Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ... Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
2.3 A GEADA EM PLANTIOS DE EUCALYPTUS A escolha da espécie adequada ao reflorestamento é um dos principais fatores para o sucesso do mesmo. Entre os vários fatores que influem na tomada de decisão sobre a espécie a ser plantada, destacam-se: finalidade do plantio; clima e solo do local do plantio; conhecimentos silviculturais sobre a espécie selecionada; produtividade e rentabilidade do plantio; e disponibilidade de sementes melhoradas geneticamente ou mudas clonadas de genótipos selecionados. O processo de seleção de espécies para reflorestamento envolve uma série de etapas. O desenvolvimento de todas as etapas demanda muito tempo que, muitas vezes, o silvilcultor não dispõe. Assim muitas decisões são baseadas em analogias climáticas e de solos entre as futuras áreas de plantio e a região de origem ou de alguns plantios experimentais existentes (HIGA; HIGA, 2000). A geada é o fator climático mais importante a ser observado na Região Sul do Brasil. Assim, é importante conhecer o histórico climático da área de plantio para se verificar a freqüência e intensidade da ocorrência de geadas. No Brasil, estima-se que 751 mil km 2 ou 8,8% da área total do país esteja sujeita a ocorrência de geadas (TOSI; VÉLEZ-RODRIGUES, 1983). Embora este fenômeno esteja restrito a poucas regiões, algumas geadas, como a ocorrida em junho de 1994, na região sul, que chegou a ocasionar perdas consideráveis, afetando aproximadamente 30 mil hectares de plantações de eucaliptos, representando um prejuízo financeiro da ordem de R$ 4,5 milhões (HIGA, et al. 1997). Esses resultados eram de certa forma esperados, pois segundo Higa, et al. (1997) diferenças de resistência à geadas entre as espécies e procedências de eucaliptos são abundantemente relatados na literatura. Higa, et al. (1997), por exemplo, avaliaram o comportamento de vinte espécies do gênero Eucalyptus no sul do Brasil e confirmaram o potencial do E. dunnii e E. viminalis para plantios em áreas de ocorrência de geadas. A Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA, 1988), por exemplo, dividiu as áreas do Estado de Santa Catarina em quatro áreas: Planalto Catarinense; Alto do Vale do Rio Itajaí; Litoral e Bacia do Rio Uruguai. Dentre outros 7
fatores, essa divisão foi baseada na vegetação predominante, temperatura, precipitação e déficit hídrico. O Estado de Santa Catarina foi também dividido em oito áreas (Figura 1) em função do número de dias de geadas por ano (EPAGRI, [19_]). FIGURA 1 – MAPA DE OCORRÊNCIA DE GEADAS NO ESTADO DO SANTA CANTARINA Fonte: EPAGRI ([19_]) Higa, et al. (1997) salienta, ainda, que apesar de muitas espécies do gênero Eucalyptus vegetarem naturalmente em regiões de geadas severas, um número reduzido de espécies deste gênero Eucalyptus é indicado para plantios em regiões susceptíveis às geadas severas no Brasil. Esse comportamento deve-se ao fato da temperatura nas áreas de ocorrência natural das espécies diminuírem gradativamente no inverno, em contraste do observado em áreas de altitude das Regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde as temperaturas caem abruptamente e as plantas não têm tempo para se aclimatarem e adquirirem resistência às geadas. 8
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUC
- Page 3 and 4: DEDICO Aos meus pais Walter e Sueli
- Page 5 and 6: Aos amigos da Escola Superior de Ag
- Page 7 and 8: ABSTRACT Eucalyptus benthamii Maide
- Page 9 and 10: FIGURA 17 - INCREMENTO RADIAL DAS
- Page 11 and 12: LISTAGEM DE TABELAS TABELA 1 - ESTI
- Page 13 and 14: TABELA 23 - MÉDIAS E DESVIOS-PADR
- Page 15 and 16: TABELA 43 - INCLINAÇÃO DA CURVA D
- Page 17 and 18: SUMÁRIO SEÇÃO 1 - ASPECTOS GERAI
- Page 19 and 20: 3.5 CONCLUSÃO.....................
