonita, respectivamente. Estes valores revelam pequena variação ambiental dentro dos blocos. No entanto, a estimativa do coeficiente de determinação para o teste de Calmon foi alta (0,16) segundo a classificação de Farias Neto et al. (2007), indicando que o delineamento de blocos casualizados foi importante para esse local de experimentação. De acordo com a metodologia utilizada de procedimento REML/BLUP, ajustes para todas essas variações foram realizados, e os valores genéticos foram estimados livres de todos esses efeitos (RESENDE, 2002). Comparados com valore encontrados na literatura (PAULA et al., 2002; MARTINS et al., 2002), o coeficiente de variação experimental foi baixo para o caráter DAP, em Caçador (13,4%), Chapecó (13,6%) e Vargem Bonita (19,0%). No entanto, o coeficiente foi considerado alto em Calmon (30,8%). A análise dos valores médios de DAP nos diferentes locais (Tabela 7) mostra que E. benthamii cresceu de forma semelhante em Chapecó, Caçador e Vargem Bonita, mas apresentou menor crescimento em Calmon. Talvez essa diferença no crescimento possa ter sido causada pelo fato de que no primeiro inverno após o plantio, as plantas em Calmon foram fortemente danificadas pela ocorrência de geadas severas e, que a maioria dos indivíduos desse local rebrotou após a ocorrência das geadas. Na Tabela 5 é apresentado o volume total com casca das famílias do teste de progênies de E. benthamii nos diferentes locais. 48
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progênies foi 81% <strong>em</strong> Caçador; 65% <strong>em</strong> Calmon; 76% <strong>em</strong> Chapecó e 73% <strong>em</strong><br />
Varg<strong>em</strong> Bonita, indicando alta precisão no acesso à variação genética verda<strong>de</strong>ira a<br />
partir da variação fenotípica observada nos caracteres.<br />
Em um estudo <strong>de</strong> variação genética <strong>de</strong> E. camaldulensis, a acurácia<br />
encontrada foi alta para o DAP, altura e forma do tronco com valores variando <strong>de</strong><br />
85% a 89% (MORAES, et al., 2007). Farias Neto et al. (2007) consi<strong>de</strong>raram bons os<br />
valores <strong>de</strong> acurácia <strong>de</strong> 63% e 77% para as características número <strong>de</strong> folhas vivas e<br />
altura <strong>de</strong> cachos <strong>em</strong> um estudo com Euterpe oleracia, respectivamente.<br />
As estimativas dos coeficientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação dos efeitos <strong>de</strong> parcela foram<br />
0,08; 0,02 e 0,08 para as localida<strong>de</strong>s Caçador, Chapecó e Varg<strong>em</strong> Bonita,<br />
respectivamente. Estes valores revelam pequena variação ambiental <strong>de</strong>ntro dos<br />
blocos. No entanto, a estimativa do coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação para o teste <strong>de</strong><br />
Calmon foi alta (0,16) segundo a classificação <strong>de</strong> Farias Neto et al. (2007), indicando<br />
que o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> blocos casualizados foi importante para esse local <strong>de</strong><br />
experimentação. De acordo com a metodologia utilizada <strong>de</strong> procedimento<br />
REML/BLUP, ajustes para todas essas variações foram realizados, e os valores<br />
genéticos foram estimados livres <strong>de</strong> todos esses efeitos (RESENDE, 2002).<br />
Comparados com valore encontrados na literatura (PAULA et al., 2002;<br />
MARTINS et al., 2002), o coeficiente <strong>de</strong> variação experimental foi baixo para o<br />
caráter DAP, <strong>em</strong> Caçador (13,4%), Chapecó (13,6%) e Varg<strong>em</strong> Bonita (19,0%). No<br />
entanto, o coeficiente foi consi<strong>de</strong>rado alto <strong>em</strong> Calmon (30,8%).<br />
A análise dos valores médios <strong>de</strong> DAP nos diferentes locais (Tabela 7) mostra<br />
que E. benthamii cresceu <strong>de</strong> forma s<strong>em</strong>elhante <strong>em</strong> Chapecó, Caçador e Varg<strong>em</strong><br />
Bonita, mas apresentou menor crescimento <strong>em</strong> Calmon. Talvez essa diferença no<br />
crescimento possa ter sido causada pelo fato <strong>de</strong> que no primeiro inverno após o<br />
plantio, as plantas <strong>em</strong> Calmon foram fort<strong>em</strong>ente danificadas pela ocorrência <strong>de</strong><br />
geadas severas e, que a maioria dos indivíduos <strong>de</strong>sse local rebrotou após a<br />
ocorrência das geadas.<br />
Na Tabela 5 é apresentado o volume total com casca das famílias do teste <strong>de</strong><br />
progênies <strong>de</strong> E. benthamii nos diferentes locais.<br />
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