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tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

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processo i<strong>de</strong>ológico a partir do consenso entre os partícipes da organização.<br />

Pon<strong>de</strong>ra-se que novamente <strong>de</strong>fronta-se com um sentido ontológico para a<br />

estratégica, mas não necessariamente com uma dimensão em que esta atenda a<br />

razões <strong>de</strong> resposta a fatores limitantes.<br />

Deveras, se as organizações são entendidas como um meio pelo qual as<br />

pessoas se associam a fim <strong>de</strong> ter suas pretensões, <strong>de</strong> várias or<strong>de</strong>ns inclusive,<br />

atendidas então ou há conflitos políticos <strong>de</strong> on<strong>de</strong> emerge o consenso ou o<br />

consenso se dá por a<strong>de</strong>são; e, em qualquer um dos casos, a estratégia (nestes<br />

entendimentos) emerge das pessoas que participam da organização <strong>de</strong> modo<br />

mais ou menos comunicativo o que <strong>de</strong>corre, segundo HABERMAS (1987a e b), da<br />

condição em que se tenha um mecanismo <strong>de</strong> entendimento entre todas as partes<br />

envolvidas (não necessariamente o melhor para todos, mas o minimamente<br />

aceitável por todos).<br />

Ainda que tal análise se baseie no conceito <strong>de</strong> que a estratégia venha a<br />

emergir do consenso (i<strong>de</strong>ológico ou por resultado do conflito político); ela não<br />

torna mais inteligível a concepção do que venha a ser estratégia senão que<br />

<strong>de</strong>limita sua origem e razão inicial.<br />

Por outro lado, se estratégia é uma ação integrada e sistêmica da<br />

instituição em função <strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong>s internas, condições externas e<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solução a <strong>de</strong>safios; então a lógica da estratégia é a busca do<br />

equilíbrio homeostático. A estratégia então, posta como processo <strong>de</strong> auto-<br />

regulação, po<strong>de</strong> ser entendida como a busca da estabilida<strong>de</strong>, conquanto a<br />

organização se ajusta às condições <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> ambiental externa ou interna<br />

para uma sobrevivência otimizada.<br />

Cabe ressaltar que REZENDE (2002), acerca <strong>de</strong> mudanças sociais e por<br />

comparação das organizações se estas forem entendidas como categorias<br />

sociológicas com cultura, pon<strong>de</strong>ra que as mudanças são feitas nas instituições no<br />

sentido homeostático <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> condições satisfatórias por aqueles que<br />

têm po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em seu âmbito.<br />

Equivale a se pon<strong>de</strong>rar que os dirigentes organizacionais elaboram<br />

estratégias no intuito <strong>de</strong> garantirem que suas condições mínimas <strong>de</strong> controle,<br />

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