- Page 21 and 22: 1 INTRODUÇÃO Não há plantaçõe
- Page 23 and 24: 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Eucaly
- Page 25: 2.2.1 FLORESTAS CLONAIS DE Eucalypt
- Page 29 and 30: médio de 15 cm aos 45 meses de ida
- Page 31 and 32: egeneração dos talhões em uma ev
- Page 33 and 34: 2.5 TESTE DE PROGÊNIES A variaçã
- Page 35 and 36: intermédio do conhecimento do grau
- Page 37 and 38: árvores e/ou na redução do cresc
- Page 39 and 40: 2.9 USO DO MODELO LINEAR MISTO GENE
- Page 41 and 42: assumem, em geral, que os efeitos d
- Page 43 and 44: 1 AVALIAÇÃO GENÉTICA DE PROGÊNI
- Page 45 and 46: Os delineamentos de cruzamento são
- Page 47 and 48: covariância genotípica de meio-ir
- Page 49 and 50: Nos estudos genéticos, é necessá
- Page 51 and 52: A existência de interação genót
- Page 53 and 54: LOCAL Latitude (°S) Longitude (°O
- Page 55 and 56: 1.3.4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS Fo
- Page 57 and 58: COV : covariância genética aditiv
- Page 59 and 60: ∧ 2 σ c : variância entre parce
- Page 61 and 62: ⎡y1 ⎤ ⎡X 1b1 ⎤ ⎢ ⎥ ⎢
- Page 63 and 64: 1.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 1.4.1
- Page 65 and 66: TABELA 4 - PARÂMETROS GENÉTICOS D
- Page 67 and 68: progênies foi 81% em Caçador; 65%
- Page 69 and 70: A família 11 foi mais produtiva em
- Page 71 and 72: para eucaliptos subtropicais planta
- Page 73 and 74: Em contraste, em Calmon, a herdabil
- Page 75 and 76: Região Sul do Brasil. E. benthamii
2.3 A GEADA EM PLANTIOS DE EUCALYPTUS<br />
A escolha da espécie a<strong>de</strong>quada ao reflorestamento é um dos principais<br />
fatores para o sucesso do mesmo. Entre os vários fatores que influ<strong>em</strong> na tomada <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão sobre a espécie a ser plantada, <strong>de</strong>stacam-se: finalida<strong>de</strong> do plantio; clima e<br />
solo do local do plantio; conhecimentos silviculturais sobre a espécie selecionada;<br />
produtivida<strong>de</strong> e rentabilida<strong>de</strong> do plantio; e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes melhoradas<br />
geneticamente ou mudas clonadas <strong>de</strong> genótipos selecionados. O processo <strong>de</strong><br />
seleção <strong>de</strong> espécies para reflorestamento envolve uma série <strong>de</strong> etapas. O<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as etapas d<strong>em</strong>anda muito t<strong>em</strong>po que, muitas vezes, o<br />
silvilcultor não dispõe. Assim muitas <strong>de</strong>cisões são baseadas <strong>em</strong> analogias climáticas<br />
e <strong>de</strong> solos entre as futuras áreas <strong>de</strong> plantio e a região <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> ou <strong>de</strong> alguns<br />
plantios experimentais existentes (HIGA; HIGA, 2000).<br />
A geada é o fator climático mais importante a ser observado na Região Sul do<br />
Brasil. Assim, é importante conhecer o histórico climático da área <strong>de</strong> plantio para se<br />
verificar a freqüência e intensida<strong>de</strong> da ocorrência <strong>de</strong> geadas. No Brasil, estima-se<br />
que 751 mil km 2 ou 8,8% da área total do país esteja sujeita a ocorrência <strong>de</strong> geadas<br />
(TOSI; VÉLEZ-RODRIGUES, 1983). Embora este fenômeno esteja restrito a poucas<br />
regiões, algumas geadas, como a ocorrida <strong>em</strong> junho <strong>de</strong> 1994, na região sul, que<br />
chegou a ocasionar perdas consi<strong>de</strong>ráveis, afetando aproximadamente 30 mil<br />
hectares <strong>de</strong> plantações <strong>de</strong> eucaliptos, representando um prejuízo financeiro da<br />
ord<strong>em</strong> <strong>de</strong> R$ 4,5 milhões (HIGA, et al. 1997).<br />
Esses resultados eram <strong>de</strong> certa forma esperados, pois segundo Higa, et al.<br />
(1997) diferenças <strong>de</strong> resistência à geadas entre as espécies e procedências <strong>de</strong><br />
eucaliptos são abundant<strong>em</strong>ente relatados na literatura. Higa, et al. (1997), por<br />
ex<strong>em</strong>plo, avaliaram o comportamento <strong>de</strong> vinte espécies do gênero Eucalyptus no sul<br />
do Brasil e confirmaram o potencial do E. dunnii e E. viminalis para plantios <strong>em</strong><br />
áreas <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> geadas.<br />
A Empresa Brasileira <strong>de</strong> Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA, 1988), por<br />
ex<strong>em</strong>plo, dividiu as áreas do Estado <strong>de</strong> Santa Catarina <strong>em</strong> quatro áreas: Planalto<br />
Catarinense; Alto do Vale do Rio Itajaí; Litoral e Bacia do Rio Uruguai. Dentre outros<br />
7