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26.10.2013 Views

SEÇÃO 1 ASPECTOS GERAIS 1

1 INTRODUÇÃO Não há plantações florestais mais produtivas que as plantações de eucaliptos na região tropical do Brasil. Produtividades médias de 50 m 3 /ha.ano são índices considerados nos planejamentos de algumas empresas florestais, que chegam a registrar produtividades superiores a 70 m 3 /ha.ano em condições especiais de solo e clima. Sem dúvida nenhuma, essa alta produtividade, aliada a uma demanda crescente de madeira oriunda de plantações, são os principais elementos motivadores da expansão da área plantada com eucaliptos, observada recentemente no Brasil. Metas de alguns programas governamentais, como o Plano Nacional de Mudanças Climáticas (BRASIL, 2007) atualmente em fase de consulta pública, que prevê eliminar o desmatamento ilegal até o ano de 2015, também ampliarão ainda mais a demanda por madeira de qualidade originada de plantações. No entanto, com raras exceções, estas altas taxas de crescimento são observadas apenas em plantações florestais localizadas em áreas livres de geadas nas regiões Sudeste, sul da Bahia e norte do Paraná. Como o aumento da área plantada com eucalipto nessas regiões, está sendo limitado, principalmente pelo alto custo da terra, os silvicultores estão expandindo seus plantios em áreas com algumas restrições climáticas como déficit hídrico, nas regiões mais tropicais, ou susceptibilidade a geadas, nas regiões subtropicais. Apesar da evolução tecnológica da eucaliptocultura brasileira nestes últimos trinta anos, não existe, atualmente, sementes ou clones de espécies ou híbridos resistentes à geadas disponíveis em larga escala no mercado. Eucalyptus viminalis era a única espécie reconhecida pela sua resistência à geadas e, portanto, recomendada há muitas décadas para plantio em regiões de ocorrência de geadas severas na Região Sul do Brasil. No entanto, a espécie não despertou interesse dos produtores em função da baixa produtividade e qualidade da madeira, quando comparada com espécies tropicais, como o E. grandis ou o híbrido urograndis (E. urophylla x E. grandis). 2

1 INTRODUÇÃO<br />

Não há plantações florestais mais produtivas que as plantações <strong>de</strong> eucaliptos<br />

na região tropical do Brasil. Produtivida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong> 50 m 3 /ha.ano são índices<br />

consi<strong>de</strong>rados nos planejamentos <strong>de</strong> algumas <strong>em</strong>presas florestais, que chegam a<br />

registrar produtivida<strong>de</strong>s superiores a 70 m 3 /ha.ano <strong>em</strong> condições especiais <strong>de</strong> solo e<br />

clima. S<strong>em</strong> dúvida nenhuma, essa alta produtivida<strong>de</strong>, aliada a uma d<strong>em</strong>anda<br />

crescente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira oriunda <strong>de</strong> plantações, são os principais el<strong>em</strong>entos<br />

motivadores da expansão da área plantada com eucaliptos, observada<br />

recent<strong>em</strong>ente no Brasil.<br />

Metas <strong>de</strong> alguns programas governamentais, como o Plano Nacional <strong>de</strong><br />

Mudanças Climáticas (BRASIL, 2007) atualmente <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> consulta pública, que<br />

prevê eliminar o <strong>de</strong>smatamento ilegal até o ano <strong>de</strong> 2015, também ampliarão ainda<br />

mais a d<strong>em</strong>anda por ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> originada <strong>de</strong> plantações.<br />

No entanto, com raras exceções, estas altas taxas <strong>de</strong> crescimento são<br />

observadas apenas <strong>em</strong> plantações florestais localizadas <strong>em</strong> áreas livres <strong>de</strong> geadas<br />

nas regiões Su<strong>de</strong>ste, sul da Bahia e norte do Paraná. Como o aumento da área<br />

plantada com eucalipto nessas regiões, está sendo limitado, principalmente pelo alto<br />

custo da terra, os silvicultores estão expandindo seus plantios <strong>em</strong> áreas com<br />

algumas restrições climáticas como déficit hídrico, nas regiões mais tropicais, ou<br />

susceptibilida<strong>de</strong> a geadas, nas regiões subtropicais.<br />

Apesar da evolução tecnológica da eucaliptocultura brasileira nestes últimos<br />

trinta anos, não existe, atualmente, s<strong>em</strong>entes ou clones <strong>de</strong> espécies ou híbridos<br />

resistentes à geadas disponíveis <strong>em</strong> larga escala no mercado. Eucalyptus viminalis<br />

era a única espécie reconhecida pela sua resistência à geadas e, portanto,<br />

recomendada há muitas décadas para plantio <strong>em</strong> regiões <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> geadas<br />

severas na Região Sul do Brasil. No entanto, a espécie não <strong>de</strong>spertou interesse dos<br />

produtores <strong>em</strong> função da baixa produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira, quando<br />

comparada com espécies tropicais, como o E. grandis ou o híbrido urograndis (E.<br />

urophylla x E. grandis).<br />

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