Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Nos estudos genéticos, é necessário distinguir duas causas <strong>de</strong> correlação<br />
entre os caracteres: a causa genética e a causa ambiental. Segundo Vencovsky<br />
(1978), a correlação <strong>de</strong>vida a causas genéticas, e que me<strong>de</strong> a associação genética<br />
entre as duas características, interfere ou participa na seleção, sendo causada por<br />
efeitos pleiotrópicos dos genes ou então por falta <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> ligação. O<br />
ambiente é uma causa <strong>de</strong> correlação nos casos <strong>em</strong> que dois caracteres estejam<br />
sendo influênciados pelas mesmas diferenças <strong>de</strong> condições ambientais.<br />
Em um estudo realizado por Sturion (1993), foram apresentadas estimativas<br />
dos coeficientes <strong>de</strong> correlação genética aditiva, <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> plantas, entre as<br />
características <strong>de</strong> crescimento (altura, DAP, volume cilíndrico). Os resultados<br />
indicaram que essas características possu<strong>em</strong> correlações positivas e <strong>de</strong> alta<br />
magnitu<strong>de</strong>. Com base nesse resultado, o autor conclui que se praticar a seleção <strong>em</strong><br />
qualquer uma das características, espera-se uma alta resposta correlacionada na<br />
outra, o que se constitui numa vantag<strong>em</strong>, uma vez que o sentido da seleção é o<br />
mesmo. Segundo Kageyama (1980) as características <strong>de</strong> crescimento, possu<strong>em</strong><br />
gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter ocorrência <strong>de</strong> pleiotropia no controle genético.<br />
Quando se busca selecionar material genético <strong>de</strong> alta produtivida<strong>de</strong>,<br />
qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sejáveis da ma<strong>de</strong>ira para diferentes fins e à resistência a doenças,<br />
insetos e condições ambientais adversas, o <strong>de</strong>safio do melhorista é ainda maior,<br />
pois para isso terá que <strong>de</strong>senvolver uma estratégia <strong>de</strong> melhoramento genético que<br />
cont<strong>em</strong>ple a seleção <strong>de</strong> caracteres que <strong>em</strong> alguns casos são <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>tecção e<br />
que muitas vezes não são correlacionados.<br />
Dessa forma é importante <strong>de</strong>terminar quais variáveis serão analisadas para<br />
que se obtenha um bom resultado na seleção genética. Quando o fator a ser<br />
avaliado é resistência do material a geada, exist<strong>em</strong> diferentes metodologias para<br />
avaliação como, por ex<strong>em</strong>plo, a avaliação <strong>de</strong> danos causados pela geada logo após<br />
sua ocorrência, avaliando esses danos <strong>de</strong> acordo com a severida<strong>de</strong>, atribuindo<br />
notas, conforme sugerido por Franklin e Meiskimen (1983), adaptado por Higa<br />
(1998).<br />
É importante ressaltar que, os danos causados pela geada permanec<strong>em</strong><br />
claramente visíveis, quer seja por tortuosida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> leve a acentuada,<br />
ou pela presença <strong>de</strong> ramos grossos. Embora a planta retome o crescimento, esse<br />
tipo <strong>de</strong> dano provoca lesões que compromet<strong>em</strong> a qualida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira e favorec<strong>em</strong><br />
a entrada <strong>de</strong> pragas e/ ou doenças (HIGA et al., 2000). Em alguns casos os danos<br />
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