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tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

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condições atuais ou futuras da organização. Enten<strong>de</strong>-se que as estratégias <strong>de</strong>vem<br />

se imbuir <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> tal que atendam às exigência que cada situação, única e<br />

sempre diferente, expressa.<br />

E se, por outro lado, se enten<strong>de</strong> estratégia como resultado <strong>de</strong> processo<br />

emergente <strong>de</strong>corrente da dinâmica, eventualmente conflituosa, organizacional;<br />

então, ainda mais as referências do passado não correspon<strong>de</strong>rão às exigências<br />

atuais e futuras, pois que a cada alteração a organização é outra e as soluções<br />

serão necessariamente outras.<br />

A partir <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista, sendo a estratégia a <strong>de</strong>corrência hegemônica<br />

que surge do conflito ou do arranjo organizacional, a instituição elabora suas<br />

estratégias em função <strong>de</strong> perspectivas <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> interesse ou <strong>de</strong> pessoas que<br />

<strong>de</strong>tém po<strong>de</strong>r. Sugere MORGAN (2000, p. 212) que “Sob a influência <strong>de</strong> um modo<br />

político <strong>de</strong> ver, tudo se torna político. A análise dos interesses, conflitos e po<strong>de</strong>r<br />

facilmente dá origem a uma interpretação maquiavélica que sugere que todo<br />

mundo está tentando enganar e manobrar todo mundo”.<br />

Este é um aspecto para a estratégia que a explica no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitar<br />

sua fonte ontológica (no sentido <strong>de</strong> que a ontologia se ocupa <strong>de</strong> estabelecer as<br />

categorias fun<strong>de</strong>ntes e os modos gerais <strong>de</strong> ser das coisas), mas que agrega<br />

pouco a seu entendimento enquanto expressão que seja uma resposta otimizada<br />

às questões que se antepõem à organização tanto externa quanto internamente.<br />

De fato, não é o caso <strong>de</strong> se estabelecer uma ontologia no sentido estrito do termo,<br />

antes se busca um sentido <strong>de</strong> seu construto como tal; assim divergindo <strong>de</strong><br />

perspectivas como as <strong>de</strong> KHONE (2005) ou <strong>de</strong> TISKI (2006).<br />

Conquanto a organização <strong>de</strong> fato seja um sistema em que os indivíduos<br />

atuam em bases relacionais (e, portanto políticas), nem sempre a estratégia<br />

emerge <strong>de</strong> maquiavelismos, mas também a partir do consenso do Discurso<br />

Prático, em conformida<strong>de</strong> com HABERMAS (2004). Eventualmente, a <strong>de</strong>limitação<br />

do escopo da estratégia está intimamente ligada à origem da mesma; mas, nem<br />

sempre a origem da estratégia a <strong>de</strong>termina como excelente.<br />

Ora, como que em oposição à estratégia como resultado da dinâmica<br />

organizacional, há a perspectiva em que a estratégia é vislumbrada como<br />

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